sexta-feira, 29 de março de 2013

Tinta no Papel


Deixe-me deixar isso bem claro: A internet não irá acabar. O mundo digital não irá desaparecer. Impressões não irão destruir as redes. É fácil esquecer que quando os livros foram inventados, sites e blogs simplesmente os ignoraram, riram e falaram que eram apenas para os “nerds”. E agora aqui nós estamos e os mesmos sites e blogs estão anunciando o fim da internet, enquanto a curiosidade e excitação que cercam as impressões em papel viajam através do mundo. Novas empresas têm até se apressado em criar modelos de jornais muito antes que um público tivesse aparecido para pagar por eles. Estamos agora em um mundo impresso.
Tem feito tantas mudanças nas nossas vidas que fica até difícil de lembrar o tempo antes das impressões, quando tudo era digital.  Ainda assim, esse é o único caminho para entender por que e como as impressões se tornaram tão importante tão rápido. 
Claro, quando as primeiras empresas começaram com os livros impressos, tudo não passava de uma mera imitação das experiências das telas e quase perfeitas reproduções da linguagem digital, sem nenhuma função ou essência. Pessoas que cresceram com os recursos digitais riram dessas novas interações, ignorando completamente a ideia de que as impressões poderiam ter um valor amais do que um simples eco da experiência de leitura digital. Eles nunca iriam ler um livro impresso. Simplesmente não era a mesma experiência com a qual eles haviam crescido.
Contudo, impressões começaram a chamar a atenção dos idosos e dos mais novos, pela sua simplicidade e pelas poucas demandas de interatividade que eram oferecidas, passou a ser fácil de compreender pela liberdade ilimitada que era garantida pelas propriedades físicas. O fenômeno de cadernos feitos a mão cresceu à medida que os adolescentes perceberam que com as impressões, as imagens poderiam ser recortadas, trocas, misturadas e ser pressas por cola formando colagens, sem se preocupar em estar quebrando direitos de autoria como nos aparelhos digitais, enquanto outros logo aprenderam que eles poderiam, nos cadernos, escrever qualquer coisa que desejassem, na privacidade de suas casas e sem um corretor ou uma plataforma que os limitasse, monitorasse ou até mesmo compartilha-se suas palavras.
As pessoas agora entendem que quando compram livros, elas realmente possuem o direito daquela edição pessoal na história. Não existem limitações com o que elas possam fazer com ele ou a ele. Não existem licenças, termos de condições de como se deve usar o livro após adquiri-lo. Ter um livro não requer nenhum tipo de contrato legal. Podemos destruir, emprestar, transcrever ou enviar nossos livros de um país a outro, de uma maneira que a internet não nos permite. Se desejarmos trocar nossos aparelhos digitais iremos precisar relicenciar “nossos” ebooks, filmes, músicas todas de novo, mas com livros não, eles se mantém acessíveis não importa como ou quando nós quisermos lê-los novamente. É uma plataforma totalmente aberta. Não é uma surpresa que as empresas digitais se sentiram ameaçadas com a inevitável chegada da era da impressão – Eles temiam como o conceito de Criador e Consumidor poderia ser recriado. Eles estavam certos em ter medo.
Ainda mesmo que existam pessoas que digam que as impressões poderiam nunca haver sido inventadas, que na era digital era tudo mais simples, tudo estava conectado e ao alcance de um clique. Fontes que te levavam a outras fontes, distrações em cima uma pilha de outras distrações. A toca do coelho nunca chegava, e nunca quisemos que chegasse.
Tudo que líamos era compartilhado em escala global, mas toda a informação tinha pouca ou nenhuma presença. Vivíamos em um rio onde apenas algumas gotas molhavam nosso rosto enquanto o resto fluía sem ser visto ou interrompido.
Hoje podemos dar um livro como presente para alguém que realmente gostemos. Podemos emprestar nossa cópia pessoal do texto. Podemos fisicamente colocar as histórias em suas mãos e suas casas de uma maneira muito mais pessoal e memorável. Ocupando espaço, tendo peso e texturas e utilizando até cheiros como parte de suas próprias histórias, livros tem impacto.
O melhor dos livros impressos é que nos ensina a como é alcançar e entrar em uma história, segurá-lo em nossas mãos, interagir com ele de maneira física e sentimental.
É uma época importante e maravilhosa para ser um autor, um contador de histórias, um designer e um leitor.
Vida longa as impressões. 

