segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A breve história do 4x1 (ao menos o começo)


               Kauwba pediu que eu encerrasse sua breve série de histórias e reflexões e só tenha uma coisa a dizer. Fiquei feliz com o pedido, tanto quanto fiquei com os textos.
Desde o início do ano passado nos quatro, não companheiros, apenas amigos, discutíamos os mais diversos assuntos, lembro-me de um estojo que continha milhares de tópicos em pequenos papéis que cada dia tirávamos um para discutirmos no meio das estonteantes aulas. Tópicos que variam de Aborto a Clint Eastwood, de Religião a cor azul. Sentávamos todos muito perto, era um divertimento fácil e prestativo. Passado um tempo fomos trocados de nossos lugares e o estojo nos acompanhou para as aulas de alemão. Nossas duas horas de faulenzen mental. Mas um tempo e nem durante esse período da semana nos era permitido e o breve projeto do estojo teve de ser abandonado. Eu e J.Kley também estávamos trabalhando em uma HQ (ainda estamos) e aquilo envolvia muita conversação desse grupo. Os messes foram passando, oportunidades surgindo, fui apresentado a mansão secreta de Mr.T reuniões de almoço nas segundas feiras passaram a se tornar regulares. Era bom o suficiente para não querermos ter que sair e até matarmos uma aula provando aquela porcaria de chocolate quente que havia por lá. Eu havia passado a conhecer muitos artistas e minha tentativa de roteirista de HQ’s havia me dado à astúcia de dizer que eu escrevia (coisa que era verdade, mas eu era o único a ler tais escritos), e sempre pediam para ver essas “coisas” que eu fazia, mas não foi ai que as coisas mudaram. Eu havia feito uma amiga que realmente insistiu em ver o que eu fazia e não só ler ela me incentivou. Sim aquela pequena garota da sala 234 me propôs um desafio. Era uma folha com dez linhas de um conto, um início, e pedia para que eu continuasse. Fiquei chocado, de tudo que eu havia pensado que poderia conter naquela folha de caderno eu nunca imaginei que seria um conto. Por isso eu continuei, no meio da aula, e Kauwba me havia visto fazendo-o e sentiu uma curiosidade na proposta, ele disse que tivéssemos nossa própria tentativa, e então aconteceu, nosso primeiro texto: Parágrafos da Matiné 1 (esse nome só veio a existir na publicação, antes não havia nada). Era um pedaço de caderno um pouco mais rabiscado que os outros só isso, mas fomos pegando gosto pela coisa. Quando tínhamos algo em torno de quatro textos me brotou a ideia de posta- los. Com apenas uma tentativa de site aos doze anos de idade, eu fui atrás de qual seria a melhor mídia de compartilhamento desses arquivos, com doze anos eu tinha muito empenho e nenhum propósito, agora tínhamos algum empenho e um propósito bem forte. Contatei Kauwba para ver o que ele achava da ideia e após aceita a questão era, qual seria o nome?  “O que nós quatro temos em comum?” “Papel, caneta e uma vontade de extravasar?” “É, mas muito grande para um nome”. Eu havia ficado realmente pensando sobre o que os quatro tinham em comum, e posso dizer que não era muito, ainda não é. Nomes bons ficavam circulando pela cabeça, mas nenhum que servisse o verdadeiro propósito, então ele veio com a ideia “Quatro Por Um, 4people 1 idea” e era perfeito. Após isso contatamos os outros dois e foi unanime, tinhamos um Blog. Um blog onde não precisávamos nos preocupar com nada, um lugar que não importa o que pudéssemos estar pensando, seríamos bem recebidos, um lugar onde o tema era pensar e fazer (não necessariamente nessa ordem). E aqui estamos.
                É uma short-long history assim como a série por completo, a história de como começamos, a quem devemos agradecer por ter isto. Algo que mostra nosso começo, mas não o final, que está longe de breve. Olhando para trás nós vemos que foi tudo um grande misturado de tudo, e nem sentimos na hora, estávamos fazendo o que queríamos. Parafraseando um jovem garoto “Quantos astronautas estão por ai sendo dentistas? Quantos astros do rock não acabam como psicólogos?”. Estávamos certos e fazemos o possível para continuar. Olhando para trás, até sinto falta de provar aquela porcaria de chocolate.
                                                                                                                                                     -Nick

