Bem está é uma review do último
filme de Quentin Tarantino: Django Unchained SEM SPOILERS
Quentin Tarantino prova mais uma
vez que sua forma de compilação de filmes classe B é a fórmula para o sucesso
de um gênero que é basicamente a caricatura do próprio Tarantino. Em Django
Unchained (Django Livre) o diretor leva suas histórias de gangues e
expressões nigga, motherfucker ao universo Western, unido pelos maiores clichês
do cinema Western spaghetti com tomadas de cena e efeitos de alta qualidade. A
meu ver Tarantino fez o que Corbucci,
Ferroni e o resto do grupo teria feito com o que a mídia do cinema tem a
oferecer nos dias de hoje. O filme é uma grande homenagem ao trabalho desses
grandes diretores.
A
atuação no geral é satisfatória, porém mais uma vez contamos com o roubo de
cena de Christoph Waltz (Bastardos Inglórios), efetuando um papel de roteiro
muito similar ao último filme, agora citado. A outra incrível atuação vem de
ninguém menos que Leonardo DiCaprio, fazendo
um papel nada parecido com seus anteriores. Todos guiados por um roteiro
inteligente, cômico e sem perder a seriedade.
Trilha Sonora do filme reflete
seu contexto no espaço e tempo. Contamos com músicas clássicas de Luis Bacalov
e Johnny Cash que variam até o Rap de Rick Ross. Cada música desliza na cena
com total perfeição.
Em questões de violência, este
filme acompanha a boa e velha dose extra de sangue Tarantino® o que significa que o filme não é para
corações fracos. E antes de julgar a escolha vale lembrar também que o filme se
passa na época da escravidão dos Estados Unidos, dois anos antes da Guerra
Civil Americana. Esse foi um período negro em ambos os sentidos da história da
humanidade e não um mar de rosas, portanto é retratado como tal.
Não se trata no final de um filme sobre
racismo e morte de homens negros ou sobre morte de homens brancos, mas sim de um
filme onde o personagem principal caça e mata homens maus, independente da sua
raça. Bem em considerações finais devo dizer que é um ótimo filme, mesmo os
não-fãs do estilo Tarantino devem admitir que este foi um pedaço de arte (a não
ser que você seja o Spike Lee). O filme prende, nas duas sessões que acompanhei
não vi uma alma sair da sala de cinema durante aquelas duas horas e quarenta e
cinco minutos.
Bem
espero que tenha sido de seus interesses e, por favor, não se acanhem em
comentar a favor ou contra nesta publicação (e outras), opiniões são sim discutíveis.
Tenham um bom dia.
-Nick
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