quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Uma breve história sobre um mosquito


Estava no meu quarto em mais uma madrugada, ou seria a mesma? Afinal o dia só passa depois que eu durmo. Como foi essa semana? Acho que foram uma segunda, uma quinta e um sábado. Todos de ficar em casa pensando se eu estava de férias ou não. Meu boletim já dizia “aprovado” há uns quinze dias ou mais, porem ainda parecia que o período das aulas não tinha acabado e o cansaço escolar ainda não havia sumido. Talvez eu tivesse uma visão muito fantasiosa da vida, talvez ainda a tenha.
Provavelmente você ai senhor da Jornada de 8h de trabalho diária deve estar enfurecido agora, “Como alguém pode se cansar da escola!?”, Mil desculpas senhor, mas querendo ou não o universo é muito pequeno e fechado e isso não é algo ruim, isso simplesmente é.
Eu não escolhi nascer nesse lugar, nessa família, com essa classe social e se quer escolhi a escola onde cursarei meu terceiro ano do ensino médio, portanto não fique irritado com alguém que não teve a escolhe de ser o que é.
No meio desses pensamentos descritos algumas linhas acima dos seus olhos são onde passo a maioria das minhas noites. Normalmente eu crio personagens na minha cabeça, esses personagens sempre têm ideias opostas e eu fico em debate com eles, é quase como sonhar acordado.
Enquanto em debatia moralista, racista, fascista ou até um membro da bancada evangélica que sequer existe, parei. Um único pensamento tomou minha mente: Por que não consigo dormir!? No mesmo momento eu peguei a primeira coisa que vi na minha frente e joguei contra a parede. Eu esperava que o item voasse pela janela, que quebrasse, que pegasse fogo e explodisse a minha casa, ou que se quer chegaria ao chão.
Eu jamais poderia imaginar que eu mataria um mosquito enquanto o item fazia uma parábola rumo ao piso, um único e infeliz mosquito. Estraçalhado por algo milhares de vezes maior que ele. O mosquito não ligava se eu dormia ou não, não ligava para a bancada evangélica, não ligava para personagens que eu crio durante a madrugada, ele simplesmente queria voar do ponto “A” ao ponto “B” e escolheu o segundo mais errado para faze isso.
Aprendi da maneira mais improvável possível, que para tudo acabar basta você estar no lugar errado e na hora errada.
                                                                                                                                             - Kauwba 

Nenhum comentário:

Postar um comentário