quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Uma Quarta-Feira qualquer.



-Me desculpe eu...
-Chega Dex, você sabe que ela não quer falar com você. Quem sabe um dia isso vai passar, sei que já faz muito tempo, mas agora esqueça. Vá pra casa.
-É só que...
Vejo a porta fechando na minha cara enquanto ouço as fortes pisadas na escada ecoando pela casa. Não era pra ser assim, mas poderia ter sido pior. Sei do que ela é capaz. Fui voltando pela rua que era iluminada por milhares de velas. Tem algumas crianças ainda e está ficando tarde. Clichês à parte. Era uma noite de Halloween e a lua estava cheia e rodeada de nuvens cinza-escuro. Concluí que deveria parar de pensar nela, seria frouxo de minha parte. Sofrer demais é para os poetas.
Eu estava a duas quadras de casa, não tinha mais muitas velas na rua que eu estava passando, era quase um breu total. Foi aí que eu ouvi, vindo atrás de mim, o som de cascos de cavalo.
Virei-me bruscamente, era Cotard, ela montava um cavalo negro e carregava uma foice. Cotard, a que não queria falar comigo. Por mais que eu achasse inusitada sua presença repentina e extravagante, eu sempre soube que estava mentindo e nunca tinha deixado de pensar em mim. Nosso último encontro havia sido a dois Halloweens atrás, ela tinha me mostrado muitas coisas. Hoje ela apareceu mais pálida, como se fosse possível. Ela me olhou friamente, agarrou a foice com as duas mãos e disse de forma muito Clara: “Hoje te mostrarei a maior das verdades.”.
As poucas velas acessas se apagaram. Meu peito agora latejava de uma forma a qual eu nunca havia sentido. Agora eu sabia o motivo. Havia um buraco em meu peito do diâmetro de uma bola de tênis.
 Um tempo depois, acordo no mesmo local. Ponho a mão no peito e não sinto nenhuma cavidade presente, porem agora, tudo parece mais escuro e sombrio. Tento me levantar, mas não tenho força, me sinto fraco. Tudo está diferente, apesar de por fora tudo parecer igual. Por mais sombrio e escuro que esteja creio que nunca vi as coisas tão claramente como agora. Ainda deitado no chão, vejo um homem pálido e de terno preto vindo em minha direção. Sua pele parece podre. Ele me ajuda a levantar e pergunta se estou bem, respondo que sim, elogio sua fantasia e  agradeço a ajuda. Nos despedimos e sigo meu caminho para casa. Meu corpo está dormente, mas continua se movimentando como se ele apenas estivesse conectado a rotina. Leve, claro, tomado pelo sentimento de que nada mais posso fazer, pois o plano já não mais me pertence. Não sinto falta de nada, também não sinto vento em meu rosto ou a dor de meus calcanhares. Talvez eu fosse agora capaz de sentir tudo, menos eu mesmo. 
                                                - Nick, J. Kley, Kauwba e Mr. T.
¹Síndrome de Cotard, ou delírio de negação. Rara síndrome de fundo psicológico onde o paciente acredita estar morto, não reagindo a estímulos exteriores ou pessoas. Sensação de estar lentamente apodrecendo.  