*Essa é uma pequena colagem de um manual  de design e conceito para novas publicações que eu adquiri a uns dias atrás, "Fully Booked". Me prendeu de muitas maneiras, era de certa forma o que eu estava precisando ler.   - Nick.

sábado, 16 de março de 2013

Ele explica


Em uma grande praça rodeada de árvores e com um grande chafariz no centro. As folhas das árvores estão Alaranjadas pela estação e muitas se espalham entre os mosaicos desenhados no chão.
 No que seria a parte sul desse grande chafariz circular vemos um garoto sentado, seu nome é Jake Laytress, ele tem cabelos negros, lisos e curtos. Ele tem traços de rosto comum e tirando por detalhes vermelhos na sua jaqueta, Jake está usando apenas roupas pretas. Ele se distrai com as pequenas ondas formadas no chafariz e olha pela vigésima terceira vez para o horário em seu celular. De longe vemos uma linda garota se aproximar. Seu nome é Lisa Brenet, ela tem cabelos ruivos que não poderiam combinar mais perfeitamente com a estação, uma pequena marca de nascença no calcanhar direito que forma um circulo quase perfeito. Seu decote da camiseta da Victoria Secret é tampado por um cachecol de cor café que combina com a bolsa e os sapatos Oxford. Vemos que ela se aproxima de Jake e este quando vê a sombra dela faz uma cara de espanto e a questiona.
- Onde você estava? Estou esperando há quase uma hora aqui e você não entende o celular. Te liguei nove vezes!
- Não foi culpa minha. Minha mãe se trancou no banheiro com o secador e depois tive que esperar a Débora vir pegar a bolsa que ela esqueceu no fim de semana. Quanto ao celular eu não tenho desculpa, realmente esqueci sorry. Mas enquanto você fica ai falando nós já poderíamos estar a caminho, que tal?
- Ahh... ok, espero que eles não fechem mais cedo hoje.
Os dois passam a caminhar juntos em direção a zona norte da praça.
- E você não vai acreditar. Ontem o Dudu e eu fomos comer sushi e estava delicioso, então ele começou a me mostrar as fotos que ele tirou naquele fim de semana com a família naquele hotel fazenda há umas duas horas daqui, tinha cada foto maravilhosa, e ele ainda me diz que não é tão bom fotografo assim. Acabamos encontrando uma vendinha de filhotes tão fofos que eu queria levar todos. Tinha um que parecia um labradorzinho bem pequenininho e pretinho que ficava me olhando com aqueles olhinhos tão meigos. E já te contei sobre o livro que ele me emprestou que falasobreumescritorqueamulherdeleestácomumadoençararaentãoelepassaaretrataravidadeumaformamuitolidatodososdiaspraqueelavejacomoque...
- Que interessante Lisa!
O sarcasmo faz uma descida rente após largar o paraquedas e acerta em cheio o rosto de Lisa. Ela olha para Jake, que exala cansaço. Ele leva dois segundos para voltar ao estado anterior e diz:
- Era brincadeira, por favor, continue.
Nesse momento aproxima-se um homem mais velho com uma barba e cabelo grisalho, usando uma calça bege escuro, sapatos marrons por lustrar-se e um jaleco xadrez meio empoeirado que acompanha aquelas proteções de couro nos cotovelos.
- Desculpe-me, mas eu poderia interromper o monólogo que vocês chamam de conversação por um instante?
- Quem é você? – indaga Lisa
- Meu Deus, você é Freud! – dizia Jake como se estivesse vendo um fantasma.
- Certamente, obrigado pelo reconhecimento. Bem gostaria de argumentar sobre o comentário do Jake pouco antes de nos encontrarmos. Não existem brincadeiras meu caro. Como sempre digo e continuo a dizer. O tom elevado de sarcasmo quando a sua história, Lisa, é totalmente real. Foi o que veio a mente dele no momento e é o sentimento mais puro que ele poderia ter tido. Ele poderia haver dito para você desaparecer da sua frente e logo dizer que foi uma brincadeira, mas fique sabendo que o que conta é o desejo inicial. Ele não teve de pensar a respeito para responder aquilo. Mas por favor, Lisa não pense que estou aqui para julga-la e Jake não pense que estou aqui, como vocês jovens dizem, “queimando seu filme”.
- Bem agora gostaria de dizer que é mais do que obvio que Jake gostaria de ter uma relação direta com você minha cara Lisa, os feromônios são sentidos a quilômetros. Ele demonstra um grande interesse em você, mas está claro que não demonstra nenhum interesse quanto a você em relação com outras pessoas, como no caso de seu atual amante Eduardo. Você por outro lado compreende que ele gosta de você, mas como o sentimento não é recíproco você passa a dizer a si mesma que quaisquer desejos de Jake por você não são reais. Com o tempo você acaba acreditando na própria mentira e agora já não existe culpa alguma. O grande problema de uma verdade inventada são as mentiras reais minha cara. No caso de você ainda estar um tanto perdida no contexto do que estou falando, vale lembrar as etapas da passagem de Jake para a chamada zona da amizade. Ele foi uma das poucas pessoas que já gostava de você quando você ainda tinha seu cabelo no tom natural de loiro. Ele escuta você dia e noite falando sobre seus a fazeres diários em troca de um momento com você, mesmo que isso custe muitos momentos falando de outras pessoas e por último, mas não menos importante vamos lembrar que ele acabou de espera-la por cinquenta e dois minutos sem obter nenhuma resposta das nove ligações efetuadas. Cinquenta e dois minutos, doenças matam e menos tempo do que isso. Claro tudo isso é certamente compreensível você é uma linda garota e Jake aqui é um adolescente comum, seus hormônios estão falando mais alto nessa época. Bem, fiz-me claro?
- Eu... Eu não sei o que dizer... Jake isso é tudo verdade?
- Bem Lisa... Eu realmente gosto de você, mais do que para uma amiga.
- Eu preciso de um tempo para pensar, isso é um choque muito grande para o momento, Jake nos falamos depois.
Ao ver Lisa partindo Jake sente-se consolado, as palavras do homem ao seu lado foram aquelas que ele sempre precisou ouvir, ou dizê-las. Ele sorri e olha para o Freud
- Freud, você é meu herói.
- Não tem de que Jake, por favor, me chame de Sigmund.
- Sério?
- Brincadeira, Freud está ótimo
- Ei espera ai...
                                                                                                                      -Nick

