terça-feira, 5 de março de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
É Considerado Normal...
Usar parte da sua juventude em uma universidade, pra depois não conseguir um emprego, simplesmente por frustração.
Trabalhar 8 horas por dia em algo um tanto, se não mais frustrante, mas com a promessa de que ira se aposentar em 3 décadas. Finalmente aposentar-se e descobrir que não a mais tempo nem saúde pra desfrutar da vida e então lentamente morrer.
Sempre achar que os pais estão certos.
Casar, ter filhos, continuar juntos mesmo que o amor tenha acabado, alegando que é para o bem da criança (que parece não estar assistindo as constantes brigas).
Criticar severamente o “diferente” por quaisquer motivos.
Acordar com uma buzina que você apelidou de despertador.
Não conversar com estranhos mesmo que não ature os conhecidos.
Nunca ser direto nas perguntas, mesmo que a outra pessoa entenda o que se está querendo saber.
Acreditar que impresso é sinônimo de verdade e se seus pais concordam então se torna inquestionável.
Manter um sorriso nos lábios quando se está morrendo de vontade de chorar.
Repudiar quem demonstra os sentimentos.
Achar que arte vale uma fortuna, ou que não vale absolutamente nada.
Usar todos os meios possíveis para mostrar que, embora seja uma pessoa normal, está infinitamente acima dos outros seres humanos.
À medida que for ficando mais velho, achar-se dono de toda a sabedoria do mundo, embora nem sempre tenha vivido o suficiente para saber o que está errado.
Ir a um chá de caridade e achar que com isso já colaborou o suficiente para acabar com as desigualdades sociais do mundo.
Dizer sempre “eu tentei”, mesmo que não tenha tentado absolutamente nada.
Evitar a depressão com doses diárias e maciças de programas de TV.
Achar que mulheres não gostam de futebol, e que homens não gostam de decoração.
Comer três vezes ao dia, sem ter fome.
Achar que tudo que seu filho faz de errado é culpa das companhias que ele escolheu.
Odiar algo que se quer consumiu simplesmente pelas fontes de que você ouviu falar,ou por preconceito aos que gostaram.
Estar convencido que toda pessoa famosa tem toneladas de dinheiro acumulado.
Acreditar que os outros sempre são melhores em tudo: são mais bonitos, mais capazes, mais ricos, mais inteligentes.
É muito arriscado aventurar-se além dos próprios limites, melhor não fazer nada.
Finalmente: achar que a sua religião é a única dona da verdade absoluta, a mais importante, a melhor e que todos os outros seres humanos neste imenso planeta que acreditam em qualquer outra manifestação de Deus estão condenados ao fogo do inferno.
*Esse texto não é legitimamente meu (embora quisesse que fosse), mas acho que vale a pena posta-lo simplesmente pela divulgação de pensamentos os quais eu apoio. Texto adaptado de Paulo Coelho. - Kauwba
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Entre Nébulas e Asteróides
Diário de bordo do oficial aéreo-estelar Dustlock, da federação galática das espécies unidas:
4 de Awgwst do ano 3000, três dias depois do incidente do stardrive da minha nave. O que era uma simples viagem de reconhecimento se transformou em eu perdido no espaço sem nenhuma referência e com pouquíssimo combustível no meu Galaxie Mustang. O que parece um grande clichê colocando por escrito agora. Algum problema no stardive fez eu viajar muito anos-luz longe da minha equipe. Clichê ou não estou aqui, perdido no meio do nada.
Passaram-se duas semanas desde que escrevi algo nesse velho T2xy-tablet-42-Imaktosh-2nd-Generation de segunda mão, ou como eu carinhosamente chamo de "diário".
Bom, eu não escrevi uma única palavra nesse período de hiato, porque achei que iria começar a enlouquecer caso tentasse, o tédio iria me consumir e então eu simplesmente desistiria da minha sobrevivência. Já dizia o profeta das ilhas Kashtung planeta 32 de Andrômeda:"tung tung tung da" que significa "é a forma que sobrevivemos que faz o que somos".