sábado, 27 de outubro de 2012

Perhaps


Eu começo, termino, repito e mantenho. Talvez seja natural, talvez meu subconsciente pregando uma peça e sorrindo para mim. A única certeza que eu tenho é a de que aqueles dois anos carregam os dias mais preciosos que vivi. Aqueles em que você se sente completo e nada de ruim pode acontecer. Aquela felicidade que irá mexer com você sempre que relembrar cada segundo. Aqueles que fizeram minha integridade, meu centímetro mais importante.
Eu tinha uma vida boa, bons pais. Amigos dos quais eu gostava e gostavam e mim. Só vinha uma respostam em minha mente e era: Eu estava bem. Ainda assim, o que era bem naquela época? Faltava algo. Faltava um sopro de vida, um frescor do amanhecer. Algo que eu só encontraria além da estrada. Por isso eu parti. Troquei a segurança de casa pelas surpresas do desconhecido.
Eu não quis abandonar ninguém. Eu não me sentia muito mal e nem brava com alguém. Eu queria que as pessoas com quem eu passava meus dias, entendessem isso. Que compreendessem o verdadeiro motivo da minha fuga. Uma porta havia sido aberta e resolvi aproveitar. Não foi fácil, eu senti falta de alguns, mas quando o momento chegou, eu não hesitei em partir, era a coisa certa a fazer. Gostaria que ao menos uma pessoa entendesse isso.
Por dois anos eu conheci um novo mundo. Não precisei de mapas nem guias porque, eu finalmente havia me encontrado. Sentia a mim mesma no espaço. Conheci novas pessoas e por dois anos seus sorrisos foram meus por-dos-sóis. Não existia uma guerra em meu subconsciente. Minhas ações fluíam. Presenciei a liberdade de ir aonde eu sentia que era melhor. Eu fui capaz de sonhar e tornar tudo em realidade. Arriscando até meu último centímetro.
Quando voltei, tudo havia mudado. Eu, os locais, as pessoas. Não fui mais a protagonista, agora eu era uma telespectadora, mas isso não me incomodava. Novamente eu estava em outro mundo, conhecendo outras pessoas (já que as antigas não mais me eram próximas), vivendo e dentro de um balanço como o do oceano.
Alguns dias atrás um velho amigo veio me visitar. Ele apareceu com perguntas normais: Por que eu havia partido? Por que sua garota favorita o havia abandonado? Eu sorri, como sempre fiz com ele, e respondi com o que eu havia vivenciado. Ainda questionado se eu não havia me arrependido de nada, ele perguntou se eu faria tudo de novo caso fosse possível voltar àquela exata noite em que parti. Talvez eu pudesse ter ficado lá. Talvez eu pudesse ter ficado aqui e aprendido a viver por estes campos. Talvez. Eu sei que a maioria das pessoas que conheci irá mudar e sei que isso serão apenas memórias, mas eu não me importo. Eu amo o “eles” daqueles momentos porque, por dois anos eu fui feliz e não devi desculpas a ninguém.  Aproximei-me calmamente de seu ouvido e sussurrei “Claro que sim”.
                                                                                                                                                       -Nick

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Fui visitar os fantasmas e eles não queriam mais reclamar.


Eram 23h37min. Não estava frio, mas de tempos em tempos passava uma brisa que penetrava na minha alma. Eu poderia estar dormindo, é sábado, mas ao invés disso eu estou preso neste cemitério. Um lugar que me incomoda, para impressionar uma garota que não me agrada, pela insistência de amigos que eu desgosto.
Estávamos vagando pelos arredores da cidade havia umas duas horas. Tudo era pra ser apenas mais uma noite em que esses adolescentes de mente mal desenvolvida iriam danificar alguns bens públicos, beber até não sentir o próprio rosto e achar que tem o universo todo aos seus pés. Se não fosse por um deles ter dado a incrível ideia de visitar um cemitério no meio da noite. Obrigado a dois adolescentes despreocupados nos anos 90 por trazerem este exímio exemplar de ser humano à vida.
Fico tentando imaginar algo que tenha um tamanho proporcional a sua mediocridade. Bill murmura alguma piada de duplo sentido pra mim e faz com que todos comecem a rir. Por que você não explode Bill? Por que você não simplesmente desaparece com o poder da minha mente? Eu poderia gritar isso na cara dele, eu poderia avançar em todos que seus lentos reflexos não me alcançariam. Poderia até sair correndo pra casa e provavelmente ser sequestrado, mas ao invés disso, eu simplesmente dou uma risada leve, não curta, leve.