Aperte o Botão


O carro acerta o poste a exatos 123 km/h. O motor é estraçalhado e o para-choque se divide em dois. Finalmente a sirene para de apitar.
Ele via tudo isso em 2,6 segundos olhando para o espelho retrovisor. Sua atenção agora se voltava para a movimentada rua a sua frente e aos outros três carros que ainda o perseguiam. Parecia uma cena de filme, quem dera fosse, já que Hollywood sempre encontra uma maneira absurda de salvar os personagens, porém ali não haviam câmeras ou coreografias ensaiadas, o perigo era real demais. Em 1,5 milésimo de segundos seus neurônios trocam cargas elétricas e ele pensa a respeito do que poderia haver dado errado. Cada passo já havia sido detalhadamente repassado, cada importuno já havia sido reparado. Agora chegava ao ponto onde ele não podia mais confiar em ninguém ao não ser seu volante e seus reflexos, velhos companheiros. Sua mente o perturba, o distrai. Olha novamente para o retrovisor e vê apenas dois carros.
“Para onde foi o terceiro?”.
Sabe todo aquele lance de rever parte do seu passado enquanto esta em uma situação de alto risco?
Bem isso às vezes acontece, portanto ele se lembra.
“Andava pela rua descompromissado. Talvez rumo a mais uma cicatriz em seu corpo, já que aquele não era um bairro muito seguro e ele não tinha nenhuma noção de perigo como a maioria das crianças naquela idade. Passa por uma loja de televisores e fica lá parado, estático, apenas assistindo. Esquece-se por alguns segundos da fome e miséria. O que ele assiste são imagens de um documentário sobre peixes que vivem nas profundidades extremas do pacífico onde a pressão pode chegar a ser  500 vezes maior que a da superfície. Caso subissem  esses peixes iriam simplesmente explodir. Existem alguns peixes que habitam a faixa de 1 km de profundidade e são bioluminescentes. Essa região se chama fossas marianas, um dos lugares mais profundos do mundo. Por pura coincidência o nome de sua mãe era Mariana, mas aquele documentário naquela época não passava de cenas de peixes brilhantes. Mal soubera ele o quão importante aquelas imagens viriam a ser.”
 O terceiro carro então aparece, bate na lateral do carro fazendo com que a inércia seja tão alta que o atrito dos pneus se torna desprezível. O carro é obrigado a entrar em um desvio.
“Se cansa da loja de televisores, esquece o que deveria estar fazendo na rua naquele instante e volta para a casa. Poucos metros antes de entrar em casa ele houve gritos de desespero, não consegue identificar quem é, mas também não se preocupa, aquilo era comum. Bate na porta duas vezes como de costume e sua mãe abre. Ela usa um vestido que já fora branco e agora era vermelho. Ela entrega um cartão e ele tenta entrar em casa, mas ela não permite. Ele consegue espiar uma cadeira com algo amarrado por cordas, algo com muito ketchup. Ela então o coloca dentro de um táxi que já estava parado na rua. Cuidadosamente coloca o cinto de segurança e fala: Se lembre para sempre desta frase meu anjo ‘antes eles do que nos’ a porta do carro fecha. Ele nunca mais viu seu pai ou sua mãe.”
Ele percebe que esta se deslocando vetorialmente contra uma barreira de três carros cada um medindo 3 metros de comprimento. 3x3=9. Bem essa não foi difícil.
“Saiu do orfanato. Nunca tinha estudado, não tinha vontade nem dinheiro, porém sempre foi uma criança entusiasta de ciência e natureza por menos que conseguisse entende-las. Teve de trabalhar. Acabou caindo em um supermercado como embalador, o salário mal dava para o aluguel do lugar que ele chamava de casa. Seu alimento consistia basicamente das sobras do supermercado. Então enquanto voltava para sua sala de 8 metros quadrados com banheiro incluso, lembrou-se da loja de televisores. Lembrou-se dos peixes. De sua mãe e do seu maldito pai que tentava estupra-la todos os dias. Sofre muito. Já fazia seis meses que ficava três dias da semana sem comer. Solução? Comprar uma arma e acabar com todo aquele sofrimento. Irônico uma pessoa ter como único objetivo de vida dar um fim na mesma. Começa a rir e cai no chão, o riso agora se transforma em choro. Após puxar a gaveta a arma não estava mais lá, a porta tinha sido arrombada e a janela escancarada. Sua vida estava acabada por não poder mais acabar. Ele sofre uma catarse na mais densa escuridão que os peixes das fossas marianas têm que gerar a própria luz. Ele pensa ‘E se eu gerasse meu próprio sentido pra isso que um dia eu poderei orgulhosamente chamar de vida? ’”.
Ele aperta um botão perfeitamente circular. Esse botão possuía o desenho de um cilindro e alguns traços que se assemelhavam a fumaça. O botão vai para trás e não volta como se ficasse preso.