Ontem eu ouvi umas vozes meios que vorazes porém silenciosas, devem ser os pesadelos que ando tendo, é complicado se virar quando os amendoins e a água são escassos, quem sabe terei que começar a beber o próprio mijo.
Na academia nós treinamos para situações como esta, mas era tudo teoria, não é tão simples usar todos aqueles termos na prática.
Minha única forma de lazer agora é este diário. Até mesmo as estrelas ficam tediosas depois de certa convivência, porque bom, são apenas gases afinal.
-PERAÍ! Gases! essa é a resposta! É assim que vou conseguir sair daqui finalmente! Nada de mijo pro jantar!
Vou correndo o mais rápido que posso para o que restou da minha nave, procuro pelo tanque de hélio, um pouco de bacon, sabão e o lança-chamas. Se você lembra de um extinto programa televisivo de experiências científicas malucas dos anos 2000 já deve saber o que estou planejando, vou tentar criar a famosa explosão momentânea de teletransporte instantânea, um pouco redundante eu sei.
Desde que se tornou ilegal por colocar as grandes indústrias de transporte em falência, nunca mas foi produzido o material necessário para produzi-la corretamente, mas com simples materiais caseiros pode se criar essa explosão. Só tem um pequeno problema: não se pode escolher as coordenadas, você é teletransportado para um lugar aleatório. Bem, duvido que seja pior do que aqui...
3...2...1.......KA-BOOM!
Me levanto um pouco tonto e olho ao redor tentado identificar minha localização.
-NÃO! Não pode ser! Eu estou na terra?!
Esses "humanos" são uma das criaturas mais odiadas do universo e não e à toa que ninguém que não quer vender suas histórias para filmes quer fazer contanto com eles.
Pelo visto as coisas sempre podem ficar pior do que já estão. Em meio de toda essa desgraça eu curiosamente sentia falta daquele paraíso vazio, próximo das estrelas.
-J.Kley, Kauwba & Mr.T.
4 de Awgwst do ano 3000, três dias depois do incidente do stardrive da minha nave. O que era uma simples viagem de reconhecimento se transformou em eu perdido no espaço sem nenhuma referência e com pouquíssimo combustível no meu Galaxie Mustang. O que parece um grande clichê colocando por escrito agora. Algum problema no stardive fez eu viajar muito anos-luz longe da minha equipe. Clichê ou não estou aqui, perdido no meio do nada.
Passaram-se duas semanas desde que escrevi algo nesse velho T2xy-tablet-42-Imaktosh-2nd-Generation de segunda mão, ou como eu carinhosamente chamo de "diário".
Bom, eu não escrevi uma única palavra nesse período de hiato, porque achei que iria começar a enlouquecer caso tentasse, o tédio iria me consumir e então eu simplesmente desistiria da minha sobrevivência. Já dizia o profeta das ilhas Kashtung planeta 32 de Andrômeda:"tung tung tung da" que significa "é a forma que sobrevivemos que faz o que somos".
Ontem eu ouvi umas vozes meios que vorazes porém silenciosas, devem ser os pesadelos que ando tendo, é complicado se virar quando os amendoins e a água são escassos, quem sabe terei que começar a beber o próprio mijo.
Na academia nós treinamos para situações como esta, mas era tudo teoria, não é tão simples usar todos aqueles termos na prática.
Minha única forma de lazer agora é este diário. Até mesmo as estrelas ficam tediosas depois de certa convivência, porque bom, são apenas gases afinal.
-PERAÍ! Gases! essa é a resposta! É assim que vou conseguir sair daqui finalmente! Nada de mijo pro jantar!
Vou correndo o mais rápido que posso para o que restou da minha nave, procuro pelo tanque de hélio, um pouco de bacon, sabão e o lança-chamas. Se você lembra de um extinto programa televisivo de experiências científicas malucas dos anos 2000 já deve saber o que estou planejando, vou tentar criar a famosa explosão momentânea de teletransporte instantânea, um pouco redundante eu sei.