São 23h29min. Meu relógio só pode estar de brincadeira comigo. Tasha começa a vomitar perto de um portão. É-me indiferente. Ela sempre é a primeira, mas devo admitir que desta vez seu ápice foi alcançado com mais rapidez que as outras vezes. Todos ficam rindo enquanto ela bota pra fora toda a angústia que secretamente eles carregam. Angústia, ou simplesmente sua última refeição. Difícil saber.  Que nome horrível.
Alguns minutos passam, menos do que eu gostaria, até que chegamos à parte com as sepulturas interessantes. Estátuas de figuras que alternavam entre anjos e demônios. Minha sincera opinião: É um cemitério legal, é daqueles que você vê nos filmes, a diferença é que as estátuas não estavam em uma grande batalha ou nos arrastando para o inferno.
Eu sabia que a noite iria acabar e que eu poderia ir para casa, só que mesmo assim a angústia de estar naquela situação superava qualquer certeza. Sentamos no chão formando um circulo onde todos, sob efeito do álcool, começaram a falar suas descobertas redundantes. Aquela cena era tão ridícula que me eu sentia um câncer crescendo dentro de mim. Alastrando-se pelo pouco bom senso que me restava. Afinal de contas, eu estava ali, não estava?
E ali estávamos todos sentados, eles jogando aquelas palavras desenfreadas pra fora, eu ouvindo até imaginar meus ouvidos sangrando, quando Jeanne (a garota gótica e magricela que tentaram jogar para cima de mim porque ela tem algum desejo incansável de atirar-se em garotos aparentemente “quietos”) começou a rir, mas eu digo rir mesmo. Passou a rir tanto que eu não aguentava mais e minha cabeça ia fazer-se em pedaços. Uma risada tão bizarra que até o subconsciente dos outros os fez acordar, mesmo que por uns segundos para tentar entender o que estava acontecendo. Ela continuou rindo e rindo, até soluçar e voltar a rir. Rir tanto que o ar não tinha mais tempo nem espaço de entrar em seus pulmões. Ela riu até não poder rir mais, nem nada mais. Ela agora estava estirada no chão com aquele sorriso diabolicamente perturbador enquanto todos a encaravam, eu esperava que ela fosse acordar e voltar a rir... Esperei e fui decepcionado. Minha respiração começou a ficar ofegante, Lina e Tasha começaram a gritar e chorar, Todd estava muito além da consciência pra entender a situação, Bill começou a gritar com as gurias. Por uma fração de segundo, eu senti uma espécie de medo que não conhecia. Ficamos todos de pé e perguntas óbvias, gritos e ideias foram sendo expelidas por cada um. Tudo tinha uma redundância tão grande que a raiva que eu sentia com aquelas pessoas só foi voltando. Checam o pulso inexistente de Jeanne enquanto eu tento não olhar para aquele sorriso, aquele sorriso que começava a ser esculpido na minha mente e eu provavelmente nunca iria esquecer. As garotas continuavam a chorar até que Todd, que parecia haver chegado à situação deu a ideia de que a enterrássemos. Era um cemitério, ninguém iria procurar lá, é só mais uma sepultura no meio de milhares. Havia pás e bastante espaço. Bastaria negar qualquer relação que tivéssemos com o desaparecimento daquela garota que não iria fazer muita falta no mundo, bem talvez seus pais, mas muitos pais são obrigados a passar por isso. Poderíamos simplesmente entregar seu corpo, receber toda a culpa, e com uma grande probabilidade sermos os notáveis responsáveis pela morte dessa garota que tinha tantos problemas quanto o planeta em si. Alguns minutos se passavam, mas eu não sentia. As gurias soluçavam vomitavam, Bill chorava como se fosse uma delas, Todd... Todd estava sem expressão e cavava a cova. Jeanne mantinha seu sorriso, aquele que eu não consigo esquecer. Não pense que eu tomava a situação com tranquilidade ou tanta indiferença, talvez eu simplesmente não entendesse a gravidade do que aquele grupo infeliz estava fazendo e eu estava testemunhando esse tempo todo. Talvez a imagem não estivesse clara por completo. Eram 00h45min e eu vi. Eu entendi e eu só fiquei calado.

