segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Uma breve história de um cara hepático





Aeroporto do galeão-rio de janeiro - área H terceira fileira de cadeiras eu acho.
Ao som de Franco un America me questionando...
*I never thought about the universe, it made me feel small
Never thought about the problems of this planet at all*
Mas no final quem se importa?
No aeroporto as pessoas agem diferentes, parece que são menos elas. Um modus operandi meio zumbi.
Agora tem meia dúzia de pessoas me olhando, ou será que e crise de paranoia?
Parece que quando eu percebo que estão me olhando elas param.
O aeroporto é uma entidade de ciclo frenético o aeroporto é onde todas as pessoas importantes passam, o aeroporto é onde tudo acontece internacionalmente, mas não essa historia.
Escola-ensino fundamental-6 serie?? - ferias-natal eu acho.
Esse período descrito acima foi estranhamente normal, exceto pelo cara hepático (ate poderia citar o nome dele mas não faria diferença pra mim ou você, pelo menos não agora).
Pensei que escreveria pelo menos sete textos no Rio, mas esse o único.
A área H esta meio vazia agora, eu realmente me enrolo muito pra escrever, tocando Rancid, agora e um dos momentos que eu sinto muito próprio e único, não especial, mas único talvez.
Bom, o cara hepático era um menino que devia ter uns doze anos, ele era saudável tinha tido uma crise de hepatite quando era menor, mas tirando isso ele era “normal”, tirando o fato de ter usado durante toda sua existência no colégio o mesmo moletom (uma vez fui à sua casa no verão para fazer um trabalho, e lá estava ele usando o maldito moletom), ter vomitado seu lanche a incrível distancia de 3 metros no meio de uma aula, e conseguir andar como uma galinha, ele era um carinha “normal”.
Acabei de divulgar o link do 4x1 na porta do banheiro, e agora percebi que escrevi errado, achei engraçado  isto esta sendo meio terapêutico para mim, esse estilo de texto meio diário. Não gosto dessa palavra, acho muito afeminada e infantil, diário...
Achei que voltaria a escrever no avião, mas fiquei lendo Tolkien, pois a partir dos ensinamentos de textos passados, pensei que se existisse a possibilidade do avião cair eu gostaria de estar no condado no momento da tragédia, pois basto para aria que o numero 3031,fosse o numero errado para que o mundo acabasse, a chance de um avião cair deve ser a mesma de ganhar na mega-sena a única diferença e que não servem lanches miseráveis em poltronas minúsculas quando se compra um ticket da mega-sena.
Entre o período do natal para o ano novo foi quando o cara hepático morreu, oque aconteceu com ele foi uma crise de hepatite que supostamente só o atingiria quando ele tivesse 30 anos ou mais, ninguém esperava, ninguém entendeu.
O dialogo com minha mãe apos ela ter me contando a noticia foi mais ou menos assim:
-ele morreu. Disse ela.
-impossível! Crianças de 12 anos não morrem, assim como pombas, anões e mendigos, como você pode acreditar nisso? Disse ele.
Ninguém jamais ousou pensar que a primeira morte de um amigo próximo seria de um colega de escola da sua idade. Aquilo foi um choque, um soco na cara, mas serviu para mostrar como o ser humano, o grandioso ser humano que molda o mundo a sua maneira, que se diz materialização de deuses, e mesmo assim somos a raça mais frágil de todas.
Vitor não ganhou na mega-sena, nem comeu lanches miseráveis em poltronas ridiculamente pequenas, porem teve a mesma probabilidade seja pela sorte ou pelo azar.
                                                                                                                       -Kauwba

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