sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Eu vi seu número


Hoje eu recebi uma ligação de um desconhecido. Recebi a ligação por haver colocado meu número em cartazes e distribui-los pela Rua. Eu fiz isso e nem por um momento eu cogitei como seria se alguém realmente ligasse. De todas as pessoas que passaram pela rua, de todas que notaram o cartaz, de todas que o leram, de todas que tiveram a coragem para puxar a fita com o número e ligar, de todas essas probabilidades eu nem por um segundo pensei que iria receber uma ligação. Será que ela se importava? Será que precisava de ajuda? Um conselho? Um ombro... Um amigo? Será que ela era alta? Baixa? Loira? Morena? Que gostava de sobremesa? Talvez meio vesga. Só sei que de todas as coisas que ela era, eu só pude perceber uma voz, comum e corrente. Meio desentendida, que de inocente não sabia o que fazer, assim como eu. Arrependo-me de não haver perguntado como havia sido seu dia, seu café, se tinha medo de algo, ou se preferia calor ou frio. Fiquei ali, balbuciando e disse “Isto é uma experiência, por causa do boato de que o mundo iria acabar. Eu lhe desejo um belo dia”. Ao menos isso. Imagine aquela pessoa, atrás da verdade, da mentira, que de tudo, só queria entender como era que tudo isso funcionava. Ao menos ela recebeu um bom dia, ao menos isso para saciar essa vontade. Ao menos eu sorri ao proferir cada palavra que atravessava o telefone, espero que ao menos, ele tenha sentido isso.
Pensei em ligar de novo, em realmente conversar, mas o tempo já tinha fechado e talvez a vontade dele já tivesse passado. Mas a verdade é que eu já estava tão feliz e desacreditado que ela havia ligado que não precisei de mais nada. Talvez ela não, talvez para ela tenha sido só uma tentativa frustrada. E só espero que não.
Mas além de tudo, valeu a experiência, valeu meu sorriso até agora, valeu aquele bom dia que fica até a próxima tentativa. Até a próxima experiência meu amigo no fim do mundo.
                                                                                                                                             -Nick

Uma breve visão sobre uma breve série de breves histórias


Esse texto é apenas um prólogo para que você, leitor, saiba do que se tratarão os futuros textos a serem postados.
Esses textos irão fazer parte de uma série que tem um intuito de passar algo que eu supostamente aprendi para outras pessoas, isso através da minha maneira de escrever, que pode ser tanto algo desprezível como algo surpreendentemente bom.
As histórias que serão contadas provavelmente serão curiosas e rápidas, o tema pode variar de animais de estimação a códigos binários, então não espera nada muito lógico porque, assim como o 4x1, minha forma de pensar é bastante aleatória, às vezes tendo a anormalidade. Acho que isso é um traço bem forte da minha personalidade, eu acho........na verdade eu sempre me sinto muito inseguro quando falo de mim mesmo, talvez insegurança seja um traço forte da minha personalidade.
Talvez estes textos me ajudem, talvez não, mas eu posso afirmar que eles te trarão algo que, mesmo sendo insignificantemente pequeno, servirá para alguma coisa.

                                                                                                                                                    -Kauwba

n' I feel fine


sábado, 15 de dezembro de 2012

Pintando o 7

   Un voyage de l'esprit                                                                                                       - Nick

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Esse risco é seu.


Existem dias ótimos, perfeitos, onde você encontra alguém que você gosta muito depois de muito tempo sem a ver, dias que você ganha aquilo que queria muito, dias em que todas as questões que você chutou estavam certas ou dias em que sua Ex acaba levando uma torta na cara. O relato a seguir não retrata um dia desses.
Sai do terminal me conformando de que iria ter mais alguns quilômetros pela frente para andar. Eu estava fisicamente cansado e internamente... Internamente... Nada. Eu não estava triste, nem contente ou bravo. Só estava indiferente, é um estado neutro onde não existe propósito para tudo que tenha passado pela sua cabeça. Eu estava nada, agora não estou mais.
Estava quente, como um bordel de 3x4 em noites de promoção, eu acho. Continuo andando e tentando dizer para mim mesmo que o calor é meramente psicológico, eu precisava chegar a tempo, e ele urgia. Faço apenas uma pausa para pegar, nos confins de minha mochila, meu companheiro musical eletrônico. Ponho a mochila de volta nas costas e vejo o Ipod sem bateria. – lindo. Mais uma pausa para devolver o Ipod aonde o Sol não bate, entre os cadernos. Volto a caminhar em direção ao meu objetivo. Se é que eu poderia chamar aquilo de caminhar, pois minhas pernas apenas balbuciavam movimentos e as inúmeras rachaduras e os desníveis do solo pouco ajudavam. All Stars são péssimos tênis para essas situações, não que isso fizesse muita diferença já que meus pés eram uma parte do meu corpo que eu não sentia a um bom tempo. Os raios solares continuavam a alfinetar minha retina e faziam um som convidativo para a melanina, que ia aumentando no meu rosto.

Desliguei meu relógio, não valia a pena manter a pressão incontestável do tempo. Eu iria chegar na hora que eu iria chegar. Nada era capaz de mudar isso.

Comecei a tocar uma trilha sonora na minha cabeça, que por acaso era bem parecida com a do meu Ipod.
Lá pela metade do caminho eu encontrei uma sorveteria e pensei “como um Milk-shake cairia bem” ou nem tanto. Um Milk-shake pode haver me proporcionado uma ótima experiência alguma outra vez e por isso penso que seria ótimo tomar um no momento. Começo a olhar para cima e ver o quão azul é o céu, então tropeço. Meus pés não estavam dispostos a cumprir suas funções mais básicas. Isso, ou uma mera ironia do destino.
Que os textos não mostrem o quão melancólico ou ruim (ou ambos) o mundo é. A quão fadada à desgraça a humanidade está. Eu não ganho nada com isso. Preferia também só ter elogios a proferir. Mas porque odiar tanto? Eu poderia sorrir, mas ainda assim uma hora meu rosto iria voltar a uma forma mais natural. Não é de grande valor você se irritar ou decepcionar-se com algo ou alguém que não sabe que erra ou que não liga para você. Não é como se desse texto você fosse extrair alguma lição de moral ou uma revelação astrológica. Só mostro como às vezes eu tento ver a pintura por completo, retirar o foco do olhar e ainda assim não desfocar. E eu estava nada.


Gostaria de saber se existem pessoas que pensam assim.
Mentira, não queria.
                                                                                                                                                         -Nick

sábado, 1 de dezembro de 2012

Sobre nós de nós mesmos



Talvez ajude a entender o blog, ou te deixe mais confuso.
 É a vida.

Aqui algumas visões da equipe. Quem somos nós?