“No dia seguinte o supermercado abre para o público. A validade de grande parte dos produtos havia sido alterada, o que fez com que as vendas do supermercado fossem insignificantes naquela semana, além de deixar a fama de ser um local que vende apenas comida estragada que por pura coincidência foi o que ele comeu por mais de seis meses. Essa homenagem dele ao supermercado foi apenas um treinamento, ele estava determinado a entrar em um campus de estudo de física dos mais avançados do estado. Nunca tendo estudado isso soaria impossível, mas nunca subestime um homem que nao tem mais nada a perder. Ele criou um plano metodicamente elaborado e revisado. Primeiro: iria persuadir uma das secretárias, nem que tivesse que fazer favores sexuais para isto. Não foi muito difícil, ele era um rapaz bem apessoado. Segundo: achar um alvo eliminá-lo do banco de dados e substituí-los pelos seus, isso sem que ninguém sequer notasse. Terceiro: achar a vítima eliminá-la sem deixar evidências e tomar seu lugar. O plano ocorreu exatamente como na teoria, ninguém notou a falta de Julius em uma sala de 200 alunos, ainda mais sendo o ultimo integrante de uma família que não se falava a mais de uma década. Se tornou aluno de faculdade ganhando bolsa em alimentação e moradia. Terminou seu estudo e se tornou um profissional, mas depois de algum tempo aquilo também perdera o sentido. Agora não se interessava mais tanto pelo trabalho como físico, precisava de algo a mais. Se questionava se tinha adquirido um vício. Depois de tornar-se  um mecânico, um professor do primário, um piloto de planador e um jardineiro, o que se perguntava agora era se ser um sociopata consciente da sua insanidade o tornaria menos errado  no ponto de vista social? Outra pergunta que costumava fazer era se realmente foram necessários todos os assassinatos cometidos ou se ele não conseguiria mais um emprego sem ter que matar alguém para isso ”
O botão da um leve pulo piscando uma luz laranja. Ele arranca o botão e o encosta em um longo fio de pano que agora começa a ser queimado rapidamente. Ele larga o botão e então suas habilidades no volante são novamente testadas. Faz um giro de 180 graus com o carro fazendo que a aceleração diminua mais de 60 por cento, embora nesse momento ele não da à mínima para estes dados. Agora seu carro segue de ré.
“Seu trabalho mais recente foi em um laboratório de química, assunto o qual sempre fora apaixonado. A tática para trabalhar nesse laboratório não foi muito diferente do que a do seu emprego com estudante de física, a diferença foi que ele teve de escolher a vítima muito mais calmamente. Desta vez foi um estagiário que se quer tinha conseguido ir a seu primeiro dia de trabalho. Seu corpo foi escondido em um ferro velho para depois ser derretido em ácido no laboratório. Como estagiário seu trabalho era basicamente levar substâncias químicas de um laboratório para outro e ajudar criando soluções para novos cheiros de perfume e aromas artificiais para produtos alimentícios. Após substituir todas as funções do antigo falecido e passar alguns dias trabalhando, foi levar dois barris de acido úrico para um depósito na zona norte da cidade. Ele não esperava ter companhia, olhou atrás e viu três carros da policia buzinando e acelerando. Os indivíduos dispostos dentro desses automóveis estavam a gritar em megafones para que ele parasse o carro. Ele arranca a camiseta e a prende em um dos barris, sequencialmente aperta um botão.”
Nesse momento ele se perguntou como foi deixar de investigar o passado do maldito estagiário, fala pra si mesmo diversas vezes palavras soltas e desconexas, algumas com o intuito de se acalmar. Vira-se bruscamente para checar como está o pavio dos barris de ácido e então percebe que sua camiseta acaba de voar pela janela enquanto flamejava. Ele pensa “quem diria que eu enlouqueceria somente agora?”. Olha pra trás vê que não tem muito tempo antes do impacto. Fecha os olhos e pensa “Mas que merda morrer em um carro de merda desses”. Nem pensava em acelerar o carro e tentar fugir, preferia morrer a ser pego pela policia. Tentava pensar que finalmente reencontraria sua mãe, mas então se lembrou de que assassinos vão para o inferno. Começa a chorar pensando que vai ter que ver seu maldito pai mais uma vez. Da um soco no banco a sua direita, olha pra baixo e vê o isqueiro do carro “o botão”.
Quando trabalhou como mecânico acabou conhecendo muito sobre criação e manutenção de bancos e descobriu que boa parte dos carros mais econômicos tem bancos com espumas que quando colocados sob o teste NBR9442 apresentam-se predispostos na classe E (que possuem fatores de propagação de chama e evolução de calor >400).
Ele arranca a capa do banco e encosta o botão a espuma. Vê uma pequena faísca e pula do carro. A explosão estoura seu tímpano e ele rola pela estrada de asfalto que rapidamente queima seu macacão químico com o atrito e sequencialmente sua pele. Olha pro seu joelho e consegue enxergar parte de seu osso, ele não precisava ter sido médico para saber que aquilo não era bom. Escorre um fio de sangue misturado com sujeira preta do seu ouvido, ele se vira e o que vê e apenas um bolo de alumínio distorcido e completamente escuro. Ele olha pra cima e vê uma nuvem de fumaça tão preta quanto às fossas marianas. Ele se levanta dos dois passos e cai. Se levanta novamente, da cinco passos e desmaia. Acorda enquanto está sendo puxado por alguém. Sente ser colocado no banco de trás de um carro e ouve algo parecido com “aguenta firme que vou te levar para um hospital. Moço como fosse conseguiu se machucar dessa maneira?” ele balbucia “cai de moto...”.
Ele recompõe coloca o cinto de segurança.  Repete para si mesmo em voz baixa enquanto lacrimeja:
“Antes eles do que nós.”
                                                                                                                  -Kauwba & Nick 

