sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Eu vi seu número


Hoje eu recebi uma ligação de um desconhecido. Recebi a ligação por haver colocado meu número em cartazes e distribui-los pela Rua. Eu fiz isso e nem por um momento eu cogitei como seria se alguém realmente ligasse. De todas as pessoas que passaram pela rua, de todas que notaram o cartaz, de todas que o leram, de todas que tiveram a coragem para puxar a fita com o número e ligar, de todas essas probabilidades eu nem por um segundo pensei que iria receber uma ligação. Será que ela se importava? Será que precisava de ajuda? Um conselho? Um ombro... Um amigo? Será que ela era alta? Baixa? Loira? Morena? Que gostava de sobremesa? Talvez meio vesga. Só sei que de todas as coisas que ela era, eu só pude perceber uma voz, comum e corrente. Meio desentendida, que de inocente não sabia o que fazer, assim como eu. Arrependo-me de não haver perguntado como havia sido seu dia, seu café, se tinha medo de algo, ou se preferia calor ou frio. Fiquei ali, balbuciando e disse “Isto é uma experiência, por causa do boato de que o mundo iria acabar. Eu lhe desejo um belo dia”. Ao menos isso. Imagine aquela pessoa, atrás da verdade, da mentira, que de tudo, só queria entender como era que tudo isso funcionava. Ao menos ela recebeu um bom dia, ao menos isso para saciar essa vontade. Ao menos eu sorri ao proferir cada palavra que atravessava o telefone, espero que ao menos, ele tenha sentido isso.
Pensei em ligar de novo, em realmente conversar, mas o tempo já tinha fechado e talvez a vontade dele já tivesse passado. Mas a verdade é que eu já estava tão feliz e desacreditado que ela havia ligado que não precisei de mais nada. Talvez ela não, talvez para ela tenha sido só uma tentativa frustrada. E só espero que não.
Mas além de tudo, valeu a experiência, valeu meu sorriso até agora, valeu aquele bom dia que fica até a próxima tentativa. Até a próxima experiência meu amigo no fim do mundo.
                                                                                                                                             -Nick

Uma breve visão sobre uma breve série de breves histórias


Esse texto é apenas um prólogo para que você, leitor, saiba do que se tratarão os futuros textos a serem postados.
Esses textos irão fazer parte de uma série que tem um intuito de passar algo que eu supostamente aprendi para outras pessoas, isso através da minha maneira de escrever, que pode ser tanto algo desprezível como algo surpreendentemente bom.
As histórias que serão contadas provavelmente serão curiosas e rápidas, o tema pode variar de animais de estimação a códigos binários, então não espera nada muito lógico porque, assim como o 4x1, minha forma de pensar é bastante aleatória, às vezes tendo a anormalidade. Acho que isso é um traço bem forte da minha personalidade, eu acho........na verdade eu sempre me sinto muito inseguro quando falo de mim mesmo, talvez insegurança seja um traço forte da minha personalidade.
Talvez estes textos me ajudem, talvez não, mas eu posso afirmar que eles te trarão algo que, mesmo sendo insignificantemente pequeno, servirá para alguma coisa.

                                                                                                                                                    -Kauwba

n' I feel fine


sábado, 15 de dezembro de 2012

Pintando o 7

   Un voyage de l'esprit                                                                                                       - Nick

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Esse risco é seu.


Existem dias ótimos, perfeitos, onde você encontra alguém que você gosta muito depois de muito tempo sem a ver, dias que você ganha aquilo que queria muito, dias em que todas as questões que você chutou estavam certas ou dias em que sua Ex acaba levando uma torta na cara. O relato a seguir não retrata um dia desses.
Sai do terminal me conformando de que iria ter mais alguns quilômetros pela frente para andar. Eu estava fisicamente cansado e internamente... Internamente... Nada. Eu não estava triste, nem contente ou bravo. Só estava indiferente, é um estado neutro onde não existe propósito para tudo que tenha passado pela sua cabeça. Eu estava nada, agora não estou mais.
Estava quente, como um bordel de 3x4 em noites de promoção, eu acho. Continuo andando e tentando dizer para mim mesmo que o calor é meramente psicológico, eu precisava chegar a tempo, e ele urgia. Faço apenas uma pausa para pegar, nos confins de minha mochila, meu companheiro musical eletrônico. Ponho a mochila de volta nas costas e vejo o Ipod sem bateria. – lindo. Mais uma pausa para devolver o Ipod aonde o Sol não bate, entre os cadernos. Volto a caminhar em direção ao meu objetivo. Se é que eu poderia chamar aquilo de caminhar, pois minhas pernas apenas balbuciavam movimentos e as inúmeras rachaduras e os desníveis do solo pouco ajudavam. All Stars são péssimos tênis para essas situações, não que isso fizesse muita diferença já que meus pés eram uma parte do meu corpo que eu não sentia a um bom tempo. Os raios solares continuavam a alfinetar minha retina e faziam um som convidativo para a melanina, que ia aumentando no meu rosto.