  • J. Kley
- Pichaim, nerd de level 16 especializado em quadrinhos e Sci-Fi. - Mr. T


É um freelancer que nasceu na era de prata da sociedade (aprox. 03 A.C.). Aprendeu a desenhar olhando para figuras rupestres e sua primeira HQ foi um volume único de 15 mil páginas que retrava a história da humanidade, infelizmente foi perdido na biblioteca de Alexandria. - Nick

- Um celíaco que gosta de super heróis, Schwarzenegger e Jesus -Kauwba


  • Kauwba
- O 5° Cavaleiro do Apocalipse, arauto dos texugos! - J. Kley

    Depois que desistiu da vida de skatista francês ,Kauwba dedica seu tempo a vídeo games, filmes e a internet, enquanto trabalha em seu projeto de domesticação de texugos. Mr. T

    - Kauwba sofre de um distúrbio de dupla personalidade onde em uma ele atende pelo nome de Tyler Durden. Quando consciente, Kauwba fica desbloqueando as conquistas do seu jogo chamado ''vida''. Crítico renomado de vídeos do Youtube, ele aproveita os frutos da sua fama escrevendo seu terceiro romance, que trata sobre seu Texugo de estimação, ''Ruperst''. -Nick



    • Mr. T
    - Campeão de luta livre no México, atualmente escreve textos e afins para o blog. - J. Kley

    - Não se sabe muito sobre ele e ninguém o viu pessoalmente. Mr. T é dono de algumas empresas fantasmas nos Estados Unidos e parece que já patrocinou alguns álbuns de Rancid e NOFX. Acreditasse que ele seja a reencarnação de Ben (integrante do Happy Mondays). Quando um grupo de pensadores se reuniu para discutir sobre a teoria de sua existência  Mr. T. simplesmente enviou uma mensagem de seu servidor no pacifico com as palavras  '' Que belo dia verde''. - Nick

    - Falou pela primeira vez aos 12 anos de idade . Suas palavras foram ''Green Day!''. - Kauwba


    • Nick
    Colombiano que mantém o blog de pé. - J. Kley

    - Usa uma calca como mochila, uma camiseta como travesseiro e um pedaço de alumínio como skate. Talvez isso seja uma cultura colombiana, mas provavelmente não pois sua verdadeira personalidade reflete seu sonho, que foi sempre ser um mendigo, um mendigo bem limpo e com ótimo gosto para filmes e livros. - Kauwba

    - O semi-colombiano mais alternativo e sociável que você pode conhecer (que conheço). - Mr. T

    quarta-feira, 28 de novembro de 2012

    domingo, 25 de novembro de 2012

    Em nome do pai


    “Sally! Sally!”
    “Adam! Graças a Deus você está bem, eu fiquei horas...”
    “Ok Sally, ok. Vá se tranquilizando. Eu estou aqui agora.”
    Sei que já se tornou parte da minha rotina, mas ver Sally saindo pela porta com aquele sorriso desenhado no rosto, enche meu corpo de orgulho. Orgulho por ter encontrado uma garota assim. Meu orgulho só aumenta quando desço do cavalo e ela vem correndo me beijar.
    “Oh Adam, eu não sabia mais o que fazer. Fiquei rezando para que você chegasse são em casa.”
    “Eu sei querida, mas ficarei poucos dias e então irei partir. As coisas não vão ficar assim.”
    “Não meu amor, por favor, deixe isso pra lá. Nós vamos encontrar uma saída, sempre podemos voltar.”
    Não, nós não podíamos, eu havia vendido cada pedaço de terra que havíamos possuído.
    Eu e Sally nos conhecemos e casamos em Gordburd, ao sul de Jersey, e lá vivíamos em uma pequena cabana perto do centro. Não tínhamos muito alem de um ao outro, mas éramos felizes. No ultimo inverno nossos problemas com dinheiro foram aumentando gradativamente e eu não conseguia nenhum trabalho fixo. Tudo estava muito difícil até que os Buckness, uma família empreendedora de Ohio, comprou um grande lote de terras no Oeste e havia se mudado para lá. Eles estavam contratando um grupo de pessoas para ocupar e cuidar de diversas partes do grande lote. Eu aceitei a proposta, na promessa de que iríamos viver ali enquanto o céu fosse azul, o pasto fosse verde e o vento soprasse de todos os lados, mas parece que existem dias em que o céu não é mais azul, o pasto seca e o vento não sopra de nenhuma direção. Os Buckness voltaram atrás nas promessas e tão rápido quanto chegamos já nos queriam ver partindo. Mas eu não vou deixar que eles me façam de tolo. Eu vivi minha vida inteira de acordo com as regras, digamos que era isso que eu estava fazendo errado.
    Aceitei uma verdade que todos sabiam, mas ninguém admitia: a justiça no Oeste Selvagem só era feita com o apertar de gatilhos de Colts e Winchesters.
    Juntei uma milícia de homens descontentes com os Buckness para o bem de nossas famílias. Uma noite, saímos armados em direção a um pequeno vale onde ficava a residência dos Buckness. Eu dei uma desculpa qualquer para que Sally não soubesse de nada e assim não se preocupasse.
    Chegando às beiradas do vale, jogamos coquetéis Molotov na casa, fazendo com que a madeira nas paredes estalasse e ardesse em chamas. Algumas pessoas saíram gritando e pegando fogo, outras com revólveres, que foram rapidamente fuziladas por nós. Enfim acabamos com todos eles. Enfim poderíamos viver nossas vidas em paz. Ver os Buckness em terror e ardendo em fogo foi algo lamentável, mesmo sendo eles que estavam destruindo nossas vidas. Que Deus me perdoe, tudo que eu fiz foi por Sally. Foi para ver seu rosto até meu ultimo suspiro. Foi para algum dia, eu ouvir a doce risada de nosso filho. Foi pela nossa vida.               Nick & J.Kley

    sexta-feira, 16 de novembro de 2012

    Notas um segundo melhor?



    Debruçado sobre a mesa, eu comecei a fitar a janela do meu quarto, de persiana fechada, até que meu olhar captou as pequenas gotas de chuva que se acolheram no vidro ao entardecer. Elas refletiam a luz da lâmpada. Tinha uma constelação inteira na minha janela Não existia muito de mim nesse quarto, passo mais tempo brincando com as ideias que surgem na minha mente do que me distraindo com algum artigo perdido no meu armário.
    Em uma dessas viagens, eu acabei olhando para o canto e vi a TV desligada. Ela não era nem tão grande e nem tão pequena. Era aquele cubo cinza com uma tela preta a qual não estávamos mais acostumados a ver. Sem pensar, eu pressionei o botão verde e a caixa cinza começou a emitir um som, uma frequência de vibrações, aquela que nos preparava para as cenas que estavam por vir. Então, estática: os milhares de pixels gritavam e corriam pelos
    quatro cantos da tela, sem saber aonde iriam chegar. Eu sentia falta disso. Desliguei a TV e me deitei no sofá. Pensar deveria ser considerado um sentido, afinal é a nossa mente que nos faz perceber os outros cinco. Podia ouvir o rádio sendo ligado no outro cômodo. Havia tido uma boa refeição no almoço. Azul, rosa, verde. Esses rostos emoldurados na prateleira me incomodavam, não paravam de me encarar. Minhas roupas estavam muito amassadas. Essas eram as minhas opiniões, mesmo sendo tudo tão relativo. Pessoas estão sempre dando suas opiniões sobre coisas de caráter tão aberto a distintas interpretações. Sinto-me na necessidade de pedir para que façam a fila até serem chamadas.
    Parecia ser outro dia.
    Acabei dormindo por algumas horas e acordei sentindo, com a ponta dos meus dedos, a cruz que estava em meu pescoço. Gosto muito dela, apesar dos significados que atribuem a sua existência e das alegrias e dificuldades que eu tenho que passar por causa deles. Pergunto-me: “O que os ateus diriam sobre alguém de pouca fé, usar uma cruz com gosto e segurança?”
    Talvez eles fossem dizer que a minha falta de conhecimento reflete a inconsistência da religião, a qual acreditariam que eu seja adepto. E ainda: “O que os cristãos diriam sobre eu usar uma cruz e ainda festejar e questionar tanto, usando de interpretações que não são as predeterminadas por eles?”. Minha falta de fé e minha negação de ver as coisas como elas realmente são apenas mostram o quão fora do caminho eu estou. O que diria Jesus se eu perguntasse “Posso usar tua cruz nesse mundo como ele é?”.
                                                                                                                                                              -Nick