sábado, 9 de março de 2013

O Filme tem que ser Ruim para ser Bom?

Sendo um amante da sétima arte gosto da passar o tempo desenvolvendo teorias e discutindo filmes, tive uma reflexão a poucos momentos que achei um pouco interessante:

Existem filmes que conseguem agradar a todos ou pelo menos quase todos os gostos. Ultimamente quem tem saído muito na mídia como diretor de filmes desta categoria é o Christopher Nolan, com grande sucesso na trilogia Dark Knight e Inception, é muito difícil encontrar alguém que não goste desse filme, não porque existe medo de criticá-los e ser taxado de algo, mas sim porque o filme mistura temáticas aclamadas com histórias que conseguem se manter vivas mesmo depois que o filme acaba, e com um estilo de desenvolvimento da trama que dificilmente vai aborrecer até mesmo o critico mais xarope.

Mas e os filmes que marcaram sua vida? Os que você vai se lembrar pra sempre mesmo depois que Mark Rufallo tente apagar sua memória de trás pra frente (Eternal Sunshine of Spotless Mind).

Ou os filmes que moldaram sua opinião? Os quais a primeira e segunda regra não me permitem falar (Fight Club).

Até o filme que definiu toda sua infância, mesmo que tenha traição em família,assassinato, um macaco macumbeiro louco e hienas dementes, será que o tio do rei só queria instalar uma forma de governo em que os animais mais fodidos pudessem conviver iguais? Acho que fui longe demais e consequentemente ele também (Sério, me nego a dizer o nome do filme, se você não sabe toma vergonha nessa cara imbecil).

Filmes em que nunca esperaria que fossem fazer-me sentir coisas que nem quando pessoas próximas morreram senti. Sempre tomando uma pílula roxa de manha, uma azul no almoço, uma laranja à tarde e uma verde à noite (Requiem for a Dream)

Poderia continuar, mas esse não e o ponto. O que eu quero dizer é que todos os filmes que eu citei não são obras que TODAS as pessoas gostaram, se interessam ou até mesmo assistiram, e não porque eles são obras cult renomadas quais fossem preciso ser muito inteligente ou parecer muito inteligente para entender ou fingir que entendeu, esses filmes não agradam a todos porque mexem com gostos muito pessoais.

Todos sabem que pessoas têm gostos muito diferentes. É muito raro achar alguém que goste exatamente das mesmas coisas da mesma forma que você caro leitor (a). Caso isso aconteça case-se. Então o que eu venho tentando dizer é que os filmes que lhe marcaram ou marcarão provavelmente não serão os mega-blockbusters e sim os que você baixou de madrugada e não esperava se quer que valessem a pena. Pode soar como apologia ao Underground, mas espero que tenham entendido o que eu tentei dizer.

Ao imbecil que está lendo isso agora enfurecido. Eu não falei mal do Nolan, eu até acho ele um grande diretor, (poderia ser considerado um dos melhores da nova geração) talvez seja bom se acalmar um pouco.