Desliguei meu relógio, não valia a pena manter a pressão incontestável do tempo. Eu iria chegar na hora que eu iria chegar. Nada era capaz de mudar isso.

Comecei a tocar uma trilha sonora na minha cabeça, que por acaso era bem parecida com a do meu Ipod.
Lá pela metade do caminho eu encontrei uma sorveteria e pensei “como um Milk-shake cairia bem” ou nem tanto. Um Milk-shake pode haver me proporcionado uma ótima experiência alguma outra vez e por isso penso que seria ótimo tomar um no momento. Começo a olhar para cima e ver o quão azul é o céu, então tropeço. Meus pés não estavam dispostos a cumprir suas funções mais básicas. Isso, ou uma mera ironia do destino.
Que os textos não mostrem o quão melancólico ou ruim (ou ambos) o mundo é. A quão fadada à desgraça a humanidade está. Eu não ganho nada com isso. Preferia também só ter elogios a proferir. Mas porque odiar tanto? Eu poderia sorrir, mas ainda assim uma hora meu rosto iria voltar a uma forma mais natural. Não é de grande valor você se irritar ou decepcionar-se com algo ou alguém que não sabe que erra ou que não liga para você. Não é como se desse texto você fosse extrair alguma lição de moral ou uma revelação astrológica. Só mostro como às vezes eu tento ver a pintura por completo, retirar o foco do olhar e ainda assim não desfocar. E eu estava nada.


Gostaria de saber se existem pessoas que pensam assim.
Mentira, não queria.
                                                                                                                                                         -Nick

sábado, 1 de dezembro de 2012

Sobre nós de nós mesmos



Talvez ajude a entender o blog, ou te deixe mais confuso.
 É a vida.

Aqui algumas visões da equipe. Quem somos nós?



  • J. Kley
- Pichaim, nerd de level 16 especializado em quadrinhos e Sci-Fi. - Mr. T


É um freelancer que nasceu na era de prata da sociedade (aprox. 03 A.C.). Aprendeu a desenhar olhando para figuras rupestres e sua primeira HQ foi um volume único de 15 mil páginas que retrava a história da humanidade, infelizmente foi perdido na biblioteca de Alexandria. - Nick

- Um celíaco que gosta de super heróis, Schwarzenegger e Jesus -Kauwba


  • Kauwba
- O 5° Cavaleiro do Apocalipse, arauto dos texugos! - J. Kley

    Depois que desistiu da vida de skatista francês ,Kauwba dedica seu tempo a vídeo games, filmes e a internet, enquanto trabalha em seu projeto de domesticação de texugos. Mr. T

    - Kauwba sofre de um distúrbio de dupla personalidade onde em uma ele atende pelo nome de Tyler Durden. Quando consciente, Kauwba fica desbloqueando as conquistas do seu jogo chamado ''vida''. Crítico renomado de vídeos do Youtube, ele aproveita os frutos da sua fama escrevendo seu terceiro romance, que trata sobre seu Texugo de estimação, ''Ruperst''. -Nick



    • Mr. T
    - Campeão de luta livre no México, atualmente escreve textos e afins para o blog. - J. Kley

    - Não se sabe muito sobre ele e ninguém o viu pessoalmente. Mr. T é dono de algumas empresas fantasmas nos Estados Unidos e parece que já patrocinou alguns álbuns de Rancid e NOFX. Acreditasse que ele seja a reencarnação de Ben (integrante do Happy Mondays). Quando um grupo de pensadores se reuniu para discutir sobre a teoria de sua existência  Mr. T. simplesmente enviou uma mensagem de seu servidor no pacifico com as palavras  '' Que belo dia verde''. - Nick