    sábado, 3 de novembro de 2012

    1 = 2 + 1/2 = 0


    De quando um você tira dois, que com mais meio ainda assim da zero. Digamos que eu estivesse lá. Aceitemos a hipótese de que a arte da ocasião pendeu para o lado que vocês já imaginam. Vocês realmente acham que eu, eu mesmo seria a pessoa escolhida para participar de infortunada situação?
    - Do que você está falando? O que aconteceu depois que todos saíram da festa?
    - Hahaha. Estou só brincando com vocês. Já vou continuar a história.
     “Faltava em torno de uma hora para que uma quantidade considerável de pessoas chegasse à casa da Tati. Eu odeio ser uma das primeiras pessoas a chegar, me traz uma sensação de desconforto descomunal.”
     - Você passou a tarde lá com seis pessoas e a Tati.
    - Eu sei! Não me interrompam, estava preparando vocês para o contexto.
    “A sensação era um tanto parecida. Eu já estava no local e eu já a tinha visto falando com a Tati e algumas outras pessoas diversas vezes. Mas, foi engraçado perceber depois que sua presença não havia sido sentida por mim. Ela sentava, ria, encarava e se mexia. Era tudo tão bonito, tudo tão simplesmente simples.”
    - Vá direto ao ponto. Já sabemos onde isso vai dar.
    - Vocês não tem a menor noção. Quando a festa começou, eu estava no andar de cima conversando com meus colegas da natação. Aquilo levou um bom tempo para se concluir e não foi uma conversa que tenha me agregado muita coisa. Eu desci, sem a menor das expectativas de fazer com que a festa fosse valer a pena ou de me divertir. Não era nem mais, nem menos. Foi nessa descida que eu a vi: de pé, de frente para a pequena mesinha brega de vidro, dando as costas para tudo.
    “Eu não me lembro ao certo como cheguei à parte que irei agora contar. Acho que me desliguei e me tornei um mero personagem que seguia um script cravado no meu subconsciente. Sei que parece estranho, mas, se esforcem em acreditar. Fui em direção àquela menina, que não mais sentava, ria, encarava e se mexia. Ela estava outra. Em nenhum outro dos milhares de dias que eu a havia visto antes eu me lembro dela ser aquela que ela era naquele momento... Que coisa gostosa!
    - Obrigado, minha mãe que fez. Foco! Continue...
    - Certamente. Quando me aproximei, ela me olhou através de seus negros olhos e eu a fitei com uma sinceridade a qual não sou capaz de reproduzir. Ainda mantendo o script, começamos a compartilhar frases que nunca haviam sido proferidas antes. Ela havia decorado suas falas e eu as minhas, sem contar que nosso timing estava perfeito. Nós sentamos no sofá que estava ao nosso lado e mantivemos aquela encenação por mais umas três ou quatro palavras, até que ela agarrou meu braço, com medo. Foi aí que eu lembrei com quem eu estava falando e a da situação que acabaria ocorrendo: aquela menina tinha medo de gente.
    - Sem extras. Pule para o final.
    - Não posso perder esta chance.
    Ela então soltou o meu braço para novamente agarrá-lo. Como ela tinha medo de gente! Olhamos um para o outro e lentamente fomos deitando no sofá, tão perdidos no que quer que fosse o momento. Nós acabamos desconsiderando as duas outras meninas que ali estavam sentadas. Ela olhou para as duas e pediu que ambas se retirassem, já que tomaria parte um acontecimento de importância estelar e precisávamos consertar as variáveis: palavras fortes para alguém que sempre tivera medo de pessoas. As meninas se retiraram com um rosto desaprovador, que não poderíamos ter ignorado mais.
    Estávamos completamente no Sofá, quando vi a garota que havia tomado o corpo daquela menina que tinha medo de pessoas.
    - Já entendemos essa parte.
    - Creio que ainda não fui claro ao quanto medo de pessoas aquela menina tinha.
    Então aconteceu: não havia mais diferença entre uma e outra pessoa. Estávamos juntos e aquilo não poderia ser mais certo. Eu estava feito, completo. Cada centímetro do mundo tinha seu lugar.
    Não foi a festa inteira assim, por partes levantei e tomei um ar, falei com poucas pessoas e, mesmo que eu não me sentisse culpado, eu falei com Tati porque não queria ser inconveniente. Foi então que eles chegaram.
    - Finalmente.
    Todos viram de longe aquele exato carro, tocando aquele exato som. E todos suaram frio. A música foi desligada e a porta dos fundos foi tomada por uma superlotação inesperada. Segurei a mão dela com toda minha força. Depois procura-la por anos, nos quais ela se escondeu atrás daquela menina que tinha medo de gente, não poderia perdê-la agora. Havia uma janela de um quarto no primeiro andar que poucos deveriam saber da existência. Seria fácil pular. Entramos no quarto e nos deparamos com dois rapazes que foram tomados de surpresa quando eu entendi a situação.
    Um deles era muito parecido com Bruce Springsteen, já o outro eu creio que era o intercambista da sala 23. Gritei para que eles saíssem logo pela janela conosco, o tempo estava correndo. Passamos pela janela e subimos pelo morro de trás da casa. Algumas pessoas iam para a mesma direção que nós, outros apenas corriam para o outro canto do planeta almejando por segurança.
    Já fazia alguns minutos que estávamos correndo, então pensamos que já estávamos seguros ali. Os rapazes sentaram-se a alguns metros de nós e terminaram o que haviam começado. Eu só conseguia segurar sua delicada mão. Comecei a sentir um cheiro de queimado: era o telhado. Ah, pobre Tati...
    Creio que nem ela se importava muito, já que estávamos ali, um com o outro, dali pra frente para sempre, movidos pela vontade de existir.
    - E vocês ficaram ali, vendo a casa queimar? Qual é o seu problema?
    - Ela estava linda.
                                                                                                  - Nick

    quarta-feira, 31 de outubro de 2012

    Uma Quarta-Feira qualquer.