Ao imbecil maior ainda. Favor não esquecer que eu sou só um moleque que beira os 17 anos e acima de tudo esse texto e apenas um pensamento meu.
                                                                           -Kauwba 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

É Considerado Normal...


Usar parte da sua juventude em uma universidade, pra depois não conseguir um emprego, simplesmente por frustração.

Trabalhar 8 horas por dia em algo um tanto, se não mais frustrante, mas com a promessa de que ira se aposentar em 3 décadas. Finalmente aposentar-se e descobrir que não a mais tempo nem saúde pra desfrutar da vida e então lentamente morrer.
Sempre achar que os pais estão certos.
Casar, ter filhos, continuar juntos mesmo que o amor tenha acabado, alegando que é para o bem da criança (que parece não estar assistindo as constantes brigas).
Criticar severamente o “diferente” por quaisquer motivos.
Acordar com uma buzina que você apelidou de despertador.
Não conversar com estranhos mesmo que não ature os conhecidos.
Nunca ser direto nas perguntas, mesmo que a outra pessoa entenda o que se está querendo saber.
Acreditar que impresso é sinônimo de verdade e se seus pais concordam então se torna inquestionável.
Manter um sorriso nos lábios quando se está morrendo de vontade de chorar.
Repudiar quem demonstra os sentimentos.
Achar que arte vale uma fortuna, ou que não vale absolutamente nada.
Usar todos os meios possíveis para mostrar que, embora seja uma pessoa normal, está infinitamente acima dos outros seres humanos.
À medida que for ficando mais velho, achar-se dono de toda a sabedoria do mundo, embora nem sempre tenha vivido o suficiente para saber o que está errado.
Ir a um chá de caridade e achar que com isso já colaborou o suficiente para acabar com as desigualdades sociais do mundo.
Dizer sempre “eu tentei”, mesmo que não tenha tentado absolutamente nada.
Evitar a depressão com doses diárias e maciças de programas de TV.
Achar que mulheres não gostam de futebol, e que homens não gostam de decoração.
Comer três vezes ao dia, sem ter fome.
Achar que tudo que seu filho faz de errado é culpa das companhias que ele escolheu.
Odiar algo que se quer consumiu simplesmente pelas fontes de que você ouviu falar,ou por preconceito aos que gostaram.
Estar convencido que toda pessoa famosa tem toneladas de dinheiro acumulado.
Acreditar que os outros sempre são melhores em tudo: são mais bonitos, mais capazes, mais ricos, mais inteligentes.
É muito arriscado aventurar-se além dos próprios limites, melhor não fazer nada.
Finalmente: achar que a sua religião é a única dona da verdade absoluta, a mais importante, a melhor e que todos os outros seres humanos neste imenso planeta que acreditam em qualquer outra manifestação de Deus estão condenados ao fogo do inferno.

*Esse texto não é legitimamente meu (embora quisesse que fosse), mas acho que vale a pena posta-lo simplesmente pela divulgação de pensamentos os quais eu apoio. Texto adaptado de Paulo Coelho.   - Kauwba



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Entre Nébulas e Asteróides

Diário de bordo do oficial aéreo-estelar Dustlock, da federação galática das espécies unidas:
4 de Awgwst do ano 3000, três dias depois do incidente do stardrive da minha nave. O que era uma simples viagem de reconhecimento se transformou em eu perdido no espaço sem nenhuma referência e com pouquíssimo combustível no meu Galaxie Mustang. O que parece um grande clichê colocando por escrito agora. Algum problema no stardive fez eu viajar muito anos-luz longe da minha equipe. Clichê ou não estou aqui, perdido no meio do nada.

Passaram-se duas semanas desde que escrevi algo nesse velho T2xy-tablet-42-Imaktosh-2nd-Generation de segunda mão, ou como eu carinhosamente chamo de "diário".
Bom, eu não escrevi uma única palavra nesse período de hiato, porque achei que iria começar a enlouquecer caso tentasse, o tédio iria me consumir e então eu simplesmente desistiria da minha sobrevivência. Já dizia o profeta das ilhas Kashtung planeta 32 de Andrômeda:"tung tung tung da" que significa "é a forma que sobrevivemos que faz o que somos".

Ontem eu ouvi umas vozes meios que vorazes porém silenciosas, devem ser os pesadelos que ando tendo, é complicado se virar quando os amendoins e a água são escassos, quem sabe terei que começar a beber o próprio mijo.

Na academia nós treinamos para situações como esta, mas era tudo teoria, não é tão simples usar todos aqueles termos na prática.
Minha única forma de lazer agora é este diário. Até mesmo as estrelas ficam tediosas depois de certa convivência, porque bom, são apenas gases afinal.
-PERAÍ! Gases! essa é a resposta! É assim que vou conseguir sair daqui finalmente! Nada de mijo pro jantar!
Vou correndo o mais rápido que posso para o que restou da minha nave, procuro pelo tanque de hélio, um pouco de bacon, sabão e o lança-chamas. Se você lembra de um extinto programa televisivo de experiências científicas malucas dos anos 2000 já deve saber o que estou planejando, vou tentar criar a famosa explosão momentânea de teletransporte instantânea, um pouco redundante eu sei.