    - Falou pela primeira vez aos 12 anos de idade . Suas palavras foram ''Green Day!''. - Kauwba


    • Nick
    Colombiano que mantém o blog de pé. - J. Kley

    - Usa uma calca como mochila, uma camiseta como travesseiro e um pedaço de alumínio como skate. Talvez isso seja uma cultura colombiana, mas provavelmente não pois sua verdadeira personalidade reflete seu sonho, que foi sempre ser um mendigo, um mendigo bem limpo e com ótimo gosto para filmes e livros. - Kauwba

    - O semi-colombiano mais alternativo e sociável que você pode conhecer (que conheço). - Mr. T

    quarta-feira, 28 de novembro de 2012

    domingo, 25 de novembro de 2012

    Em nome do pai


    “Sally! Sally!”
    “Adam! Graças a Deus você está bem, eu fiquei horas...”
    “Ok Sally, ok. Vá se tranquilizando. Eu estou aqui agora.”
    Sei que já se tornou parte da minha rotina, mas ver Sally saindo pela porta com aquele sorriso desenhado no rosto, enche meu corpo de orgulho. Orgulho por ter encontrado uma garota assim. Meu orgulho só aumenta quando desço do cavalo e ela vem correndo me beijar.
    “Oh Adam, eu não sabia mais o que fazer. Fiquei rezando para que você chegasse são em casa.”
    “Eu sei querida, mas ficarei poucos dias e então irei partir. As coisas não vão ficar assim.”
    “Não meu amor, por favor, deixe isso pra lá. Nós vamos encontrar uma saída, sempre podemos voltar.”
    Não, nós não podíamos, eu havia vendido cada pedaço de terra que havíamos possuído.
    Eu e Sally nos conhecemos e casamos em Gordburd, ao sul de Jersey, e lá vivíamos em uma pequena cabana perto do centro. Não tínhamos muito alem de um ao outro, mas éramos felizes. No ultimo inverno nossos problemas com dinheiro foram aumentando gradativamente e eu não conseguia nenhum trabalho fixo. Tudo estava muito difícil até que os Buckness, uma família empreendedora de Ohio, comprou um grande lote de terras no Oeste e havia se mudado para lá. Eles estavam contratando um grupo de pessoas para ocupar e cuidar de diversas partes do grande lote. Eu aceitei a proposta, na promessa de que iríamos viver ali enquanto o céu fosse azul, o pasto fosse verde e o vento soprasse de todos os lados, mas parece que existem dias em que o céu não é mais azul, o pasto seca e o vento não sopra de nenhuma direção. Os Buckness voltaram atrás nas promessas e tão rápido quanto chegamos já nos queriam ver partindo. Mas eu não vou deixar que eles me façam de tolo. Eu vivi minha vida inteira de acordo com as regras, digamos que era isso que eu estava fazendo errado.
    Aceitei uma verdade que todos sabiam, mas ninguém admitia: a justiça no Oeste Selvagem só era feita com o apertar de gatilhos de Colts e Winchesters.
    Juntei uma milícia de homens descontentes com os Buckness para o bem de nossas famílias. Uma noite, saímos armados em direção a um pequeno vale onde ficava a residência dos Buckness. Eu dei uma desculpa qualquer para que Sally não soubesse de nada e assim não se preocupasse.
    Chegando às beiradas do vale, jogamos coquetéis Molotov na casa, fazendo com que a madeira nas paredes estalasse e ardesse em chamas. Algumas pessoas saíram gritando e pegando fogo, outras com revólveres, que foram rapidamente fuziladas por nós. Enfim acabamos com todos eles. Enfim poderíamos viver nossas vidas em paz. Ver os Buckness em terror e ardendo em fogo foi algo lamentável, mesmo sendo eles que estavam destruindo nossas vidas. Que Deus me perdoe, tudo que eu fiz foi por Sally. Foi para ver seu rosto até meu ultimo suspiro. Foi para algum dia, eu ouvir a doce risada de nosso filho. Foi pela nossa vida.               Nick & J.Kley