    -Me desculpe eu...
    -Chega Dex, você sabe que ela não quer falar com você. Quem sabe um dia isso vai passar, sei que já faz muito tempo, mas agora esqueça. Vá pra casa.
    -É só que...
    Vejo a porta fechando na minha cara enquanto ouço as fortes pisadas na escada ecoando pela casa. Não era pra ser assim, mas poderia ter sido pior. Sei do que ela é capaz. Fui voltando pela rua que era iluminada por milhares de velas. Tem algumas crianças ainda e está ficando tarde. Clichês à parte. Era uma noite de Halloween e a lua estava cheia e rodeada de nuvens cinza-escuro. Concluí que deveria parar de pensar nela, seria frouxo de minha parte. Sofrer demais é para os poetas.
    Eu estava a duas quadras de casa, não tinha mais muitas velas na rua que eu estava passando, era quase um breu total. Foi aí que eu ouvi, vindo atrás de mim, o som de cascos de cavalo.
    Virei-me bruscamente, era Cotard, ela montava um cavalo negro e carregava uma foice. Cotard, a que não queria falar comigo. Por mais que eu achasse inusitada sua presença repentina e extravagante, eu sempre soube que estava mentindo e nunca tinha deixado de pensar em mim. Nosso último encontro havia sido a dois Halloweens atrás, ela tinha me mostrado muitas coisas. Hoje ela apareceu mais pálida, como se fosse possível. Ela me olhou friamente, agarrou a foice com as duas mãos e disse de forma muito Clara: “Hoje te mostrarei a maior das verdades.”.
    As poucas velas acessas se apagaram. Meu peito agora latejava de uma forma a qual eu nunca havia sentido. Agora eu sabia o motivo. Havia um buraco em meu peito do diâmetro de uma bola de tênis.
     Um tempo depois, acordo no mesmo local. Ponho a mão no peito e não sinto nenhuma cavidade presente, porem agora, tudo parece mais escuro e sombrio. Tento me levantar, mas não tenho força, me sinto fraco. Tudo está diferente, apesar de por fora tudo parecer igual. Por mais sombrio e escuro que esteja creio que nunca vi as coisas tão claramente como agora. Ainda deitado no chão, vejo um homem pálido e de terno preto vindo em minha direção. Sua pele parece podre. Ele me ajuda a levantar e pergunta se estou bem, respondo que sim, elogio sua fantasia e  agradeço a ajuda. Nos despedimos e sigo meu caminho para casa. Meu corpo está dormente, mas continua se movimentando como se ele apenas estivesse conectado a rotina. Leve, claro, tomado pelo sentimento de que nada mais posso fazer, pois o plano já não mais me pertence. Não sinto falta de nada, também não sinto vento em meu rosto ou a dor de meus calcanhares. Talvez eu fosse agora capaz de sentir tudo, menos eu mesmo. 
                                                    - Nick, J. Kley, Kauwba e Mr. T.
    ¹Síndrome de Cotard, ou delírio de negação. Rara síndrome de fundo psicológico onde o paciente acredita estar morto, não reagindo a estímulos exteriores ou pessoas. Sensação de estar lentamente apodrecendo.  

    sábado, 27 de outubro de 2012

    Perhaps


    Eu começo, termino, repito e mantenho. Talvez seja natural, talvez meu subconsciente pregando uma peça e sorrindo para mim. A única certeza que eu tenho é a de que aqueles dois anos carregam os dias mais preciosos que vivi. Aqueles em que você se sente completo e nada de ruim pode acontecer. Aquela felicidade que irá mexer com você sempre que relembrar cada segundo. Aqueles que fizeram minha integridade, meu centímetro mais importante.
    Eu tinha uma vida boa, bons pais. Amigos dos quais eu gostava e gostavam e mim. Só vinha uma respostam em minha mente e era: Eu estava bem. Ainda assim, o que era bem naquela época? Faltava algo. Faltava um sopro de vida, um frescor do amanhecer. Algo que eu só encontraria além da estrada. Por isso eu parti. Troquei a segurança de casa pelas surpresas do desconhecido.
    Eu não quis abandonar ninguém. Eu não me sentia muito mal e nem brava com alguém. Eu queria que as pessoas com quem eu passava meus dias, entendessem isso. Que compreendessem o verdadeiro motivo da minha fuga. Uma porta havia sido aberta e resolvi aproveitar. Não foi fácil, eu senti falta de alguns, mas quando o momento chegou, eu não hesitei em partir, era a coisa certa a fazer. Gostaria que ao menos uma pessoa entendesse isso.
    Por dois anos eu conheci um novo mundo. Não precisei de mapas nem guias porque, eu finalmente havia me encontrado. Sentia a mim mesma no espaço. Conheci novas pessoas e por dois anos seus sorrisos foram meus por-dos-sóis. Não existia uma guerra em meu subconsciente. Minhas ações fluíam. Presenciei a liberdade de ir aonde eu sentia que era melhor. Eu fui capaz de sonhar e tornar tudo em realidade. Arriscando até meu último centímetro.
    Quando voltei, tudo havia mudado. Eu, os locais, as pessoas. Não fui mais a protagonista, agora eu era uma telespectadora, mas isso não me incomodava. Novamente eu estava em outro mundo, conhecendo outras pessoas (já que as antigas não mais me eram próximas), vivendo e dentro de um balanço como o do oceano.
    Alguns dias atrás um velho amigo veio me visitar. Ele apareceu com perguntas normais: Por que eu havia partido? Por que sua garota favorita o havia abandonado? Eu sorri, como sempre fiz com ele, e respondi com o que eu havia vivenciado. Ainda questionado se eu não havia me arrependido de nada, ele perguntou se eu faria tudo de novo caso fosse possível voltar àquela exata noite em que parti. Talvez eu pudesse ter ficado lá. Talvez eu pudesse ter ficado aqui e aprendido a viver por estes campos. Talvez. Eu sei que a maioria das pessoas que conheci irá mudar e sei que isso serão apenas memórias, mas eu não me importo. Eu amo o “eles” daqueles momentos porque, por dois anos eu fui feliz e não devi desculpas a ninguém.  Aproximei-me calmamente de seu ouvido e sussurrei “Claro que sim”.
                                                                                                                                                           -Nick

    sexta-feira, 26 de outubro de 2012

    Fui visitar os fantasmas e eles não queriam mais reclamar.