Desde que se tornou ilegal por colocar as grandes indústrias de transporte em falência, nunca mas foi produzido o material necessário para produzi-la corretamente, mas com simples materiais caseiros pode se criar essa explosão. Só tem um pequeno problema: não se pode escolher as coordenadas, você é teletransportado para um lugar aleatório. Bem, duvido que seja pior do que aqui...
3...2...1.......KA-BOOM!
Me levanto um pouco tonto e olho ao redor tentado identificar minha localização.
-NÃO! Não pode ser! Eu estou na terra?!
Esses "humanos" são uma das criaturas mais odiadas do universo e não e à toa que ninguém que não quer vender suas histórias para filmes quer fazer contanto com eles.
Pelo visto as coisas sempre podem ficar pior do que já estão. Em meio de toda essa desgraça eu curiosamente sentia falta daquele paraíso vazio, próximo das estrelas.
-J.Kley, Kauwba & Mr.T.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
My one 'n only...
mundo imitando a voz do Billie Joe...
Era tudo perfeito...eu não trocaria nada por você.
Ai de repente você parou, não quis mais me ver...
Fechou as portas para o mundo e não importava o que eu dissesse você havia apagado nossa memória de uma hora para a outra...
Eu tentei de tudo.... de tudo mesmo. Desde te ligar até te trazer coisas que antes te deixavam cheio de energia.
Eu te tratava tão bem... Nunca esperei que você fosse me abandonar...
Não quero parecer idiota, mas é...
que eu te amava tanto.
-Nick
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
A breve história do 4x1 (ao menos o começo)
Kauwba pediu que eu encerrasse sua breve série de histórias
e reflexões e só tenha uma coisa a dizer. Fiquei feliz com o pedido, tanto
quanto fiquei com os textos.
Desde o início do ano passado nos quatro, não companheiros,
apenas amigos, discutíamos os mais diversos assuntos, lembro-me de um estojo
que continha milhares de tópicos em pequenos papéis que cada dia tirávamos um
para discutirmos no meio das estonteantes aulas. Tópicos que variam de Aborto a
Clint Eastwood, de Religião a cor azul. Sentávamos todos muito perto, era um divertimento
fácil e prestativo. Passado um tempo fomos trocados de nossos lugares e o
estojo nos acompanhou para as aulas de alemão. Nossas duas horas de faulenzen
mental. Mas um tempo e nem durante esse período da semana nos era permitido e o
breve projeto do estojo teve de ser abandonado. Eu e J.Kley também estávamos
trabalhando em uma HQ (ainda estamos) e aquilo envolvia muita conversação desse
grupo. Os messes foram passando, oportunidades surgindo, fui apresentado a
mansão secreta de Mr.T reuniões de almoço nas segundas feiras passaram a se
tornar regulares. Era bom o suficiente para não querermos ter que sair e até
matarmos uma aula provando aquela porcaria de chocolate quente que havia por
lá. Eu havia passado a conhecer muitos artistas e minha tentativa de roteirista
de HQ’s havia me dado à astúcia de dizer que eu escrevia (coisa que era verdade,
mas eu era o único a ler tais escritos), e sempre pediam para ver essas “coisas”
que eu fazia, mas não foi ai que as coisas mudaram. Eu havia feito uma amiga
que realmente insistiu em ver o que eu fazia e não só ler ela me incentivou.