                                                                                        -Nick

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Faces




O número de faces na sala vai aumentando. Todas com suas diferentes características, porem no fundo todas iguais. Nenhuma parece ter vontade de estar ali, nenhuma realmente expressa o que gostaria. Presos numa sala onde o tempo não passa, ela te desgasta e te irrita. Todos presos ali sem rumo, se preparando para o desconhecido,  porque é o que precisa ser feito. Se questionando sobre o futuro, reclamando do presente e nostalgicamente relembrando o passado. Esta sala esta ficando velha e lotada. Há anos continua sem mudanças, igual. A sala precisa de uma reforma de um ar novo, que não sufoque, de um tempo que não desgaste e de novas faces, sem máscaras. Ninguém gosta dessa sala, porem ninguém vive sem ela, ela sempre deu um lugar a essas faces e elas um dia, sentiram sua falta.
                                                            -Mr. T

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Metamorpheus

Havia um pouco de nanquim restante no bico de pena quando eu estava desenhando, daí peguei um pedaço de papel e esse cara aí surgiu.

 - J.Kley

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O Primeiro Dia do Resto da sua Vida


A gaveta empoeirada se abre, dela sai um envelope pastel e do envelope pastel sai uma folha:
Ontem (ou para os que procuram os defeitos ainda hoje) as 03h19 AM minha vida mudou. Finalmente encontrei o que procurava desde minha memória mais evanescida.
Meu nome é Kyle Jack e até onde posso lembrar sempre fui uma pessoa triste, uma tristeza com um índice variável, mas ainda triste, durante meus 8 a 11 anos minha falta de vida era muito mais notável, pois enquanto todos da minha sala escolar colavam papéis e riam, eu desenhava, amassava o papel, jogava fora, chorava e repetia o ciclo, eu não entendia como as pessoas podiam sorrir tão espontaneamente e não via a mesma graça na vida que eles, muito provavelmente.
Eu cresci e a única coisa que mudou com meu amadurecimento foi que cada vez mais minha tristeza foi se tornando mais anônima, não porque o resto também aderiu a minha forma de pensamento, mas porque as pessoas foram se acostumando com aquele menino que gostava de Star Wars. E é triste o caminho de viver ao invés de seguir o caminho do suicida em potencial, eu finalmente entendi a felicidade. (nada contra suicidas, eu não quero bancar o moralista religioso, pois estas são as coisas que mais odeio neste mundo, só estou citando dois caminhos, ambos podem ser caminhos bons ou ruins, só depende da sua visão de moral e a de mais ninguém, nenhuma organização ou doutrina).
Entendi o principal fundamento para deixar de ser triste: A felicidade, a qual a raça humana é obcecada por procurar e não existe, a felicidade não existe. Só a partir deste momento pude compreender que a felicidade é um estado momentâneo e a cada segundo ela nasce e morre, assim como os seres humanos. A felicidade vem do livro que foi lido, o filme que foi assistido, a noite de sexo que você teve (caso você não seja virgem como Jack), o programa de TV que foi assistido, a boa noite de sono dormida, a tarde passada com a namorada (caso você tenha uma), o jogo terminado, o gol feito (caso você jogue futebol), o texto escrito, a masturbação feita (caso...) deixa pra lá.
Esse texto será guardado em uma gaveta e aberto daqui a vinte anos, onde Kyle Jack do futuro poderá ler e notar como sua vida mudou após aquele dia, ou como ele estava iludido. Enganado e errado.
O papel volta para o envelope que volta para a gaveta que é fechada assim como a caixa que guarda a arma, que guarda a bala, que guarda uma vida inteira pela frente.
                                                                                      -Kauwba

Review - Green Day ¡UNO!


Green Day, odiado por uns e amado por outros lançou seu nono cd de estúdio ¡UNO! depois de 3 anos sem trabalhos novos, desde 21st century breakdownk(2009). (Tenho que admitir que sou fã de Green Day então esse review não vai ser muito inparcial.)


¡UNO!,o primeiro cd da trilogia ¡Uno!,¡Dos! e ¡Tre! e um cd mais power pop (palavas do proprio Billie Joe) que traz um som novo e diferente, porem que relembra o bom e velho Green Day.Depois de 2 cd's de rock opera que seguiam o mesmo estilo com letras e musicas mas e serias e complexas,¡Uno! anda para o caminho contrario com letras e musicas simples e repetitivas .


Analise das musicas:

1-Nuclear Family -Musica de batida rápida que relembra american idiot,com um mini "solo" de baixo e guitarra que caem muito bem com a musica.
2- Stay The Night-Pop punk com bastante palm mute e vocais mais melódicos,comparado a versão ao vivo perde bastante sua energia.
3-Carpe Diem-Power pop com cara de Green Day ,influencia de The Clash principalmente no solo que e quase idêntico a I fought the law.
4-Let Yourself Go-Letra que relembram o BJ irritado dos anos 90, com batida rápida de um Ramones em ecstasy,e um solo estilo slappy hours,uma das melhores.
5-Kill The DJ- Com um grande uso da palavra Fuck 'e a que mais foge do estilo do album,e do green day uma musica numa vibe meio dance para alguns lembra rock the casbah do The Clash.
6-Fell For You- Letra romântica e guitarra mais leve,a musica começa bem mais acaba ficando muito repetitiva pela falta de partes diferentes.
7-Loss Of Control-Vocais e batida rápidos ,palm mute e solo boa mistura do antigo e novo estilo do Green Day.
8-Troublemaker-Vibe meio Rock'n Roll letra divertida(ex;I like your BM excellent tits,With a tattoo of a pig sniffing glue) ,batida da bateria se mistura bem com as palmas e um solo massa.
9-Angel Blue-3 acordes bastante energia, com bom acompanhamento da segunda guitarra.
10-Sweet 16-Letra de amor , vocal melódico com uma batida mais lenta cairia bem em American Idiot ou 21 Century Break Down .
11-Rusty James-Refrão que fica na cabeça letra boa instrumental estilo Green Day não tem o que não gostar.
12-Oh Love-Unica "balada" do álbum não caiu bem como primeiro single mas para fechar o álbum com algo mais calmo funciona.

Pontos positivos e negativos
+ Bille Voltou a fazer solos decentes como os de slapy hours e kerplunk.
+ Musicas com batida rápida e energia.
+e- Letras e instrumental repetitivo e simples.
- Musicas meio parecidas , tudo do mesmo estilo.