    Eram 23h37min. Não estava frio, mas de tempos em tempos passava uma brisa que penetrava na minha alma. Eu poderia estar dormindo, é sábado, mas ao invés disso eu estou preso neste cemitério. Um lugar que me incomoda, para impressionar uma garota que não me agrada, pela insistência de amigos que eu desgosto.
    Estávamos vagando pelos arredores da cidade havia umas duas horas. Tudo era pra ser apenas mais uma noite em que esses adolescentes de mente mal desenvolvida iriam danificar alguns bens públicos, beber até não sentir o próprio rosto e achar que tem o universo todo aos seus pés. Se não fosse por um deles ter dado a incrível ideia de visitar um cemitério no meio da noite. Obrigado a dois adolescentes despreocupados nos anos 90 por trazerem este exímio exemplar de ser humano à vida.
    Fico tentando imaginar algo que tenha um tamanho proporcional a sua mediocridade. Bill murmura alguma piada de duplo sentido pra mim e faz com que todos comecem a rir. Por que você não explode Bill? Por que você não simplesmente desaparece com o poder da minha mente? Eu poderia gritar isso na cara dele, eu poderia avançar em todos que seus lentos reflexos não me alcançariam. Poderia até sair correndo pra casa e provavelmente ser sequestrado, mas ao invés disso, eu simplesmente dou uma risada leve, não curta, leve.
    São 23h29min. Meu relógio só pode estar de brincadeira comigo. Tasha começa a vomitar perto de um portão. É-me indiferente. Ela sempre é a primeira, mas devo admitir que desta vez seu ápice foi alcançado com mais rapidez que as outras vezes. Todos ficam rindo enquanto ela bota pra fora toda a angústia que secretamente eles carregam. Angústia, ou simplesmente sua última refeição. Difícil saber.  Que nome horrível.
    Alguns minutos passam, menos do que eu gostaria, até que chegamos à parte com as sepulturas interessantes. Estátuas de figuras que alternavam entre anjos e demônios. Minha sincera opinião: É um cemitério legal, é daqueles que você vê nos filmes, a diferença é que as estátuas não estavam em uma grande batalha ou nos arrastando para o inferno.
    Eu sabia que a noite iria acabar e que eu poderia ir para casa, só que mesmo assim a angústia de estar naquela situação superava qualquer certeza. Sentamos no chão formando um circulo onde todos, sob efeito do álcool, começaram a falar suas descobertas redundantes. Aquela cena era tão ridícula que me eu sentia um câncer crescendo dentro de mim. Alastrando-se pelo pouco bom senso que me restava. Afinal de contas, eu estava ali, não estava?
    E ali estávamos todos sentados, eles jogando aquelas palavras desenfreadas pra fora, eu ouvindo até imaginar meus ouvidos sangrando, quando Jeanne (a garota gótica e magricela que tentaram jogar para cima de mim porque ela tem algum desejo incansável de atirar-se em garotos aparentemente “quietos”) começou a rir, mas eu digo rir mesmo. Passou a rir tanto que eu não aguentava mais e minha cabeça ia fazer-se em pedaços. Uma risada tão bizarra que até o subconsciente dos outros os fez acordar, mesmo que por uns segundos para tentar entender o que estava acontecendo. Ela continuou rindo e rindo, até soluçar e voltar a rir. Rir tanto que o ar não tinha mais tempo nem espaço de entrar em seus pulmões. Ela riu até não poder rir mais, nem nada mais. Ela agora estava estirada no chão com aquele sorriso diabolicamente perturbador enquanto todos a encaravam, eu esperava que ela fosse acordar e voltar a rir... Esperei e fui decepcionado. Minha respiração começou a ficar ofegante, Lina e Tasha começaram a gritar e chorar, Todd estava muito além da consciência pra entender a situação, Bill começou a gritar com as gurias. Por uma fração de segundo, eu senti uma espécie de medo que não conhecia. Ficamos todos de pé e perguntas óbvias, gritos e ideias foram sendo expelidas por cada um. Tudo tinha uma redundância tão grande que a raiva que eu sentia com aquelas pessoas só foi voltando. Checam o pulso inexistente de Jeanne enquanto eu tento não olhar para aquele sorriso, aquele sorriso que começava a ser esculpido na minha mente e eu provavelmente nunca iria esquecer. As garotas continuavam a chorar até que Todd, que parecia haver chegado à situação deu a ideia de que a enterrássemos. Era um cemitério, ninguém iria procurar lá, é só mais uma sepultura no meio de milhares. Havia pás e bastante espaço. Bastaria negar qualquer relação que tivéssemos com o desaparecimento daquela garota que não iria fazer muita falta no mundo, bem talvez seus pais, mas muitos pais são obrigados a passar por isso. Poderíamos simplesmente entregar seu corpo, receber toda a culpa, e com uma grande probabilidade sermos os notáveis responsáveis pela morte dessa garota que tinha tantos problemas quanto o planeta em si. Alguns minutos se passavam, mas eu não sentia. As gurias soluçavam vomitavam, Bill chorava como se fosse uma delas, Todd... Todd estava sem expressão e cavava a cova. Jeanne mantinha seu sorriso, aquele que eu não consigo esquecer. Não pense que eu tomava a situação com tranquilidade ou tanta indiferença, talvez eu simplesmente não entendesse a gravidade do que aquele grupo infeliz estava fazendo e eu estava testemunhando esse tempo todo. Talvez a imagem não estivesse clara por completo. Eram 00h45min e eu vi. Eu entendi e eu só fiquei calado.

                                                                                            -Nick

    quinta-feira, 25 de outubro de 2012

    Faces




    O número de faces na sala vai aumentando. Todas com suas diferentes características, porem no fundo todas iguais. Nenhuma parece ter vontade de estar ali, nenhuma realmente expressa o que gostaria. Presos numa sala onde o tempo não passa, ela te desgasta e te irrita. Todos presos ali sem rumo, se preparando para o desconhecido,  porque é o que precisa ser feito. Se questionando sobre o futuro, reclamando do presente e nostalgicamente relembrando o passado. Esta sala esta ficando velha e lotada. Há anos continua sem mudanças, igual. A sala precisa de uma reforma de um ar novo, que não sufoque, de um tempo que não desgaste e de novas faces, sem máscaras. Ninguém gosta dessa sala, porem ninguém vive sem ela, ela sempre deu um lugar a essas faces e elas um dia, sentiram sua falta.
                                                                -Mr. T

    terça-feira, 23 de outubro de 2012

    Metamorpheus

    Havia um pouco de nanquim restante no bico de pena quando eu estava desenhando, daí peguei um pedaço de papel e esse cara aí surgiu.

     - J.Kley

    sexta-feira, 19 de outubro de 2012

    O Primeiro Dia do Resto da sua Vida


    A gaveta empoeirada se abre, dela sai um envelope pastel e do envelope pastel sai uma folha:
    Ontem (ou para os que procuram os defeitos ainda hoje) as 03h19 AM minha vida mudou. Finalmente encontrei o que procurava desde minha memória mais evanescida.
    Meu nome é Kyle Jack e até onde posso lembrar sempre fui uma pessoa triste, uma tristeza com um índice variável, mas ainda triste, durante meus 8 a 11 anos minha falta de vida era muito mais notável, pois enquanto todos da minha sala escolar colavam papéis e riam, eu desenhava, amassava o papel, jogava fora, chorava e repetia o ciclo, eu não entendia como as pessoas podiam sorrir tão espontaneamente e não via a mesma graça na vida que eles, muito provavelmente.
    Eu cresci e a única coisa que mudou com meu amadurecimento foi que cada vez mais minha tristeza foi se tornando mais anônima, não porque o resto também aderiu a minha forma de pensamento, mas porque as pessoas foram se acostumando com aquele menino que gostava de Star Wars. E é triste o caminho de viver ao invés de seguir o caminho do suicida em potencial, eu finalmente entendi a felicidade. (nada contra suicidas, eu não quero bancar o moralista religioso, pois estas são as coisas que mais odeio neste mundo, só estou citando dois caminhos, ambos podem ser caminhos bons ou ruins, só depende da sua visão de moral e a de mais ninguém, nenhuma organização ou doutrina).
    Entendi o principal fundamento para deixar de ser triste: A felicidade, a qual a raça humana é obcecada por procurar e não existe, a felicidade não existe. Só a partir deste momento pude compreender que a felicidade é um estado momentâneo e a cada segundo ela nasce e morre, assim como os seres humanos. A felicidade vem do livro que foi lido, o filme que foi assistido, a noite de sexo que você teve (caso você não seja virgem como Jack), o programa de TV que foi assistido, a boa noite de sono dormida, a tarde passada com a namorada (caso você tenha uma), o jogo terminado, o gol feito (caso você jogue futebol), o texto escrito, a masturbação feita (caso...) deixa pra lá.
    Esse texto será guardado em uma gaveta e aberto daqui a vinte anos, onde Kyle Jack do futuro poderá ler e notar como sua vida mudou após aquele dia, ou como ele estava iludido. Enganado e errado.
    O papel volta para o envelope que volta para a gaveta que é fechada assim como a caixa que guarda a arma, que guarda a bala, que guarda uma vida inteira pela frente.
                                                                                          -Kauwba

    Review - Green Day ¡UNO!


