domingo, 19 de maio de 2013

Get Lucky or Die Trying

Aproveitando o momento pré (ou pós) lançamento do novo álbum do Daft Punk, Random Access Memories pela Sony/Columbia Records nesta semana. Venho aqui abastece-los de cultura Pop e minha opinião após um dia inteiro ouvindo o álbum. 
 Aos que desconhecem, Daft Punk é uma banda formada pela dupla francesa Homem-Cristo e Thomas Bangalter em 1996. Eles tem quatro álbuns de estúdio (contando com o novo) e milhares de experiencias independentes de mixagem e a trilha sonora completa do filme Tron: O Legado (2010). 
Eu pessoalmente sou um grande fã de todo seu trabalho. Homework (1997). Discovery (2001). Human After All (2005). Tron Legacy OST (2010) e os remixes de seus próprios álbuns como Daft Club (2005). Tron Reconfigured (2011) entre outros. Sempre gostei de como esta banda de música eletrônica conseguia se diferenciar tanto das regras de estilo das outras. Sua mistura de uma variedade enorme de instrumentos com os sintetizadores e os vocais são anos luz de algo que possa ser chamado de música artificial. Daft Punk foi revolucionário. Eu considero Discovery um dos melhores álbuns da humanidade. Junto com o filme anime sem falas Interstella 5555 que tem apenas este Cd como acompanhamento musical (enfim).
Acompanho a saída do novo álbum Random Access Memories (2013) desde seus boatos e quando foi passado ao público, em Janeiro, os primeiros 15 segundos de seu futuro primeiro hit no álbum: Get Lucky. Quando ouvi aqueles pequeno pedaço de música eu admito que fiquei decepcionado. A expectativa de anos por um novo álbum de Daft Punk e a mídia que estava sendo produzida em volta dele, os segredos que a gravadora se preocupava em manter. As expectativas estava voando alto e para mim haviam acabado de colidir. Era fraco. Eram 15 segundos que não valiam toda aquela propaganda e eu esperei que não fossem os melhores 15 segundos de todo o álbum. 
Quando a gravadora liberou o primeiro hit (Get Lucky). Eu estava arrasado. E sei que entre a maioria dos fãns eu era um caso a parte. O álbum que já está em pré-venda no Itunes e tem lançamento mundial por esta semana (variando a data entre os países). Já chegou em minhas mãos portanto aqui vai uma visão mais detalhada de cada música. Com uma conclusão do álbum no geral. 

1- Give Life Back to Music, 4:34 - Uma entrada triunfal como era de se esperar pelo álbum, mas que é cortada pela revelação de um ritmo que não cativa. Dentro dos conceitos de álbum onde a primeira música deve explodir sua mente e e te fazer ouvir as músicas que estão por vir. Essa não cumpre o objetivo.
2 - The Game of Love, 5:21 - Uma música diferente, porém se mantem na base de Get Lucky. Não chama a atenção.
3 - Giorgio by Moroder, 9:04 - Está música da esperança ao resto do álbum. O começo onde é apenas uma reação feita por Giorgio Moroder é uma história simples que depois abre espaço para um instrumental eletrônico de qualidade. Lembra a música "The Grid" em na Trilha Sonora de Tron, onde Flynn (Jeff Bridges) mistura sua narração com um fundo musical. 
4 - Within, 3:48 - Começa como uma música pop, um tanto para baixo. O tipo de música que ouvimos em um dia chuvoso, entretanto ela se desenrola bem. 
5 - Instant Crush, 5:37 - Lembra um pouco, por estilo e não por imitação. A música Something About Us do álbum Discovery, um ritmo mais leve. Por consequência uma música muito boa. 
6 - Lose Yourself to Dance, 5:53 - O segundo e aclamado hit do álbum. Novamente vemos um riff muito similar ao de Get Lucky . Creio que apelaram demasiado para a voz aguda de Pharrell Williams. Só me fez duvidar mais em quem decide quais músicas serão ou não serão hits.
7 - Touch, 8:18 - Para estampar na cara de todos que neste álbum o Daft Punk decidiu ir para uma onde de música mais clássica. Temos pianos de orquestra mais presente que sintetizadores. Agora todos podem ser fãs de Elton John, Barry Manilow e Abba sem serem julgados. 
8 - Get Lucky, 6:07 - Serei curto e direto. É fraco, comum. Já ouvimos isto antes.  
9 - Beyond, 4:50 - Entrada de jornada épica de orquestra, propagandas de Final Fantasy e Jurassic Park voando pelos ares. Ainda mantém um Riff muito similar ao de Get Lucky (novidade), mas depois isso tudo se junta a uma boa levada do velho Daft e a música se mantem boa até o final. 
10 - Motherboard, 5:41 - Puro instrumental leve, o qual eles sabem fazer como ninguém. Toques de orquestra e sons literalmente oceânicos em certos momentos, mas que ainda não perdem o ritmo. Uma boa música.
11 - Fragments of Time, 4:39 - E quando finalmente abandonamos aquela pegada pop dos anos setenta, aqui está ela novamente. Uma música bem disco que acompanha belos solos de sintetizadores. 
12 - Doin' It Right, 4:11 - Existe um bom motivo para o Kraftwerk ser responsável pela revolução da eletrônica dos anos setenta e não o Daft Punk. O estilo vocal de Panda Bear nesta música já deveria estar em extinção. 
13 - Contact, 6:21 - Uma maneira incrível de encerrar o álbum. Realmente uma das melhores. Vai progredindo com aquele gosto de Daft Punk, que junta um ritmo de cada vez até no fim formar algo completo e extraordinário. 

Bem, ao meu ver Random Access Memories é uma tentativa de voltar as origens do que o Daft Punk chama de música Pop  e não Eletronic Pop. Ele tende mais à música clássica que a nova. O álbum conta com muitas participações, que variam de Pharrell Williams (Muppets OST) até Julian Casablancas (The Strokes) e uma orquestra completa. Agora sendo realista e direto, 70% do álbum é uma memória da mesma experiência musical. São músicas muito similares, mesmo que de diferentes estilos, elas acompanham a pegada de Get Lucky que eu já estou cansado de relembrar. Não foi o suficiente para eu perder minha fé em Daft Punk, porém foi o suficiente para me decepcionar. Nota: 6/10. 
Eu apenas espero uma boa trilha sonora para o próximo Tron. 

Sei que muito podem discordar de mim, mas eu peço que venham realmente falar. Eu adoraria ter uma segunda opinião sobre o álbum. Os que não conhecem Daft Punk, espero que vão atrás das referências que apresentei porque eles são realmente uma grande banda. Obrigado 
                                                                                         - Nick

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