No geral é  um bom cd, que da um ar novo ao Green day. Ao ouvir ¡Uno! não me da vontade de pular nenhuma musica o que mostra que é  um cd consistente ,mas também não ah nenhuma musica que se sobressai muito das outras.Resumindo ¡Uno! e uma boa adição ao catalogo de cd's do Green Day  e na minha opinião vale os 40 minutos do seu tempo. Se vale seu dinheiro cabe a você ,o meu valeu


Nota:8/10 



                            - Mr. T

Borderlands 2

Está é a primeira Game review do 4x1 e a minha primeira também, o jogo  é Borderlands 2, produzido pela Gearbox e 2K (que fizeram o fiasco de Duke Nukem Forver) 

Bem antes de realmente começar a review é necessário fazer minha apresentação, No dia em que esse texto foi postado eu tinha (tenho)  16 anos e Vídeo-Games sempre fizeram parte da minha vida, desde PS1.
(Desculpe velha guarda mas eu não sei nada de Space Invaders e companhia) e até hoje minha forma favorita de mídia é o Vídeo-Game. Consequentemente eu tenho (modestamente) muito conteúdo que será expelido em 3, 2, 1...

 Introdução: Bordelands 2 se passa em Pandora (como no 1), local onde foi descoberto um minério valioso, Eridium, e então muitos trabalhadores foram mandados para sua extração. Deu merda e esse minério chamou a atenção de Handsome Jack, dono da corporação Hypherion, que tem como objetivo tomar todo o minério para si e "dominar o universo".
Mas tranquilo que nada do que você leu até agora importa muito. A história do jogo é a ultima coisa com a qual você deve-se preocupar. Enquanto você joga Borderlands 2 a única coisa necessária a saber sobre a história é que você é um aventureiro(a) que quer matar Jack. A trama não é ruim, desculpe se passei essa impressão, só que quando comparada a proposta do jogo, a história tornasse quase que desnecessária.

Roteiro/Personagens: Borderlans 2 possui um roteiro que usa todas as táticas para fazer o jogador rir (muitas vezes ignorando a lógica http://www.youtube.com/watch?v=7zIysoOLjHo) O roteiro é basicamente o que o jogo diz ser em Trailers e propagandas. Já os personagens, todos eles sem exceção têm uma personalidade extremamente forte, muitas vezes forçando um carisma inexistente. Por exemplo, o Claptrap (robô piadista cuja finalidade é abrir portas), mas também à personagens atrativos e diferentes como Brick e Mordecai ( que estão presentes no primeiro jogo)

Gameplay: 
Controles: Os controles utilizados são de fácil adaptação. Qualquer que já familiarizado com um FPS consegue jogar.
Áudio: O áudio do jogo em si (passos, barulhos, tiros) é bom nada muito melhor do que os jogos comuns que existem no mercado, porém a Trilha sonora é excepcional, realmente fantástica. Por favor, escutem esses vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=IyfpYxM67aY
                     http://www.youtube.com/watch?v=UoHnv-pS4To

Personagens (jogáveis): Os jogadores são colocados a escolher entre 4 personagens (sem DLC's), cada um com uma habilidade.
Comando: Usa torreta(s) melhor com assaultrifles 
Gunkzerker: Usa uma arma em cada mão, uso de Smotguns recomendado
Siren: Prende os inimigos em uma "bola de magia", submachines recomendadas.
Assasin: fica invisível por 5 segundos e aumenta o dano causado quanto menos segundos restam, uso de Snipers quase obrigatório. 
As quatro classes são bem balanceadas com um sistema de evolução muito criativo.

O que o jogo tem de melhor?
Armas: O jogo possui a maior quantidade de armas já feitas na história desse país,

mesmo após mais de 40h de Gameplay não foi vista nenhuma arma idêntica. Elas são divididas em classes pela sua raridade (Branca, Verde, Azul e Laranja) sendo que mesmo zerando o jogo ninguém garante que uma arma Laranja aparecera. 
Bosses: Os chefões são deveras inesperados, de uma criatividade genial e igualmente desafiadora e recompensadores. 
Easter Eggs: Tão grande quanto à quantidade de armas são a quantidade de Easter Eggs, o que é sensacional porque enriquece muito o conteúdo do jogo. Além de proporcionar uma visão da personalidade dos desenvolvedores do jogo. http://www.youtube.com/watch?v=1xI4deYmDNQ
Nota: 9,5/10 - Um ótimo e viciante jogo para os que não jogam somente pela história. Um "must buy".