    Green Day, odiado por uns e amado por outros lançou seu nono cd de estúdio ¡UNO! depois de 3 anos sem trabalhos novos, desde 21st century breakdownk(2009). (Tenho que admitir que sou fã de Green Day então esse review não vai ser muito inparcial.)


    ¡UNO!,o primeiro cd da trilogia ¡Uno!,¡Dos! e ¡Tre! e um cd mais power pop (palavas do proprio Billie Joe) que traz um som novo e diferente, porem que relembra o bom e velho Green Day.Depois de 2 cd's de rock opera que seguiam o mesmo estilo com letras e musicas mas e serias e complexas,¡Uno! anda para o caminho contrario com letras e musicas simples e repetitivas .


    Analise das musicas:

    1-Nuclear Family -Musica de batida rápida que relembra american idiot,com um mini "solo" de baixo e guitarra que caem muito bem com a musica.
    2- Stay The Night-Pop punk com bastante palm mute e vocais mais melódicos,comparado a versão ao vivo perde bastante sua energia.
    3-Carpe Diem-Power pop com cara de Green Day ,influencia de The Clash principalmente no solo que e quase idêntico a I fought the law.
    4-Let Yourself Go-Letra que relembram o BJ irritado dos anos 90, com batida rápida de um Ramones em ecstasy,e um solo estilo slappy hours,uma das melhores.
    5-Kill The DJ- Com um grande uso da palavra Fuck 'e a que mais foge do estilo do album,e do green day uma musica numa vibe meio dance para alguns lembra rock the casbah do The Clash.
    6-Fell For You- Letra romântica e guitarra mais leve,a musica começa bem mais acaba ficando muito repetitiva pela falta de partes diferentes.
    7-Loss Of Control-Vocais e batida rápidos ,palm mute e solo boa mistura do antigo e novo estilo do Green Day.
    8-Troublemaker-Vibe meio Rock'n Roll letra divertida(ex;I like your BM excellent tits,With a tattoo of a pig sniffing glue) ,batida da bateria se mistura bem com as palmas e um solo massa.
    9-Angel Blue-3 acordes bastante energia, com bom acompanhamento da segunda guitarra.
    10-Sweet 16-Letra de amor , vocal melódico com uma batida mais lenta cairia bem em American Idiot ou 21 Century Break Down .
    11-Rusty James-Refrão que fica na cabeça letra boa instrumental estilo Green Day não tem o que não gostar.
    12-Oh Love-Unica "balada" do álbum não caiu bem como primeiro single mas para fechar o álbum com algo mais calmo funciona.

    Pontos positivos e negativos
    + Bille Voltou a fazer solos decentes como os de slapy hours e kerplunk.
    + Musicas com batida rápida e energia.
    +e- Letras e instrumental repetitivo e simples.
    - Musicas meio parecidas , tudo do mesmo estilo.


    No geral é  um bom cd, que da um ar novo ao Green day. Ao ouvir ¡Uno! não me da vontade de pular nenhuma musica o que mostra que é  um cd consistente ,mas também não ah nenhuma musica que se sobressai muito das outras.Resumindo ¡Uno! e uma boa adição ao catalogo de cd's do Green Day  e na minha opinião vale os 40 minutos do seu tempo. Se vale seu dinheiro cabe a você ,o meu valeu


    Nota:8/10 



                                - Mr. T

    Borderlands 2

    Está é a primeira Game review do 4x1 e a minha primeira também, o jogo  é Borderlands 2, produzido pela Gearbox e 2K (que fizeram o fiasco de Duke Nukem Forver) 

    Bem antes de realmente começar a review é necessário fazer minha apresentação, No dia em que esse texto foi postado eu tinha (tenho)  16 anos e Vídeo-Games sempre fizeram parte da minha vida, desde PS1.
    (Desculpe velha guarda mas eu não sei nada de Space Invaders e companhia) e até hoje minha forma favorita de mídia é o Vídeo-Game. Consequentemente eu tenho (modestamente) muito conteúdo que será expelido em 3, 2, 1...

     Introdução: Bordelands 2 se passa em Pandora (como no 1), local onde foi descoberto um minério valioso, Eridium, e então muitos trabalhadores foram mandados para sua extração. Deu merda e esse minério chamou a atenção de Handsome Jack, dono da corporação Hypherion, que tem como objetivo tomar todo o minério para si e "dominar o universo".
    Mas tranquilo que nada do que você leu até agora importa muito. A história do jogo é a ultima coisa com a qual você deve-se preocupar. Enquanto você joga Borderlands 2 a única coisa necessária a saber sobre a história é que você é um aventureiro(a) que quer matar Jack. A trama não é ruim, desculpe se passei essa impressão, só que quando comparada a proposta do jogo, a história tornasse quase que desnecessária.

    Roteiro/Personagens: Borderlans 2 possui um roteiro que usa todas as táticas para fazer o jogador rir (muitas vezes ignorando a lógica http://www.youtube.com/watch?v=7zIysoOLjHo) O roteiro é basicamente o que o jogo diz ser em Trailers e propagandas. Já os personagens, todos eles sem exceção têm uma personalidade extremamente forte, muitas vezes forçando um carisma inexistente. Por exemplo, o Claptrap (robô piadista cuja finalidade é abrir portas), mas também à personagens atrativos e diferentes como Brick e Mordecai ( que estão presentes no primeiro jogo)

    Gameplay: 
    Controles: Os controles utilizados são de fácil adaptação. Qualquer que já familiarizado com um FPS consegue jogar.
    Áudio: O áudio do jogo em si (passos, barulhos, tiros) é bom nada muito melhor do que os jogos comuns que existem no mercado, porém a Trilha sonora é excepcional, realmente fantástica. Por favor, escutem esses vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=IyfpYxM67aY
                         http://www.youtube.com/watch?v=UoHnv-pS4To

    Personagens (jogáveis): Os jogadores são colocados a escolher entre 4 personagens (sem DLC's), cada um com uma habilidade.
    Comando: Usa torreta(s) melhor com assaultrifles 
    Gunkzerker: Usa uma arma em cada mão, uso de Smotguns recomendado
    Siren: Prende os inimigos em uma "bola de magia", submachines recomendadas.
    Assasin: fica invisível por 5 segundos e aumenta o dano causado quanto menos segundos restam, uso de Snipers quase obrigatório. 
    As quatro classes são bem balanceadas com um sistema de evolução muito criativo.