Sim aquela pequena garota da sala 234 me propôs um desafio. Era uma folha com
dez linhas de um conto, um início, e pedia para que eu continuasse. Fiquei
chocado, de tudo que eu havia pensado que poderia conter naquela folha de
caderno eu nunca imaginei que seria um conto. Por isso eu continuei, no meio da
aula, e Kauwba me havia visto fazendo-o e sentiu uma curiosidade na proposta,
ele disse que tivéssemos nossa própria tentativa, e então aconteceu, nosso primeiro
texto: Parágrafos da Matiné 1 (esse nome só veio a existir na publicação, antes
não havia nada). Era um pedaço de caderno um pouco mais rabiscado que os outros
só isso, mas fomos pegando gosto pela coisa. Quando tínhamos algo em torno de quatro
textos me brotou a ideia de posta- los. Com apenas uma tentativa de site aos
doze anos de idade, eu fui atrás de qual seria a melhor mídia de
compartilhamento desses arquivos, com doze anos eu tinha muito empenho e nenhum
propósito, agora tínhamos algum empenho e um propósito bem forte. Contatei
Kauwba para ver o que ele achava da ideia e após aceita a questão era, qual
seria o nome? “O que nós quatro temos em
comum?” “Papel, caneta e uma vontade de extravasar?” “É, mas muito grande para
um nome”. Eu havia ficado realmente pensando sobre o que os quatro tinham em
comum, e posso dizer que não era muito, ainda não é. Nomes bons ficavam
circulando pela cabeça, mas nenhum que servisse o verdadeiro propósito, então
ele veio com a ideia “Quatro Por Um, 4people 1 idea” e era perfeito. Após isso
contatamos os outros dois e foi unanime, tinhamos um Blog. Um blog onde não
precisávamos nos preocupar com nada, um lugar que não importa o que pudéssemos estar
pensando, seríamos bem recebidos, um lugar onde o tema era pensar e fazer (não necessariamente
nessa ordem). E aqui estamos.
É uma
short-long history assim como a série por completo, a história de como
começamos, a quem devemos agradecer por ter isto. Algo que mostra nosso começo,
mas não o final, que está longe de breve. Olhando para trás nós vemos que foi
tudo um grande misturado de tudo, e nem sentimos na hora, estávamos fazendo o
que queríamos. Parafraseando um jovem garoto “Quantos astronautas estão por ai
sendo dentistas? Quantos astros do rock não acabam como psicólogos?”. Estávamos
certos e fazemos o possível para continuar. Olhando para trás, até sinto falta
de provar aquela porcaria de chocolate.
-Nick
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Dois Traços
Não me leve a mal, eu não sou do tipo que fica horas
segurando cartazes ou proclamando citações através de um megafone para repassar
algum ideal ou conduta. Não é que seja uma pessoa sem ideais, mas eu me
satisfazia com o fato de eu simplesmente acreditar naquilo que...acredito.
Talvez ainda não tenha sido colocado na situação de ter que lutar por algo.
Pelo menos ainda não.
Acontece que hoje algo me
desagradou profundamente. Lá estava eu, passando minha tarde pelo populoso
centro da cidade, fazendo minha psicológica despedida dos meus pontos favoritos,
um livro ali, um chá aqui, até descobri que uma peça que muito me agrada estaria
passando por estes dias. Então me deparo, cerca de casa, com uma manifestação em
um trevo das ruas. A princípio eu não conseguia ler os cartazes, apenas ouvir o
ensurdecedor barulho das buzinas. Vendo uma bandeira das cores do arco-íris é
de se pensar que é uma marcha a favor do casamento gay, mas à medida que
proferia meus passos notei que era exatamente o oposto. Em meio ao calor do
centro, a movimentação dos carros, a minha tranquilidade, eles deturpavam todas
as sensações boas do momento. Era um escândalo, uma propaganda péssima para um
produto horrível. Talvez tivesse que ser assim mesmo, era um chamado a altura.
Em meio aos apitos, gritos e buzinas, eram erguidos cartazes com fotos de
pessoas, que suponho que sejam os “messias” de tais condutas, e dizeres sem
cabimento científico ou moral sobre como casais deveriam ser formados. Acaso
existe ser humano, com moral o suficiente para dizer que outros dois seres humanos
não possam compartilhar de uma amorosa relação? Ou quem sabe, de um longo e
burocrático divórcio? Eu não creio. Minha opinião é no mínimo clara. Raiva me deu
ter que atravessar a rua em meio aquele escândalo, mas não foi raiva que senti
ao partir dali, foi um pesar meu, por haver perdido o sorriso que a bela tarde
no centro me havia proporcionado, que se expandiu para um pesar da humanidade.