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Dois Traços


Não me leve a mal, eu não sou do tipo que fica horas segurando cartazes ou proclamando citações através de um megafone para repassar algum ideal ou conduta. Não é que seja uma pessoa sem ideais, mas eu me satisfazia com o fato de eu simplesmente acreditar naquilo que...acredito. Talvez ainda não tenha sido colocado na situação de ter que lutar por algo. Pelo menos ainda não.
Acontece que hoje algo me desagradou profundamente. Lá estava eu, passando minha tarde pelo populoso centro da cidade, fazendo minha psicológica despedida dos meus pontos favoritos, um livro ali, um chá aqui, até descobri que uma peça que muito me agrada estaria passando por estes dias. Então me deparo, cerca de casa, com uma manifestação em um trevo das ruas. A princípio eu não conseguia ler os cartazes, apenas ouvir o ensurdecedor barulho das buzinas. Vendo uma bandeira das cores do arco-íris é de se pensar que é uma marcha a favor do casamento gay, mas à medida que proferia meus passos notei que era exatamente o oposto. Em meio ao calor do centro, a movimentação dos carros, a minha tranquilidade, eles deturpavam todas as sensações boas do momento. Era um escândalo, uma propaganda péssima para um produto horrível. Talvez tivesse que ser assim mesmo, era um chamado a altura. Em meio aos apitos, gritos e buzinas, eram erguidos cartazes com fotos de pessoas, que suponho que sejam os “messias” de tais condutas, e dizeres sem cabimento científico ou moral sobre como casais deveriam ser formados. Acaso existe ser humano, com moral o suficiente para dizer que outros dois seres humanos não possam compartilhar de uma amorosa relação? Ou quem sabe, de um longo e burocrático divórcio? Eu não creio. Minha opinião é no mínimo clara. Raiva me deu ter que atravessar a rua em meio aquele escândalo, mas não foi raiva que senti ao partir dali, foi um pesar meu, por haver perdido o sorriso que a bela tarde no centro me havia proporcionado, que se expandiu para um pesar da humanidade. De certa forma, eu notei que não importava de que lado do muro de Berlin eu estaria ou de que canto da galáxia eu me encontrasse, a humanidade seguiria sendo a mesma, aquelas pessoas seguiriam com aquelas mentes fechadas, sendo capazes apenas de visualizar no céu apenas pontos brancos sob um fundo preto, estariam sempre ali para estragar à tarde de alguém. Senti pesar de Jesus, o próprio, que fora pregado a dois mil anos atrás por apenas dizer que as pessoas deveriam ser legais umas com as outras para variar, e hoje seu nome é sujado por esses que seguem as palavras de um homem* que enriquece por passar para as pessoas ensinamentos ruins e odiosos, salvando-as de um mal que ele mesmo cria. Eu posso estar errado, pode ser que a “passeata” não fosse com esse motivo, a situação não me proporcionou ficar lá mais do que o necessário. Mas o que eu disse aqui vale reflexão de um momento, não breve, mas sim um longo momento sobre como estamos agindo, cometendo sempre os mesmo erros.
Não gosto de partilhar experiências ruins, mas às vezes parece necessário, até para que através da escrita eu entenda melhor as situações. Sei que irei escutar muito sobre está postagem, mas pouco me importa, pois eles me devem uma tarde.
*Não me refiro ao Papa                                                                    
                                                                   -Nick

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Céu à noite



Muitas vezes durante nossa existência na Terra nos encontramos mergulhados na rotina do nosso dia-a-dia. Preocupamo-nos com nossos problemas frívolos, mesquinharias e cruzadas pessoais. Há aqueles que não param, nem por alguns minutos, para olhar o céu estrelado à noite.

E é nesse céu estrelado à noite que há algo que me fascina toda vez que olho para ele.

Já parou para imaginar o que jaz além de todas aquelas estrelas? Planetas de todos os tamanhos, galáxias de todas as formas, pulsares, quasares, gigantes gasosos, nébulas, cometas... Isso é só a ponta do iceberg colossal que é o Universo. Acho que é por isso também que sempre gostei de ficção científica   a exploração ao desconhecido, a viagem além da fronteira final! Ver o que nenhum homem viu antes; descobrir novos mundos, novas formas de vida; e a lista continua...