    O que o jogo tem de melhor?
    Armas: O jogo possui a maior quantidade de armas já feitas na história desse país,

    mesmo após mais de 40h de Gameplay não foi vista nenhuma arma idêntica. Elas são divididas em classes pela sua raridade (Branca, Verde, Azul e Laranja) sendo que mesmo zerando o jogo ninguém garante que uma arma Laranja aparecera. 
    Bosses: Os chefões são deveras inesperados, de uma criatividade genial e igualmente desafiadora e recompensadores. 
    Easter Eggs: Tão grande quanto à quantidade de armas são a quantidade de Easter Eggs, o que é sensacional porque enriquece muito o conteúdo do jogo. Além de proporcionar uma visão da personalidade dos desenvolvedores do jogo. http://www.youtube.com/watch?v=1xI4deYmDNQ
    Nota: 9,5/10 - Um ótimo e viciante jogo para os que não jogam somente pela história. Um "must buy".

     P.S.: Como é a minha primeira review, você que está lendo este texto agora, por favor, deixe um comentário falando: se eu devo fazer mais reviews, menos reviews, mais ou menos detalhes, se eu nunca mais devo fazer uma review, se eu devo-me foder. Qualquer uma dessas opções será muito bem vinda e muito obrigado por ler meu texto. Agora encerro com as sábias do criador de Borderlands. 
    "Quando me perguntam se Borderlands é um RPG com elementos de FPS ou um FPS com elementos de RPG, eu respondo: As pessoas se perguntam se botaram chocolate no amendoim ou amendoim no chocolate, mas nunca pararam pra pensar como amendoim misturado com chocolate é delicioso".
                            -Kauwba

    Groovy

    Evil Dead
         (Evil Dead por J. Kley)
        Como parte da nossa proposta nós iremos fazer alguns reviews sobre coisas extremamente interessantes (velhas ou novas) então aqui vai um Review sobre o filme clássico para dar início. Aproveitem.

     O filme Evil Dead é o primeiro filme da trilogia de terror trash dirigido por Sam Raimi (sim, o diretor da trilogia Homem-Aranha) e protagonizado por Bruce Campbell, no papel de Ashley "Ash" Williams. De alguma maneira a trilogia entrou para a lista de filmes "Cults" e acabou ficando muito famosa nos E.U.A.
     Até agora este que vos fala viu apenas o 1° filme, por isso, ele é o foco da minha review.
    A história gira em torno de dois casais e uma amiga muito solitária que vão para um chalé cabreiro no meio da floresta. Um a um, os amigos de Ash vão sendo possuídos e acabam virando zumbis demonhentos. Ash, que após ser jogado incontáveis vezes em prateleiras no filme, usa uma escopeta que estava no porão do Chalé para dar cabo nos monstros. Amanhece e os zumbis derretem. Traumatizado, Ash sai do chalé e é atacado por uma entidade do mal voadora e não identificada. O filme acaba deixando o fim aberto para Evil Dead 2.
     Não posso falar que adorei o filme, mas é um clássico Trash e não pode ser levado a sério. Há algumas boas cenas no filme e vale levar em conta que este filme estabeleceu o arquétipo de "Filme de Terror de Monstros Asquerosos". Um dos pontos positivos é que a maquiagem dos zumbis é bem feita e assustadora, juntamente com a premissa de que Ash se tornará um Badass Cabra-Omi nos próximos dois filmes e é o que eu irei conferir. Grato.                                                
                                                                                        -J. Kley
    Para ver o trailer original do filme acesse: http://www.youtube.com/watch?v=dtsK7skqk9U

    Testando

    -"click" (gravador ligado)
    Testando 1, 2, 3...
     Se você está escutando isso quer dizer que a Igreja Universal explodiu, se você está escutando isso o Projac está em chamas, o Planalto já deve ter descoberto minha armadilha e tudo isso foi transmitido ao vivo em todos os canais abertos
    Testando 1, 2, 3...
    Enquanto você está escutando isso meu corpo deve ter acabado de ser cremado, minha família deve estar sendo procurada, família que eu nunca tive, melhor pra eles.
    Testando 1, 2, 3...
    Eles podem torturar meu corpo, mas minha mente viverá para sempre na memória daqueles que temem a revolução
    Testanto 1, 2, 3
    "click" (gravador desligado)

     Todos já sabemos essa gravação de cor seu merda. Nada a declarar?
    Não? Muito Bem,  não sei se você estava certo quanto a imortalizar sua mente na memoria  dos outros e caralho a quatro, mas pode ter certeza que vamos torturar seu corpo.
                                                                               -Kauwba

    quinta-feira, 18 de outubro de 2012

    Ilustrações do Ilustríssimo J.Kley

     Desenho feito pelo nosso J.Kley para um concurso do site New Grounds. 
    Vocês irão ver muitos trabalhos diferentes dele por aqui
    Mas se vocês quiserem dar uma olhada em outros desenhos dele entrem em :
    http://jpereiracomics.tumblr.com/

    O MUNDO É FRIO

    Para ele era só mais uma segunda feira normal, estava entediado e irritado como qualquer pessoa normal estaria, andando no centro tumultuado da cidade. Ia a caminho do banco para pagar a conta da TV a cabo, que ironicamente não estava mais funcionando, e não iria ser mais necessária  por um bom tempo, mas não sabia disso. Deveria estar pensando sobre os peitos da Scarlet Johansson que estava no ultimo filme que havia visto, quando um mendigo o parou na rua e ficou falando "O inverno esta chegando" repetidamente, presumiu que ele estava bêbado pois era inicio do verão. Ignorou o mendigo e continuou andando.

    Pobre coitado, não tinha a minima noção do que estava prestes a acontecer, o mendigo estava certo, algo inacreditável iria acontecer com o mundo.

    Depois,com as contas pagas, ele saiu do banco e estava indo para casa. Estranhamente fazia muito frio e estava ficando escuro. Olhou para o relógio e viu que eram três horas da tarde, e era verão. As pessoas estavam olhando para o céu soltando gritos de espanto.

    O sol estava se apagando como uma lampada desgastada.
                                                      

                         - J.Kley &  Mr. T

    Insônia

    Demorou pra conseguir dormir. Eu fiquei horas e horas virando de um lado para o  outro na cama e a cada movimento eu só ficava mais e mais desconfortável. Por que eu tinha que passar por isso? Por que eu não só piscava meus olhos e de repente já era de manha?  Uma música suave rodava no meu som, mas não parecia surtir muito efeito. Fiquei parado pensando em coisas aleatórias, fiquei parado pensando em nada. Pensei em ficar de pé ao lado da minha cama e esperar até desmaiar, não era muito funcional mas, quem sabe não era disso que eu precisava? Uma boa pancada pra finalmente dormir. 

    Sem que eu me desse conta, havia conseguido, mas eu tinha noção de quanto tempo  aquilo havia demorado. o Cd já havia acabado. Eu estava dormindo, mas nesse sono que nem tão profundo e nem tão esperado, eu estava tendo um pesadelo. 
    Não parecia real, era daqueles pesadelos em que você sabe que está sonhando mas sente tanto medo que não consegue acordar. Minha respiração ofegante atrapalhava. O som de mil coisas diferentes, cada uma em seu ritmo, cada uma exalando um grito eloquente que rasgava minha mente em pedaços. O som da loucura. 