De certa forma, eu notei que não importava de que lado do muro de Berlin eu
estaria ou de que canto da galáxia eu me encontrasse, a humanidade seguiria
sendo a mesma, aquelas pessoas seguiriam com aquelas mentes fechadas, sendo
capazes apenas de visualizar no céu apenas pontos brancos sob um fundo preto,
estariam sempre ali para estragar à tarde de alguém. Senti pesar de Jesus, o
próprio, que fora pregado a dois mil anos atrás por apenas dizer que as pessoas
deveriam ser legais umas com as outras para variar, e hoje seu nome é sujado
por esses que seguem as palavras de um homem* que enriquece por passar para as
pessoas ensinamentos ruins e odiosos, salvando-as de um mal que ele mesmo cria.
Eu posso estar errado, pode ser que a “passeata” não fosse com esse motivo, a
situação não me proporcionou ficar lá mais do que o necessário. Mas o que eu
disse aqui vale reflexão de um momento, não breve, mas sim um longo momento
sobre como estamos agindo, cometendo sempre os mesmo erros.
Não gosto de partilhar
experiências ruins, mas às vezes parece necessário, até para que através da
escrita eu entenda melhor as situações. Sei que irei escutar muito sobre está
postagem, mas pouco me importa, pois eles me devem uma tarde.
*Não me refiro ao Papa
-Nick
-Nick
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Céu à noite
Muitas vezes durante nossa existência na Terra nos
encontramos mergulhados na rotina do nosso dia-a-dia. Preocupamo-nos com nossos
problemas frívolos, mesquinharias e cruzadas pessoais. Há aqueles que não
param, nem por alguns minutos, para olhar o céu estrelado à noite.
E é nesse céu estrelado à noite que há algo que me fascina
toda vez que olho para ele.
Já parou para imaginar o que jaz além de todas aquelas
estrelas? Planetas de todos os tamanhos, galáxias de todas as formas, pulsares,
quasares, gigantes gasosos, nébulas, cometas... Isso é só a ponta do iceberg
colossal que é o Universo. Acho que é por isso também que sempre gostei de
ficção científica – a exploração ao desconhecido, a viagem além da
fronteira final! Ver o que nenhum homem viu antes; descobrir novos mundos,
novas formas de vida; e a lista continua...
Fico um pouco triste quando penso que é muito provável que
eu já tenha retornado ao pó no dia que o homem conseguir sair do seu sistema
solar ou algo do gênero. Eu adoraria testemunhar tamanho triunfo!
Descobri que o próprio Universo pode ensinar o ser humano a
ser humilde – fazendo-nos contemplar sua
enorme magnitude e nossa insignificância em relação a ele. No ponto de vista
cósmico, somos algo como um grão de areia numa grande praia. Não me admira que
várias pessoas encham suas cabeças com inutilidades para não pensarem nisso e não
se sentirem ruins. Não as culpo por agirem assim, elas não possuem a capacidade
de usar esse medo como estímulo à imaginação. Sinto pena daqueles que observam o
céu à noite e veem apenas um vazio escuro e alguns pontos brancos.
Sinto muita pena.
- J.Kley
sábado, 19 de janeiro de 2013
O "D" é mudo
Bem está é uma review do último
filme de Quentin Tarantino: Django Unchained SEM SPOILERS
Quentin Tarantino prova mais uma
vez que sua forma de compilação de filmes classe B é a fórmula para o sucesso
de um gênero que é basicamente a caricatura do próprio Tarantino. Em Django
Unchained (Django Livre) o diretor leva suas histórias de gangues e
expressões nigga, motherfucker ao universo Western, unido pelos maiores clichês
do cinema Western spaghetti com tomadas de cena e efeitos de alta qualidade. A
meu ver Tarantino fez o que Corbucci,
Ferroni e o resto do grupo teria feito com o que a mídia do cinema tem a
oferecer nos dias de hoje. O filme é uma grande homenagem ao trabalho desses
grandes diretores.