 P.S.: Como é a minha primeira review, você que está lendo este texto agora, por favor, deixe um comentário falando: se eu devo fazer mais reviews, menos reviews, mais ou menos detalhes, se eu nunca mais devo fazer uma review, se eu devo-me foder. Qualquer uma dessas opções será muito bem vinda e muito obrigado por ler meu texto. Agora encerro com as sábias do criador de Borderlands. 
"Quando me perguntam se Borderlands é um RPG com elementos de FPS ou um FPS com elementos de RPG, eu respondo: As pessoas se perguntam se botaram chocolate no amendoim ou amendoim no chocolate, mas nunca pararam pra pensar como amendoim misturado com chocolate é delicioso".
                        -Kauwba

Groovy

Evil Dead
     (Evil Dead por J. Kley)
    Como parte da nossa proposta nós iremos fazer alguns reviews sobre coisas extremamente interessantes (velhas ou novas) então aqui vai um Review sobre o filme clássico para dar início. Aproveitem.

 O filme Evil Dead é o primeiro filme da trilogia de terror trash dirigido por Sam Raimi (sim, o diretor da trilogia Homem-Aranha) e protagonizado por Bruce Campbell, no papel de Ashley "Ash" Williams. De alguma maneira a trilogia entrou para a lista de filmes "Cults" e acabou ficando muito famosa nos E.U.A.
 Até agora este que vos fala viu apenas o 1° filme, por isso, ele é o foco da minha review.
A história gira em torno de dois casais e uma amiga muito solitária que vão para um chalé cabreiro no meio da floresta. Um a um, os amigos de Ash vão sendo possuídos e acabam virando zumbis demonhentos. Ash, que após ser jogado incontáveis vezes em prateleiras no filme, usa uma escopeta que estava no porão do Chalé para dar cabo nos monstros. Amanhece e os zumbis derretem. Traumatizado, Ash sai do chalé e é atacado por uma entidade do mal voadora e não identificada. O filme acaba deixando o fim aberto para Evil Dead 2.
 Não posso falar que adorei o filme, mas é um clássico Trash e não pode ser levado a sério. Há algumas boas cenas no filme e vale levar em conta que este filme estabeleceu o arquétipo de "Filme de Terror de Monstros Asquerosos". Um dos pontos positivos é que a maquiagem dos zumbis é bem feita e assustadora, juntamente com a premissa de que Ash se tornará um Badass Cabra-Omi nos próximos dois filmes e é o que eu irei conferir. Grato.                                                
                                                                                    -J. Kley
Para ver o trailer original do filme acesse: http://www.youtube.com/watch?v=dtsK7skqk9U

Testando

-"click" (gravador ligado)
Testando 1, 2, 3...
 Se você está escutando isso quer dizer que a Igreja Universal explodiu, se você está escutando isso o Projac está em chamas, o Planalto já deve ter descoberto minha armadilha e tudo isso foi transmitido ao vivo em todos os canais abertos
Testando 1, 2, 3...
Enquanto você está escutando isso meu corpo deve ter acabado de ser cremado, minha família deve estar sendo procurada, família que eu nunca tive, melhor pra eles.
Testando 1, 2, 3...
Eles podem torturar meu corpo, mas minha mente viverá para sempre na memória daqueles que temem a revolução
Testanto 1, 2, 3
"click" (gravador desligado)

 Todos já sabemos essa gravação de cor seu merda. Nada a declarar?
Não? Muito Bem,  não sei se você estava certo quanto a imortalizar sua mente na memoria  dos outros e caralho a quatro, mas pode ter certeza que vamos torturar seu corpo.
                                                                           -Kauwba

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ilustrações do Ilustríssimo J.Kley

 Desenho feito pelo nosso J.Kley para um concurso do site New Grounds. 
Vocês irão ver muitos trabalhos diferentes dele por aqui
Mas se vocês quiserem dar uma olhada em outros desenhos dele entrem em :
http://jpereiracomics.tumblr.com/

O MUNDO É FRIO

Para ele era só mais uma segunda feira normal, estava entediado e irritado como qualquer pessoa normal estaria, andando no centro tumultuado da cidade. Ia a caminho do banco para pagar a conta da TV a cabo, que ironicamente não estava mais funcionando, e não iria ser mais necessária  por um bom tempo, mas não sabia disso. Deveria estar pensando sobre os peitos da Scarlet Johansson que estava no ultimo filme que havia visto, quando um mendigo o parou na rua e ficou falando "O inverno esta chegando" repetidamente, presumiu que ele estava bêbado pois era inicio do verão. Ignorou o mendigo e continuou andando.

Pobre coitado, não tinha a minima noção do que estava prestes a acontecer, o mendigo estava certo, algo inacreditável iria acontecer com o mundo.

Depois,com as contas pagas, ele saiu do banco e estava indo para casa. Estranhamente fazia muito frio e estava ficando escuro. Olhou para o relógio e viu que eram três horas da tarde, e era verão. As pessoas estavam olhando para o céu soltando gritos de espanto.