Desde que se tornou ilegal por colocar as grandes indústrias de transporte em falência, nunca mas foi produzido o material necessário para produzi-la corretamente, mas com simples materiais caseiros pode se criar essa explosão.  tem um pequeno problema: não se pode escolher as coordenadas, você é teletransportado para um lugar aleatório. Bem, duvido que seja pior do que aqui...
3...2...1.......KA-BOOM!
Me levanto um pouco tonto e olho ao redor tentado identificar minha localização.
-NÃO! Não pode ser! Eu estou na terra?!
Esses "humanos" são uma das criaturas mais odiadas do universo e não e à toa que ninguém que não quer vender suas histórias para filmes quer fazer contanto com eles.
Pelo visto as coisas sempre podem ficar pior do que já estão. Em meio de toda essa desgraça eu curiosamente sentia falta daquele paraíso vazio, próximo das estrelas.

-J.Kley, Kauwba & Mr.T.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

My one 'n only...

Nos dançávamos as batidas de Earth, Wind & Fire...
Pensávamos que iriamos mudar o 
                                                       mundo imitando a voz do Billie Joe...
Chorávamos com Herb Alpert...  
  e passávamos nossos melhores momentos com Cazuza...
Era tudo perfeito...eu não trocaria nada por você.


Ai de repente você parou, não quis mais me ver...

Fechou as portas para o mundo e não importava o que eu dissesse você havia apagado nossa memória de uma hora para a outra...
Eu tentei de tudo.... de tudo mesmo. Desde te ligar até te trazer coisas que antes te deixavam cheio de energia. 
Eu te tratava tão bem...             Nunca esperei que você fosse me abandonar...       
                                                                                      Não quero parecer idiota, mas é...

que eu te amava tanto.
    -Nick

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A breve história do 4x1 (ao menos o começo)


               Kauwba pediu que eu encerrasse sua breve série de histórias e reflexões e só tenha uma coisa a dizer. Fiquei feliz com o pedido, tanto quanto fiquei com os textos.
Desde o início do ano passado nos quatro, não companheiros, apenas amigos, discutíamos os mais diversos assuntos, lembro-me de um estojo que continha milhares de tópicos em pequenos papéis que cada dia tirávamos um para discutirmos no meio das estonteantes aulas. Tópicos que variam de Aborto a Clint Eastwood, de Religião a cor azul. Sentávamos todos muito perto, era um divertimento fácil e prestativo. Passado um tempo fomos trocados de nossos lugares e o estojo nos acompanhou para as aulas de alemão. Nossas duas horas de faulenzen mental. Mas um tempo e nem durante esse período da semana nos era permitido e o breve projeto do estojo teve de ser abandonado. Eu e J.Kley também estávamos trabalhando em uma HQ (ainda estamos) e aquilo envolvia muita conversação desse grupo. Os messes foram passando, oportunidades surgindo, fui apresentado a mansão secreta de Mr.T reuniões de almoço nas segundas feiras passaram a se tornar regulares. Era bom o suficiente para não querermos ter que sair e até matarmos uma aula provando aquela porcaria de chocolate quente que havia por lá. Eu havia passado a conhecer muitos artistas e minha tentativa de roteirista de HQ’s havia me dado à astúcia de dizer que eu escrevia (coisa que era verdade, mas eu era o único a ler tais escritos), e sempre pediam para ver essas “coisas” que eu fazia, mas não foi ai que as coisas mudaram. Eu havia feito uma amiga que realmente insistiu em ver o que eu fazia e não só ler ela me incentivou. Sim aquela pequena garota da sala 234 me propôs um desafio. Era uma folha com dez linhas de um conto, um início, e pedia para que eu continuasse. Fiquei chocado, de tudo que eu havia pensado que poderia conter naquela folha de caderno eu nunca imaginei que seria um conto. Por isso eu continuei, no meio da aula, e Kauwba me havia visto fazendo-o e sentiu uma curiosidade na proposta, ele disse que tivéssemos nossa própria tentativa, e então aconteceu, nosso primeiro texto: Parágrafos da Matiné 1 (esse nome só veio a existir na publicação, antes não havia nada). Era um pedaço de caderno um pouco mais rabiscado que os outros só isso, mas fomos pegando gosto pela coisa. Quando tínhamos algo em torno de quatro textos me brotou a ideia de posta- los. Com apenas uma tentativa de site aos doze anos de idade, eu fui atrás de qual seria a melhor mídia de compartilhamento desses arquivos, com doze anos eu tinha muito empenho e nenhum propósito, agora tínhamos algum empenho e um propósito bem forte. Contatei Kauwba para ver o que ele achava da ideia e após aceita a questão era, qual seria o nome?  “O que nós quatro temos em comum?” “Papel, caneta e uma vontade de extravasar?” “É, mas muito grande para um nome”. Eu havia ficado realmente pensando sobre o que os quatro tinham em comum, e posso dizer que não era muito, ainda não é. Nomes bons ficavam circulando pela cabeça, mas nenhum que servisse o verdadeiro propósito, então ele veio com a ideia “Quatro Por Um, 4people 1 idea” e era perfeito. Após isso contatamos os outros dois e foi unanime, tinhamos um Blog. Um blog onde não precisávamos nos preocupar com nada, um lugar que não importa o que pudéssemos estar pensando, seríamos bem recebidos, um lugar onde o tema era pensar e fazer (não necessariamente nessa ordem). E aqui estamos.
                É uma short-long history assim como a série por completo, a história de como começamos, a quem devemos agradecer por ter isto. Algo que mostra nosso começo, mas não o final, que está longe de breve. Olhando para trás nós vemos que foi tudo um grande misturado de tudo, e nem sentimos na hora, estávamos fazendo o que queríamos. Parafraseando um jovem garoto “Quantos astronautas estão por ai sendo dentistas? Quantos astros do rock não acabam como psicólogos?”. Estávamos certos e fazemos o possível para continuar. Olhando para trás, até sinto falta de provar aquela porcaria de chocolate.
                                                                                                                                                     -Nick