A
atuação no geral é satisfatória, porém mais uma vez contamos com o roubo de
cena de Christoph Waltz (Bastardos Inglórios), efetuando um papel de roteiro
muito similar ao último filme, agora citado. A outra incrível atuação vem de
ninguém menos que Leonardo DiCaprio, fazendo
um papel nada parecido com seus anteriores. Todos guiados por um roteiro
inteligente, cômico e sem perder a seriedade.
Trilha Sonora do filme reflete
seu contexto no espaço e tempo. Contamos com músicas clássicas de Luis Bacalov
e Johnny Cash que variam até o Rap de Rick Ross. Cada música desliza na cena
com total perfeição.
Em questões de violência, este
filme acompanha a boa e velha dose extra de sangue Tarantino® o que significa que o filme não é para
corações fracos. E antes de julgar a escolha vale lembrar também que o filme se
passa na época da escravidão dos Estados Unidos, dois anos antes da Guerra
Civil Americana. Esse foi um período negro em ambos os sentidos da história da
humanidade e não um mar de rosas, portanto é retratado como tal.
Não se trata no final de um filme sobre
racismo e morte de homens negros ou sobre morte de homens brancos, mas sim de um
filme onde o personagem principal caça e mata homens maus, independente da sua
raça. Bem em considerações finais devo dizer que é um ótimo filme, mesmo os
não-fãs do estilo Tarantino devem admitir que este foi um pedaço de arte (a não
ser que você seja o Spike Lee). O filme prende, nas duas sessões que acompanhei
não vi uma alma sair da sala de cinema durante aquelas duas horas e quarenta e
cinco minutos.
Bem
espero que tenha sido de seus interesses e, por favor, não se acanhem em
comentar a favor ou contra nesta publicação (e outras), opiniões são sim discutíveis.
Tenham um bom dia.
-Nick
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Uma breve história de um cara hepático
Aeroporto
do galeão-rio de janeiro - área H terceira fileira de cadeiras
eu acho.
Ao som de Franco un America me questionando...
*I never thought about the universe, it made me feel
small
Never thought about the problems of this planet at all*
Mas no final
quem se importa?
No aeroporto as pessoas
agem diferentes, parece que são menos elas. Um
modus operandi meio zumbi.
Agora
tem meia dúzia de pessoas me olhando, ou será que e crise de paranoia?
Parece que quando eu
percebo que estão me olhando elas param.
O aeroporto é uma entidade
de ciclo frenético o aeroporto é onde todas as pessoas importantes passam,
o aeroporto é onde tudo acontece internacionalmente, mas não essa
historia.
Escola-ensino
fundamental-6 serie?? - ferias-natal eu acho.
Esse período descrito
acima foi estranhamente normal, exceto pelo cara hepático (ate
poderia citar o nome dele mas não faria diferença pra mim
ou você, pelo menos não agora).
Pensei que escreveria pelo
menos sete textos no Rio, mas esse o único.
A área H
esta meio vazia agora, eu realmente me enrolo muito pra escrever, tocando Rancid,
agora e um dos momentos que eu sinto
muito próprio e único, não especial, mas único talvez.
Bom, o
cara hepático era um menino que devia ter uns doze anos, ele
era saudável tinha tido uma crise de hepatite quando era menor, mas
tirando isso ele era “normal”, tirando o fato de ter usado durante toda
sua existência no colégio o mesmo moletom (uma vez fui à
sua casa no verão para fazer um trabalho, e lá estava ele usando o
maldito moletom), ter vomitado seu lanche a incrível distancia de 3
metros no meio de uma aula, e conseguir andar como uma galinha, ele era um carinha
“normal”.
Acabei de divulgar o link
do 4x1 na porta do banheiro, e agora percebi que escrevi errado, achei engraçado
isto esta sendo meio terapêutico para mim, esse estilo de texto
meio diário. Não gosto dessa palavra, acho muito afeminada e
infantil, diário...