O sol estava se apagando como uma lampada desgastada.
                                                  

                     - J.Kley &  Mr. T

Insônia

Demorou pra conseguir dormir. Eu fiquei horas e horas virando de um lado para o  outro na cama e a cada movimento eu só ficava mais e mais desconfortável. Por que eu tinha que passar por isso? Por que eu não só piscava meus olhos e de repente já era de manha?  Uma música suave rodava no meu som, mas não parecia surtir muito efeito. Fiquei parado pensando em coisas aleatórias, fiquei parado pensando em nada. Pensei em ficar de pé ao lado da minha cama e esperar até desmaiar, não era muito funcional mas, quem sabe não era disso que eu precisava? Uma boa pancada pra finalmente dormir. 

Sem que eu me desse conta, havia conseguido, mas eu tinha noção de quanto tempo  aquilo havia demorado. o Cd já havia acabado. Eu estava dormindo, mas nesse sono que nem tão profundo e nem tão esperado, eu estava tendo um pesadelo. 
Não parecia real, era daqueles pesadelos em que você sabe que está sonhando mas sente tanto medo que não consegue acordar. Minha respiração ofegante atrapalhava. O som de mil coisas diferentes, cada uma em seu ritmo, cada uma exalando um grito eloquente que rasgava minha mente em pedaços. O som da loucura. 

Estava escuro. Eu conseguia apenas ver os contornos das milhares de coisas que me cercavam. E mesmo estando ali, vendo, sentindo, eu sábia que nada era real. Por que não acordar? Mesmo que tenha demorado tanto, mesmo que o que eu mais precise agora era estar dormindo. Por que não acordar? E ai cheguei a pior parte de todo o sonho em si. Aquilo era a vida, e eu sequer havia dormido.
                                                                                                                                                          -Nick

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Nada de nada


-Data estelar quatro do cindo do... Não, para isso é muito ruim. Em uma quinta-feira chuvosa... Isso é pior ainda, não tem forma fácil de dizer isso então tentarei ser direto. Meu nome é John, John Smith (até meu nome é clichê), eu sou um escritor de muito sucesso, tipo muito mesmo e hoje é 93° dia da minha crise de criatividade. Resolvi fazer deste, ultimo texto da minha carreira, simplesmente procrastinar, rumo ao nada e sem nada a perder.
Acho que o grande motivo da minha crise de criatividade é a comodidade, depois de alcançar certo nível de fama e respeito, você está acima de Deus, eu poderia escrever qualquer coisa neste texto e mesmo assim eu seria idolatrado. Poderia escrever: “Então o cavalo marinho Jack mergulhou no orifício anal da foca Joe”. Diriam que é uma metáfora ou que você é muito burro pra entender, diriam que você tem que ter uma leitura mais profunda (pobre foca Joe), outros não comentariam nada com medo de serem taxados de algo.
Tenho saudade da época da escola, (nunca esperei pensar assim), época em que eu conseguia criar textos mesmo em aulas de matemática, (Matemática é o cumulo da falta de criatividade), então me lembro de como cheguei aqui, como eu sai da minha escola do interior para viver em uma mansão em Vegas...

-Eu não escrevia, por que comecei? Acho que foi em alguma daquelas febres de livros adolescentes onde quatrocentos e noventa e oito mil estudantes transformam-se em “Fanboys” de algum mundo totalmente fora da casinha, criado por algum barbudo que com a fama se torna metrossexual ou uma solteirona que é idealizada por seus conceitos feministas, mas na verdade chega em casa toda noite para chorar porque ela sente falta de um bom.......Ah todos entenderam aonde quero chegar.
Não sei se por uma fatalidade fodida do destino ou simplesmente sorte, mas eu, ao invés de apenas ler os livros e aprender alguma língua perdida de alguma sociedade secreta imaginária, passei a olhar o que estava além das palavras, analisar a escrita observando atentamente para as fórmulas gramáticas e repetir isso para liberar aquela infantil raiva adolescente nas páginas do meu caderno, na hora qualquer coisa era melhor que geometria plana, e aquela minha coisa qualquer chamou a atenção de colegas e professores, até meus pais gostaram, mas ainda acho que eles tinham um pouco de medo. Bem, os anos foram passando e mesmo sem uma faculdade eu fui escrevendo um livro aqui e uma série ali. Fui chamado de o Tolkien da minha geração. Eu olho pra trás e vejo que na verdade nada daquilo me deixou feliz. Enquanto meus livros agradavam o mundo eu me trancava em casa, insatisfeito. E nesse momento de falta de criatividade eu me despeço de vocês, nesses momentos de falta de criatividade eu penso em Dean Moriarty... (não consigo nem terminar sem um clichê).                                                            
                                                                                                                                        -Kauwba & Nick