    Estava escuro. Eu conseguia apenas ver os contornos das milhares de coisas que me cercavam. E mesmo estando ali, vendo, sentindo, eu sábia que nada era real. Por que não acordar? Mesmo que tenha demorado tanto, mesmo que o que eu mais precise agora era estar dormindo. Por que não acordar? E ai cheguei a pior parte de todo o sonho em si. Aquilo era a vida, e eu sequer havia dormido.
                                                                                                                                                              -Nick

    terça-feira, 16 de outubro de 2012

    Nada de nada


    -Data estelar quatro do cindo do... Não, para isso é muito ruim. Em uma quinta-feira chuvosa... Isso é pior ainda, não tem forma fácil de dizer isso então tentarei ser direto. Meu nome é John, John Smith (até meu nome é clichê), eu sou um escritor de muito sucesso, tipo muito mesmo e hoje é 93° dia da minha crise de criatividade. Resolvi fazer deste, ultimo texto da minha carreira, simplesmente procrastinar, rumo ao nada e sem nada a perder.
    Acho que o grande motivo da minha crise de criatividade é a comodidade, depois de alcançar certo nível de fama e respeito, você está acima de Deus, eu poderia escrever qualquer coisa neste texto e mesmo assim eu seria idolatrado. Poderia escrever: “Então o cavalo marinho Jack mergulhou no orifício anal da foca Joe”. Diriam que é uma metáfora ou que você é muito burro pra entender, diriam que você tem que ter uma leitura mais profunda (pobre foca Joe), outros não comentariam nada com medo de serem taxados de algo.
    Tenho saudade da época da escola, (nunca esperei pensar assim), época em que eu conseguia criar textos mesmo em aulas de matemática, (Matemática é o cumulo da falta de criatividade), então me lembro de como cheguei aqui, como eu sai da minha escola do interior para viver em uma mansão em Vegas...

    -Eu não escrevia, por que comecei? Acho que foi em alguma daquelas febres de livros adolescentes onde quatrocentos e noventa e oito mil estudantes transformam-se em “Fanboys” de algum mundo totalmente fora da casinha, criado por algum barbudo que com a fama se torna metrossexual ou uma solteirona que é idealizada por seus conceitos feministas, mas na verdade chega em casa toda noite para chorar porque ela sente falta de um bom.......Ah todos entenderam aonde quero chegar.
    Não sei se por uma fatalidade fodida do destino ou simplesmente sorte, mas eu, ao invés de apenas ler os livros e aprender alguma língua perdida de alguma sociedade secreta imaginária, passei a olhar o que estava além das palavras, analisar a escrita observando atentamente para as fórmulas gramáticas e repetir isso para liberar aquela infantil raiva adolescente nas páginas do meu caderno, na hora qualquer coisa era melhor que geometria plana, e aquela minha coisa qualquer chamou a atenção de colegas e professores, até meus pais gostaram, mas ainda acho que eles tinham um pouco de medo. Bem, os anos foram passando e mesmo sem uma faculdade eu fui escrevendo um livro aqui e uma série ali. Fui chamado de o Tolkien da minha geração. Eu olho pra trás e vejo que na verdade nada daquilo me deixou feliz. Enquanto meus livros agradavam o mundo eu me trancava em casa, insatisfeito. E nesse momento de falta de criatividade eu me despeço de vocês, nesses momentos de falta de criatividade eu penso em Dean Moriarty... (não consigo nem terminar sem um clichê).                                                            
                                                                                                                                            -Kauwba & Nick

    sábado, 13 de outubro de 2012

    Atlas


    Faça. Não faça. Continue. Volte atrás. Sua mente oscilava entre o ir e não ir. Entre o arriscar e deixar. A porta do elevador se fechava, ele pressionava o botão de numero nove . Primeiro andar, mais oito andares acima e seu mundo iria mudar. As possibilidades refletiam como espelhos em meio à nebulosa luz da noite. As partículas de água eram expelidas por entre os poros, seu rosto escorria suor.
    Era necessário ficar calmo, não era? Talvez o nervosismo deixasse sua mente alerta e alerta ele precisava estar, pois em seis andares ele teria que abandonar sua maneira de ser e se tornaria aquilo que nunca esperou precisar. Não foi fácil: nunca é, mas havia chegado ao cume da escuridão. Tudo se tornara desnecessário e o supérfluo já não o mantinha confiante.  Confiança era algo que perderia nos últimos dois andares, agora faltavam quatro. Tentou trazer imagens reconfortantes à mente: seu primeiro beijo, seu teddy bear. . .Tosco! O que era aquilo agora se não uma irrelevante sensação de felicidade projetada por uma memória que valia menos que sua unha do pé? Sétimo andar. Sentiu sua confiança despedaçar-se no chão como uma taça que foi largada por alguém tendo um aneurisma cerebral. Nono andar, o timbre da chegada, nono andar, sem alguém e sem um lar. A porta começa a abrir.
                                                                                                                              -Nick

    Parágrafos da Matiné 2


    -Ela estava sentada no jardim, calmamente seus olhos se fechavam à medida que ela acostava-se na grama. Próximo a seus sedosos cabelos cor de mel uma borboleta pousava em uma dos milhares de rosas que cercavam o jardim, na ala norte o jardim levava a um corredor recheados de todas as cores, odores e sabores...

    -Mais uma Terça-Feira, mais um dia, pessoas estão se casando, cuidando de seus filhos, tendo filhos, pessoas estão em festas, estão trabalhando, estão em orgias asiáticas e eu aqui, rua 47th Eastville, assistindo minha paixão platônica. Toda merda de Terça-Feira eu fico neste exato lugar com meu binóculo, que provavelmente é o item que eu mais usei em toda minha vida, podia estar estudando, assistindo televisão, dormindo, me mantando, matando outros, comendo, mas não, estou aqui praticando meu pequeno vício, tão corrosivo quanto ácido sulfúrico e tão possessivo como metanfetamina. Já tirei uma prova empírica disso.
                                                                                                                                           -Nick & Kauwba

    Parágrafos da Matiné


    -Hoje nos restam apenas 30% dos ambientes naturais. Miseráveis e esquecidos 30%. Saio da cabana, uma brisa passa por mim, vejo meu carro, meu companheiro e sigo em direção à colina e como em todos os outros dias, me deparo com a vista. A razão de eu existir nesse momento e nesse local. A vista que mais me agrada, a única que me sobrou. Memorizo cada cume, cada fragmento de rocha, cada balançar das árvores em todas as restantes estações. Será hoje isso o único que importa? Continuo a andar até o final, até a ponta dos meus pés não sentirem mais o chão, respiro fundo e vejo que o sol começa a se por......

    -Ouço um barulho atrás de uma moita. Imaginei serem uns animais, não, todos mortos, imaginei algo sobre natural, então corri por uma boa distância, meu organismo começou a produzir ácido lático, fiquei muito ansioso, tem que ser algo, uma prova de que não iremos todos morrer, Deus tentando se comunicar comigo, qualquer coisa.

    Não sei, porque mantenho tanta esperança? Era só uma pedra rolando que parou em uma árvore. Então me volto paro o carro, seguro minha .44 que ainda guardo desde os meus tempos de policial, bons tempos em que a vida tinha algum sentido. Hoje o ócio me consome cada vez mais.
                                                                                                                                           -Nick & Kauwba