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Dois Traços


Não me leve a mal, eu não sou do tipo que fica horas segurando cartazes ou proclamando citações através de um megafone para repassar algum ideal ou conduta. Não é que seja uma pessoa sem ideais, mas eu me satisfazia com o fato de eu simplesmente acreditar naquilo que...acredito. Talvez ainda não tenha sido colocado na situação de ter que lutar por algo. Pelo menos ainda não.
Acontece que hoje algo me desagradou profundamente. Lá estava eu, passando minha tarde pelo populoso centro da cidade, fazendo minha psicológica despedida dos meus pontos favoritos, um livro ali, um chá aqui, até descobri que uma peça que muito me agrada estaria passando por estes dias. Então me deparo, cerca de casa, com uma manifestação em um trevo das ruas. A princípio eu não conseguia ler os cartazes, apenas ouvir o ensurdecedor barulho das buzinas. Vendo uma bandeira das cores do arco-íris é de se pensar que é uma marcha a favor do casamento gay, mas à medida que proferia meus passos notei que era exatamente o oposto. Em meio ao calor do centro, a movimentação dos carros, a minha tranquilidade, eles deturpavam todas as sensações boas do momento. Era um escândalo, uma propaganda péssima para um produto horrível. Talvez tivesse que ser assim mesmo, era um chamado a altura. Em meio aos apitos, gritos e buzinas, eram erguidos cartazes com fotos de pessoas, que suponho que sejam os “messias” de tais condutas, e dizeres sem cabimento científico ou moral sobre como casais deveriam ser formados. Acaso existe ser humano, com moral o suficiente para dizer que outros dois seres humanos não possam compartilhar de uma amorosa relação? Ou quem sabe, de um longo e burocrático divórcio? Eu não creio. Minha opinião é no mínimo clara. Raiva me deu ter que atravessar a rua em meio aquele escândalo, mas não foi raiva que senti ao partir dali, foi um pesar meu, por haver perdido o sorriso que a bela tarde no centro me havia proporcionado, que se expandiu para um pesar da humanidade. De certa forma, eu notei que não importava de que lado do muro de Berlin eu estaria ou de que canto da galáxia eu me encontrasse, a humanidade seguiria sendo a mesma, aquelas pessoas seguiriam com aquelas mentes fechadas, sendo capazes apenas de visualizar no céu apenas pontos brancos sob um fundo preto, estariam sempre ali para estragar à tarde de alguém. Senti pesar de Jesus, o próprio, que fora pregado a dois mil anos atrás por apenas dizer que as pessoas deveriam ser legais umas com as outras para variar, e hoje seu nome é sujado por esses que seguem as palavras de um homem* que enriquece por passar para as pessoas ensinamentos ruins e odiosos, salvando-as de um mal que ele mesmo cria. Eu posso estar errado, pode ser que a “passeata” não fosse com esse motivo, a situação não me proporcionou ficar lá mais do que o necessário. Mas o que eu disse aqui vale reflexão de um momento, não breve, mas sim um longo momento sobre como estamos agindo, cometendo sempre os mesmo erros.
Não gosto de partilhar experiências ruins, mas às vezes parece necessário, até para que através da escrita eu entenda melhor as situações. Sei que irei escutar muito sobre está postagem, mas pouco me importa, pois eles me devem uma tarde.
*Não me refiro ao Papa                                                                    
                                                                   -Nick