sábado, 13 de outubro de 2012

Atlas


Faça. Não faça. Continue. Volte atrás. Sua mente oscilava entre o ir e não ir. Entre o arriscar e deixar. A porta do elevador se fechava, ele pressionava o botão de numero nove . Primeiro andar, mais oito andares acima e seu mundo iria mudar. As possibilidades refletiam como espelhos em meio à nebulosa luz da noite. As partículas de água eram expelidas por entre os poros, seu rosto escorria suor.
Era necessário ficar calmo, não era? Talvez o nervosismo deixasse sua mente alerta e alerta ele precisava estar, pois em seis andares ele teria que abandonar sua maneira de ser e se tornaria aquilo que nunca esperou precisar. Não foi fácil: nunca é, mas havia chegado ao cume da escuridão. Tudo se tornara desnecessário e o supérfluo já não o mantinha confiante.  Confiança era algo que perderia nos últimos dois andares, agora faltavam quatro. Tentou trazer imagens reconfortantes à mente: seu primeiro beijo, seu teddy bear. . .Tosco! O que era aquilo agora se não uma irrelevante sensação de felicidade projetada por uma memória que valia menos que sua unha do pé? Sétimo andar. Sentiu sua confiança despedaçar-se no chão como uma taça que foi largada por alguém tendo um aneurisma cerebral. Nono andar, o timbre da chegada, nono andar, sem alguém e sem um lar. A porta começa a abrir.
                                                                                                                          -Nick

Parágrafos da Matiné 2


-Ela estava sentada no jardim, calmamente seus olhos se fechavam à medida que ela acostava-se na grama. Próximo a seus sedosos cabelos cor de mel uma borboleta pousava em uma dos milhares de rosas que cercavam o jardim, na ala norte o jardim levava a um corredor recheados de todas as cores, odores e sabores...

-Mais uma Terça-Feira, mais um dia, pessoas estão se casando, cuidando de seus filhos, tendo filhos, pessoas estão em festas, estão trabalhando, estão em orgias asiáticas e eu aqui, rua 47th Eastville, assistindo minha paixão platônica. Toda merda de Terça-Feira eu fico neste exato lugar com meu binóculo, que provavelmente é o item que eu mais usei em toda minha vida, podia estar estudando, assistindo televisão, dormindo, me mantando, matando outros, comendo, mas não, estou aqui praticando meu pequeno vício, tão corrosivo quanto ácido sulfúrico e tão possessivo como metanfetamina. Já tirei uma prova empírica disso.
                                                                                                                                       -Nick & Kauwba

Parágrafos da Matiné


-Hoje nos restam apenas 30% dos ambientes naturais. Miseráveis e esquecidos 30%. Saio da cabana, uma brisa passa por mim, vejo meu carro, meu companheiro e sigo em direção à colina e como em todos os outros dias, me deparo com a vista. A razão de eu existir nesse momento e nesse local. A vista que mais me agrada, a única que me sobrou. Memorizo cada cume, cada fragmento de rocha, cada balançar das árvores em todas as restantes estações. Será hoje isso o único que importa? Continuo a andar até o final, até a ponta dos meus pés não sentirem mais o chão, respiro fundo e vejo que o sol começa a se por......

-Ouço um barulho atrás de uma moita. Imaginei serem uns animais, não, todos mortos, imaginei algo sobre natural, então corri por uma boa distância, meu organismo começou a produzir ácido lático, fiquei muito ansioso, tem que ser algo, uma prova de que não iremos todos morrer, Deus tentando se comunicar comigo, qualquer coisa.

Não sei, porque mantenho tanta esperança? Era só uma pedra rolando que parou em uma árvore. Então me volto paro o carro, seguro minha .44 que ainda guardo desde os meus tempos de policial, bons tempos em que a vida tinha algum sentido. Hoje o ócio me consome cada vez mais.
                                                                                                                                       -Nick & Kauwba

O Quadragésimo Segundo Aniversário


Começamos. A partir de agora o céu, ou talvez uma espontânea linha de criatividade, torna-se nosso limite. Com a necessidade de liberar algo que fosse nosso para nós mesmos criamos isto. Essa foi a principal ideia que talvez fosse ser compartilhada por esses 4 amigos que ainda tão próximos continuavam a ser tão diferentes entre si.  
Talvez porque essa ideia abrange-se tantas coisas que poderiam abrigar uma galáxia (uma vez que o Universo é uma coisa muito grande, a galáxia também). Com isso deixamos essa introdução de meia noite e damos lugar para que você e nós possamos cortar a fita e abrir as portas para algo.........