Fico um pouco triste quando penso que é muito provável que eu já tenha retornado ao pó no dia que o homem conseguir sair do seu sistema solar ou algo do gênero. Eu adoraria testemunhar tamanho triunfo!

Descobri que o próprio Universo pode ensinar o ser humano a ser humilde –  fazendo-nos contemplar sua enorme magnitude e nossa insignificância em relação a ele. No ponto de vista cósmico, somos algo como um grão de areia numa grande praia. Não me admira que várias pessoas encham suas cabeças com inutilidades para não pensarem nisso e não se sentirem ruins. Não as culpo por agirem assim, elas não possuem a capacidade de usar esse medo como estímulo à imaginação. Sinto pena daqueles que observam o céu à noite e veem apenas um vazio escuro e alguns pontos brancos.

Sinto muita pena.

- J.Kley

sábado, 19 de janeiro de 2013

O "D" é mudo



Bem está é uma review do último filme de Quentin Tarantino: Django Unchained SEM SPOILERS
                                Quentin Tarantino prova mais uma vez que sua forma de compilação de filmes classe B é a fórmula para o sucesso de um gênero que é basicamente a caricatura do próprio Tarantino. Em Django Unchained (Django Livre) o diretor leva suas histórias de gangues e expressões nigga, motherfucker ao universo Western, unido pelos maiores clichês do cinema Western spaghetti com tomadas de cena e efeitos de alta qualidade. A meu ver Tarantino fez o que Corbucci, Ferroni e o resto do grupo teria feito com o que a mídia do cinema tem a oferecer nos dias de hoje. O filme é uma grande homenagem ao trabalho desses grandes diretores.
                A atuação no geral é satisfatória, porém mais uma vez contamos com o roubo de cena de Christoph Waltz (Bastardos Inglórios), efetuando um papel de roteiro muito similar ao último filme, agora citado. A outra incrível atuação vem de ninguém menos que Leonardo DiCaprio, fazendo  um papel nada parecido com seus anteriores. Todos guiados por um roteiro inteligente, cômico e sem perder a seriedade.
Trilha Sonora do filme reflete seu contexto no espaço e tempo. Contamos com músicas clássicas de Luis Bacalov e Johnny Cash que variam até o Rap de Rick Ross. Cada música desliza na cena com total perfeição.
               Em questões de violência, este filme acompanha a boa e velha dose extra de sangue Tarantino® o que significa que o filme não é para corações fracos. E antes de julgar a escolha vale lembrar também que o filme se passa na época da escravidão dos Estados Unidos, dois anos antes da Guerra Civil Americana. Esse foi um período negro em ambos os sentidos da história da humanidade e não um mar de rosas, portanto é retratado como tal.
              Não se trata no final de um filme sobre racismo e morte de homens negros ou sobre morte de homens brancos, mas sim de um filme onde o personagem principal caça e mata homens maus, independente da sua raça. Bem em considerações finais devo dizer que é um ótimo filme, mesmo os não-fãs do estilo Tarantino devem admitir que este foi um pedaço de arte (a não ser que você seja o Spike Lee). O filme prende, nas duas sessões que acompanhei não vi uma alma sair da sala de cinema durante aquelas duas horas e quarenta e cinco minutos.
                Bem espero que tenha sido de seus interesses e, por favor, não se acanhem em comentar a favor ou contra nesta publicação (e outras), opiniões são sim discutíveis. Tenham um bom dia.
                                                                                                                                -Nick

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Uma breve história de um cara hepático