Achei
que voltaria a escrever no avião, mas fiquei lendo Tolkien, pois a
partir dos ensinamentos de textos passados, pensei que se existisse a possibilidade
do avião cair eu gostaria de estar no condado no momento da tragédia,
pois basto para aria que o numero 3031,fosse o numero errado para que o mundo acabasse,
a chance de um avião cair deve ser a mesma de ganhar na mega-sena a única diferença e
que não servem lanches miseráveis em poltronas minúsculas
quando se compra um ticket da mega-sena.
Entre o período do natal para o ano
novo foi quando o cara hepático morreu, oque aconteceu com
ele foi uma crise de hepatite que supostamente só o atingiria quando
ele tivesse 30 anos ou
mais, ninguém esperava, ninguém entendeu.
O dialogo com minha mãe apos ela ter me
contando a noticia foi mais ou menos assim:
-ele morreu. Disse ela.
-impossível! Crianças de 12
anos não morrem, assim como pombas, anões e mendigos, como você pode
acreditar nisso? Disse ele.
Ninguém jamais ousou pensar que a primeira morte de um
amigo próximo seria de um colega de escola da sua idade. Aquilo foi
um choque, um soco na cara, mas serviu para mostrar como o ser humano, o grandioso ser
humano que molda o mundo a sua maneira, que se diz materialização de deuses, e
mesmo assim somos a raça mais frágil de todas.
Vitor não ganhou
na mega-sena, nem comeu
lanches miseráveis em poltronas ridiculamente pequenas, porem
teve a mesma probabilidade seja pela sorte ou pelo azar.
-Kauwba
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Uma breve história sobre um mosquito
Estava no meu quarto em mais uma
madrugada, ou seria a mesma? Afinal o dia só passa depois que eu durmo. Como
foi essa semana? Acho que foram uma segunda, uma quinta e um sábado. Todos de
ficar em casa pensando se eu estava de férias ou não. Meu boletim já dizia “aprovado”
há uns quinze dias ou mais, porem ainda parecia que o período das aulas não
tinha acabado e o cansaço escolar ainda não havia sumido. Talvez eu tivesse uma
visão muito fantasiosa da vida, talvez ainda a tenha.
Provavelmente você ai senhor da
Jornada de 8h de trabalho diária deve estar enfurecido agora, “Como alguém pode
se cansar da escola!?”, Mil desculpas senhor, mas querendo ou não o universo é muito
pequeno e fechado e isso não é algo ruim, isso simplesmente é.
Eu não escolhi nascer nesse
lugar, nessa família, com essa classe social e se quer escolhi a escola onde
cursarei meu terceiro ano do ensino médio, portanto não fique irritado com
alguém que não teve a escolhe de ser o que é.
No meio desses pensamentos
descritos algumas linhas acima dos seus olhos são onde passo a maioria das
minhas noites. Normalmente eu crio personagens na minha cabeça, esses
personagens sempre têm ideias opostas e eu fico em debate com eles, é quase
como sonhar acordado.
Enquanto em debatia moralista,
racista, fascista ou até um membro da bancada evangélica que sequer existe,
parei. Um único pensamento tomou minha mente: Por que não consigo dormir!? No
mesmo momento eu peguei a primeira coisa que vi na minha frente e joguei contra
a parede. Eu esperava que o item voasse pela janela, que quebrasse, que pegasse
fogo e explodisse a minha casa, ou que se quer chegaria ao chão.
Eu jamais poderia imaginar que eu
mataria um mosquito enquanto o item fazia uma parábola rumo ao piso, um único e
infeliz mosquito. Estraçalhado por algo milhares de vezes maior que ele. O
mosquito não ligava se eu dormia ou não, não ligava para a bancada evangélica,
não ligava para personagens que eu crio durante a madrugada, ele simplesmente
queria voar do ponto “A” ao ponto “B” e escolheu o segundo mais errado para
faze isso.
Aprendi da maneira mais
improvável possível, que para tudo acabar basta você estar no lugar errado e na
hora errada.
- Kauwba
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