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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Acervo Nacional - Apenas o Fim


 O quão longe você acha que pode ir? Duvido que Matheus Souza soubesse a resposta.
Este filme não é simplesmente uma recomendação como todas as outras que fizemos aqui, pois mesmo considerando uma obra excelente, não acho que sozinha teria tanta importância a ponto de me levar a escrever esse texto (arrogância +8000).
 Em 2008, um universitário resolve escrever e dirigir um filme sem qualquer ajuda do governo. Esse tipo de historia tem tudo pra dar errado, mas não deu.
Ele pega uma câmera emprestada da faculdade, com a limitação de que câmera só pode ser transportada nas localidades do campus, ou seja, o roteiro inteiro teria que ser convertido pra outro ambiente. Assim mesmo com todas essas limitações e apenas com o dinheiro de uma rifa de Uísque (a qual o vencedor se quer veio buscar), Matheus Souza produziu um filme que o fez ganhar o festival de cinema do Rio De Janeiro e ser indicado a um festival em Rotterdam.
Como é de ser esperar Apenas o fim é um filme simples sem nenhuma ação e de 80 minutos recheados de diálogos e mais diálogos. Definitivamente não é um tipo de filme que agrada a todos os gostos.
Como não é de se esperar este filme retrata toda uma historia de amor com diálogos exemplares e com varias citações de cultura pop.
Altamente recomendável pela atuação excelente de Gregorio Duvivier, pela inspiração e pra mostrar que Glauber Rocha estava certo: pra fazer cinema só é necessária uma ideia na cabeça e uma câmera na mão.












                                                   - Kauwba
P.S.: este filme é realmente difícil de ser encontrado em locadoras (já que esta longe de ser uma produção mainstream). Então aqui vai um link caso queria assistir no Youtube (a qualidade de imagem é um merda), ou passe o mouse na imagem.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Acervo Nacional - 2 Coelhos


Estava sentado no sofá em plena noite de sábado, então meu pai chega com um DVD alugado chamado “Dois Coelhos”, me fala que e um novo filme nacional, então eu penso “Opa, nacional. Legal bora ver mais um filme sobre pobreza, criminalidade, pobreza, corrupção, pobreza, Bahia, pobreza, futebol”, Dois Coelhos pode ser qualquer coisa para você, menos POBRE (culturalmente).

Se o ensaio sobre a cegueira de Meirelles e de uma historia simples, mas de uma mensagem muito complexa, Dois Coelhos é o contrário, uma história extremamente complexa, mas uma mensagem simples: Matar Dois coelhos com uma “caixa d’a agua só”.

Quando estou sendo apresentando a uma obra de arte o que mais valorizo é a originalidade/criatividade, talvez venha dai meu apreço aos filmes do Tarantino e Aronofski, já que qualquer acéfalo consegue identificar suas obras quando lhe é apresentado. O mesmo acontece com Dois Coelhos que pega a maioria dos filmes nacionais joga no lixo e fala em bom e alto som “FODA-SE seus filhos da puta”.

As atuações de Thaide (ex-vocalista de black music das antigas, hoje sem o black power apresentado A LIGA da emissora Band) e Robson Nunes (Vulgo gordinho das propagandas da SKY) são simplesmente impagáveis, parafraseando um personagem do filme  “ce viu as fita que esse dois fizeram de motinha”.

Falando em personagens, nenhum, absolutamente nenhum, personagem fica desconexo na história, talvez isso soe blasfêmia, mas a imprevisibilidade da importância que os personagens adquirem durante a trama e quase digna de R.R Martin (Digo quase, pois jamais teria a coragem de insultar o deus da escrita e dos suspensórios).
Caso for assistir a obra (Se não entendeu eu realmente estou te recomendando muito rapa). Preste muita atenção em cada detalhe, tenha paciência, pois a trama só começa a se descomplicar depois da metade do filme e fique calmo porque quando as cortinas se fecharem o espetáculo acabar e você já tiver levado um tiro, digo uma pancada no peito que fará sua cabeça virar do avesso, você estará muito feliz.
              -Kauwba
PS: O filme tem defeitos (como qualquer obra), mas me perdoe, isso não e uma critica e mesmo que fosse, no momento eu estou anestesiado pelo orgulho de ter um filme assim no nosso pais e também pela música EXIT MUSIC do Radiohead que é tocada no clímax da obra.