Aeroporto do galeão-rio de janeiro - área H terceira fileira de cadeiras eu acho.
Ao som de Franco un America me questionando...
*I never thought about the universe, it made me feel small
Never thought about the problems of this planet at all*
Mas no final quem se importa?
No aeroporto as pessoas agem diferentes, parece que são menos elas. Um modus operandi meio zumbi.
Agora tem meia dúzia de pessoas me olhando, ou será que e crise de paranoia?
Parece que quando eu percebo que estão me olhando elas param.
O aeroporto é uma entidade de ciclo frenético o aeroporto é onde todas as pessoas importantes passam, o aeroporto é onde tudo acontece internacionalmente, mas não essa historia.
Escola-ensino fundamental-6 serie?? - ferias-natal eu acho.
Esse período descrito acima foi estranhamente normal, exceto pelo cara hepático (ate poderia citar o nome dele mas não faria diferença pra mim ou você, pelo menos não agora).
Pensei que escreveria pelo menos sete textos no Rio, mas esse o único.
A área H esta meio vazia agora, eu realmente me enrolo muito pra escrever, tocando Rancid, agora e um dos momentos que eu sinto muito próprio e único, não especial, mas único talvez.
Bom, o cara hepático era um menino que devia ter uns doze anos, ele era saudável tinha tido uma crise de hepatite quando era menor, mas tirando isso ele era “normal”, tirando o fato de ter usado durante toda sua existência no colégio o mesmo moletom (uma vez fui à sua casa no verão para fazer um trabalho, e lá estava ele usando o maldito moletom), ter vomitado seu lanche a incrível distancia de 3 metros no meio de uma aula, e conseguir andar como uma galinha, ele era um carinha “normal”.
Acabei de divulgar o link do 4x1 na porta do banheiro, e agora percebi que escrevi errado, achei engraçado  isto esta sendo meio terapêutico para mim, esse estilo de texto meio diário. Não gosto dessa palavra, acho muito afeminada e infantil, diário...
Achei que voltaria a escrever no avião, mas fiquei lendo Tolkien, pois a partir dos ensinamentos de textos passados, pensei que se existisse a possibilidade do avião cair eu gostaria de estar no condado no momento da tragédia, pois basto para aria que o numero 3031,fosse o numero errado para que o mundo acabasse, a chance de um avião cair deve ser a mesma de ganhar na mega-sena a única diferença e que não servem lanches miseráveis em poltronas minúsculas quando se compra um ticket da mega-sena.
Entre o período do natal para o ano novo foi quando o cara hepático morreu, oque aconteceu com ele foi uma crise de hepatite que supostamente só o atingiria quando ele tivesse 30 anos ou mais, ninguém esperava, ninguém entendeu.
O dialogo com minha mãe apos ela ter me contando a noticia foi mais ou menos assim:
-ele morreu. Disse ela.
-impossível! Crianças de 12 anos não morrem, assim como pombas, anões e mendigos, como você pode acreditar nisso? Disse ele.
Ninguém jamais ousou pensar que a primeira morte de um amigo próximo seria de um colega de escola da sua idade. Aquilo foi um choque, um soco na cara, mas serviu para mostrar como o ser humano, o grandioso ser humano que molda o mundo a sua maneira, que se diz materialização de deuses, e mesmo assim somos a raça mais frágil de todas.
Vitor não ganhou na mega-sena, nem comeu lanches miseráveis em poltronas ridiculamente pequenas, porem teve a mesma probabilidade seja pela sorte ou pelo azar.
                                                                                                                       -Kauwba

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Uma breve história sobre um mosquito


Estava no meu quarto em mais uma madrugada, ou seria a mesma? Afinal o dia só passa depois que eu durmo. Como foi essa semana? Acho que foram uma segunda, uma quinta e um sábado. Todos de ficar em casa pensando se eu estava de férias ou não. Meu boletim já dizia “aprovado” há uns quinze dias ou mais, porem ainda parecia que o período das aulas não tinha acabado e o cansaço escolar ainda não havia sumido. Talvez eu tivesse uma visão muito fantasiosa da vida, talvez ainda a tenha.
Provavelmente você ai senhor da Jornada de 8h de trabalho diária deve estar enfurecido agora, “Como alguém pode se cansar da escola!?”, Mil desculpas senhor, mas querendo ou não o universo é muito pequeno e fechado e isso não é algo ruim, isso simplesmente é.
Eu não escolhi nascer nesse lugar, nessa família, com essa classe social e se quer escolhi a escola onde cursarei meu terceiro ano do ensino médio, portanto não fique irritado com alguém que não teve a escolhe de ser o que é.
No meio desses pensamentos descritos algumas linhas acima dos seus olhos são onde passo a maioria das minhas noites. Normalmente eu crio personagens na minha cabeça, esses personagens sempre têm ideias opostas e eu fico em debate com eles, é quase como sonhar acordado.
Enquanto em debatia moralista, racista, fascista ou até um membro da bancada evangélica que sequer existe, parei. Um único pensamento tomou minha mente: Por que não consigo dormir!? No mesmo momento eu peguei a primeira coisa que vi na minha frente e joguei contra a parede. Eu esperava que o item voasse pela janela, que quebrasse, que pegasse fogo e explodisse a minha casa, ou que se quer chegaria ao chão.
Eu jamais poderia imaginar que eu mataria um mosquito enquanto o item fazia uma parábola rumo ao piso, um único e infeliz mosquito. Estraçalhado por algo milhares de vezes maior que ele. O mosquito não ligava se eu dormia ou não, não ligava para a bancada evangélica, não ligava para personagens que eu crio durante a madrugada, ele simplesmente queria voar do ponto “A” ao ponto “B” e escolheu o segundo mais errado para faze isso.
Aprendi da maneira mais improvável possível, que para tudo acabar basta você estar no lugar errado e na hora errada.
                                                                                                                                             - Kauwba 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

"Um Produto de Amor e Raiva" II

II

Sigo meu caminho no calor infernal da noite estou umas duas cidades a frente e começa a chover, alguns minutos depois me aproximo de uma cidadezinha, resolvi que iria passar meu "feriado" la. Vejo um motel caindo aos pedaços com luzes falhando e vejo que encontrei meu lugar.

Acordo com gemidos dos outros quartos, pago o motel e vou para um bar antes de continuar minha viajem sem destino definido. Ao entrar no bar me surpreendo 10 horas da manha de um dia da semana até que estava cheio. Uma prostituta ou travesti não dava para diferenciar, um idiota vomitando no lixo, dois caras se batendo e um cara de terno que provavelmente estava mentido para a mulher que estava no trabalho. Parecia estar divertido mas decido só pegar umas garrafas de cerveja para viajem. 

Se quisesse até poderia ter ficado naquela cidadezinha , ela era estava longe de ser algo decente o que era perfeito para mim, mas prefiro ver o que a estrada tem a me mostrar.

Na estrada desértica tudo estava tranquilo no silencio da noite , até que uns 300 quilômetros a frente meu motor faz um barulho estranho e o carro começa a parar, vejo uma fumaça saindo do capo e vejo que terei que continuar minha viagem a pé, pego uma cerveja e sigo nas sombras da noite nessa estrada que vai para sei la a onde .Já se passaram uns 30 minutos e continuo só na presença de minha sombra , e acompanhado pelo bater de meu coração ,sigo nessa linha reta que agora já me pareasse familiar, no extrema dessa estrada onde continuo sozinho ,estou quase desistindo de encontrar algum sinal de vida. Resolvo parar e esperar ....
                                                                                                                      -Mr. T

"Um Produto de Amor e Raiva" I

I

As vezes me esforço tanto para ser diferente do normal e me distanciar dos idiotas que fico na duvida sobre quem eles são, afinal a tantos tipos diferentes que fico na duvida se não me tornei um. Mas afinal o que eu sei? Sou apenas um jovem problemático, considerado o câncer de sua geração, vontade de não fazer nada e fazer nada irei, desperdiçar meu tempo com álcool e drogas do jeito que minha mãe me ensinou . Não a nada de errado comigo sou apenas como deveria ser, na cidade dos condenados no final de outra estrada perdida onde sou obrigado a viver. Se aprendi uma coisa nessa vida é que todos são cheios de merda mas eles só vêem isso em você .

Hoje a bomba explodiu, joguei a merda no ventilador e dei as costas para o furacão de mentiras que me perseguia , desisti de minha vida, pelo menos do jeito que ela estava, larguei tudo, roubei o carro de minha mãe e sai. Enquanto ela berrava e batia nas janelas do lado de fora do carro, como se eu tivesse algo a dever a ela desde de que nasci já percebi que nunca fui desejado, meu pai já havia  fugido de casa quando soube que havia deixado minha mãe gravida, e minha mãe claramente descontou parte em mim e parte nela, mesmo enchendo a cara e transando com caras aleatórios, se afundando no posso que ela mesma cavou. Com certeza não sentirei falta disso.


A único coisa de qual sentiria falta não existia mais, a única coisa que me fazia sentir no lugar certo era ela. Talvez ela me entendesse por ser tão fodida quanto eu ou quem sabe ela nem sabia quem eu era de tantas drogas que ela usava e eu era apenas seu brinquedinho que quebrou. O que eu era não importa porque de uma maneira ou de outra ela era a única pessoa la para mim.
                                                                                                                              -Mr. T